Amamentação: confira os cuidados que evitam a transmissão da covid-19

Com o início da vacinação das grávidas e puérperas com comorbidades, novas dúvidas sobre a amamentação durante a pandemia da covid-19 surgiram, a exemplo de transmissão do vírus através da amamentação e suspensão da amamentação caso a mãe ou o bebê estejam contaminados.

De acordo com o pediatra Hugo Leonardo, as mães podem continuar amamentando normalmente seus filhos, mas é normal que haja preocupação com o vírus neste momento delicado e por isso, também se faz necessário alertar às mães sobre alguns fatores que podem acontecer durante a amamentação. “Mesmo podendo amamentar normalmente, o distanciamento precisa ser mantido, caso o filho ou a mãe estejam contaminados”, explica. “Ainda não está comprovado que o vírus seja transmitido para o bebê através de amamentação como acontece com outras doenças, a exemplo do HIV”, completa.

Ainda de acordo com o pediatra, caso o bebê esteja contaminado, ele não pode ficar em isolamento total e durante a amamentação a mãe deve tomar alguns cuidados. “Ele não pode ficar totalmente sozinho, é ideal que, junto com o bebê, haja um cuidador para prestar o suporte. A mãe, durante a amamentação, deve utilizar máscara e luvas, caso seja possível e o mesmo deve acontecer quando a mãe estiver contaminada”, pontua. 

Já para as gestantes, dúvidas como problemas gerados da covid-19 que afetem o bebê dentro da barriga se tornam frequentes. Para isso, o pediatra Hugo Leonardo sana dúvidas desse tipo. “Não está comprovado que a covid-19 gere alguma alteração congênita no bebê da gestante. Às vezes, acontece de precisar interromper a gestação para preservar a saúde da mãe que está contaminada e o bebê nascer prematuro. Mas ele será encaminhado para uma UTI e receberá todo suporte”, ressalta.

O médico salienta a importância de se atentar à saúde do bebê ao observar sempre sua respiração. “Se o bebê aparenta estar sempre cansado, se ele está respirando de uma forma diferente, os pais devem buscar auxílio médico o quanto antes”, finaliza.

Por Isabella Vieira e Aisla Vasconcelos