O conhecimento chega, mas a sabedoria… Esta ainda demora. Alfred Tennyson (poeta)
A grande preocupação da saúde pública com a obesidade acendeu um sinal vermelho nãos últimos 12 meses, alguns estudo realizados em 2018,evidenciaram de que mais de metade da população estava com excesso de peso, sendo que 19,8% se enquadram como obesos, o que foi observado é de que após três anos de estagnação, o índice de brasileiros obesos voltou a crescer no país e atingiu, em 2018, o maior patamar dos últimos 13 anos.
O alerta foi feito pela Vigitel, que faz pesquisa do Ministério da Saúde e que investiga hábitos de vida e fatores de risco de doenças crônicas, problema que hoje é um dos principais pontos de impacto no SUS.
Os dados coletados mostram que, em 2018, 19,8% dos entrevistados obesos, e embora já apresentasse aumento desde 2006, nos últimos três anos, esse índice estava estagnado em 18,9%,e agora voltou a crescer, aumentando a preocupação sobre o risco de doenças ligadas à obesidade, como hipertensão e diabetes.
Outro alerta observado foi com o índice de brasileiros com excesso de peso, que também tem aumentado nos últimos anos, ou seja hoje, 55,7% da população está dentro desse patamar, o qual inclui os casos de obesidade, curiosamente quando se faz uma comparação, em 2006, esse percentual era de 42,6%.
O cálculo das categorias é feito por meio das informações de peso e altura, usadas para verificar o IMC (índice de massa corporal, que é o peso dividido pela altura ao quadrado),se for igual ou acima de 25 kg/m², há excesso de peso,no entanto se for igual ou acima de 30 kg/m², há não apenas um excesso, mas obesidade.
A pesquisa mostra ainda que o crescimento da obesidade tem sido maior entre adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos —grupos que apresentaram aumento de 84,2% e 81,1%, respectivamente, salientando de que em 2018, o índice de obesidade foi pouco maior entre as mulheres em relação aos homens: 20,7% de mulheres, contra 18,7% de homens; já nas capitais, a prevalência variou de 15,7%, em São Luís, a 23%, em Manaus.
O novo avanço da obesidade acendeu um alerta no Ministério da Saúde, a conclusão dessa avaliação é de que a medida acaba por frustrar os planos do país de cumprir uma meta que previa deter o crescimento da obesidade para este ano, 2019.Percebe-se claramente de que o compromisso anunciado em 2017 previa reduzir o índice, até então em 18,9%, para pelo menos 17,9%, com esses últimos dados as Equipes da área já se organizam para rever a meta ou adotar novas ações.
O questionamento sobre o que pode ter levado ao aumento, podemos afirmar que não há como apontar um único fator como culpado, pois é um quadro multifatorial, por que temos inserido nesses fatores questões relacionadas ao trabalho, à monotonia alimentar principalmente, além disso as pessoas estão consumindo mais alimentos com alto teor de gordura e alimentos ultra processados, então possivelmente deve haver uma forte relação com esses hábitos..
Devemos salientar de forma bastante incisiva que o Brasil vem passando por uma mudança no perfil de doenças, com aumento significativo das doenças crônicas —o que reforça sobremaneira o risco da obesidade, um grande exemplo disso é o aumento no diagnóstico de diabetes e o impacto de doenças cardiovasculares.
Realizado todos os anos, o Vigitel ouviu nessa última edição 52.395 pessoas acima de 18 anos em todas as capitais do país e no Distrito Federal, sendo que esse estudo foi realizado entre os meses de fevereiro e dezembro de 2018.
Nem tudo, porém, é má notícia, por que segundo a pesquisa realizada no último ano, o índice de brasileiros que afirmam consumir frutas e verduras e fazer atividades físicas vêm crescendo, porém com certeza isso não tem sido o suficiente para deter o avanço da obesidade.
Um grande exemplo dessa iniciativa para uma correta e acertada mudança de hábitos é que, em 2008, 20% dos adultos consumiam regularmente frutas e verduras, já 10 anos após, ou seja em 2018, esse índice passou para 23,1%.Consideramos como um número ainda baixo, mas estamos observando uma tendência de aumento desses números, por causa disso tudo é que devemos e precisamos aumentar informações e campanhas para que a população adote mais esses hábitos saudáveis.
Outro sinal de mudança na alimentação é que o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes, caiu 53,4% —passou de 30,9% para 14,4%.,além disso foi observado que a prática de atividade física cresceu 23,7%,infelizmente apesar desse aumento, a mudança nesses parâmetros ainda não levou o país a atingir outras metas firmadas também para esses indicadores.
Por exemplo em relação ao consumo de refrigerantes, a meta é chegar 12,5% esse ano, 2019 —o país, porém, chegou a apenas 14,4% no último ano.
No momento existem informações de que o Ministério da Saúde vem apostando em programas de incentivo à atividade física, além disso campanhas e acordos com a indústria para redução de açúcar nos alimentos no sentido de incrementar mudanças significativas nesses índices ainda são insuficientes para satisfazer o trabalho de prevenção e profilaxia das Doenças Crônicas em nosso País.
Cuidado somos resultado do que comemos.
Se comemos alimentação saudável, com certeza seremos saudáveis e com uma boa qualidade de vida, o que certamente não irá ocorrer se a alimentação for perniciosa ao nosso organismo.
Uma excelente semana, bem alimentado, saudável e com muita qualidade de vida.