Durante toda a pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) preservou o que há de mais importante: a vida. Adaptou os planejamentos pedagógicos e apoiou diretores, professores e profissionais da educação para viabilizar o ensino remoto. Foi um aprendizado duro e necessário, fruto do compromisso com o conhecimento, construído com o heroísmo desses profissionais, para viabilizar o ensino a distância, minimizando os prejuízos à aprendizagem dos estudantes sergipanos.
A Seduc iniciou o ano letivo 2021 em março de forma remota. Passado o momento mais crítico, e com a vacinação dos profissionais de educação: professores, pessoal de apoio técnico e gestores das escolas, a retomada das aulas presenciais faz-se necessária e urgente.
Após autorização do Comitê Técnico-Científico, a rede estadual vai retornar com as aulas presenciais, em todas as suas escolas, a partir desta terça-feira, dia 17 de agosto. Será um retorno de aula presencial com segurança, preservando a vida e a saúde de todos da comunidade escolar.
O Brasil lidera ranking de países em que as escolas ficaram fechadas por mais tempo devido à pandemia de covid-19, uma situação histórica que deve ser corrigida. A ciência já alertou que o fechamento das escolas aumenta o déficit na aprendizagem dos estudantes, piora o quadro nutricional, aumenta a incidência de transtornos mentais, sedentarismo e estresse pós-traumático, o que dificulta sobremaneira a vida futura das crianças e jovens, em particular a vida dos filhos e filhas dos trabalhadores, principal público da educação.
De acordo com o Vozes da Educação, que realizou um levantamento internacional feito com 21 países, indica que o retorno às aulas presenciais não teve impacto no aumento da curva de contaminação pelo novo coronavírus. Outro estudo do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças também ressalta que o aumento de casos na Europa, a partir da abertura das escolas, está ligado ao relaxamento de outras medidas de combate à covid-19, visto que os focos de transmissão não aconteceram nos espaços escolares.
Em Sergipe, desde o dia 10 de maio, o ciclo de alfabetização foi liberado para retorno de aula presencial, e esse cenário só reforça o que a ciência vem nos comunicando: as escolas abertas não aumentam o contágio pelo novo coronavírus. Escola é um ambiente seguro, e a escola aberta reproduz conhecimento porque os alunos são agentes transformadores das comunidades.
A Seduc reforça que tem um plano de retomada já estabelecido em 2020, revisado este ano e validado pelas autoridades sanitárias. Além desse plano, cada escola criou um comitê especial a fim de monitorar, avaliar e discutir todas as diretrizes, e a partir daí colocá-las em prática de acordo com a estrutura de cada uma delas. Todas as medidas compactuam com a volta às aulas condicionadas ao cumprimento de uma série de diretrizes de biossegurança e pedagógicas.
A Seduc relembra que as medidas adotadas pelo Governo de Sergipe para garantir segurança a alunos, professores e funcionários no retorno das aulas presenciais são consideradas as melhores do país, de acordo com um grupo de pesquisadores da Rede de Pesquisa Solidária, que monitora as políticas de enfrentamento à pandemia. Sergipe e Ceará estão empatados com 77 pontos, num índice de 0 a 100. Quanto maior a nota, mais próximas as políticas públicas estão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de autoridades sanitárias dos EUA e da Europa. A pesquisa foi publicada pela Folha de São Paulo no dia 11 de julho deste ano.
A Seduc informa ainda que escolas estaduais receberam cerca de R$ 62 milhões, um volume inédito de recursos para execução direta, por meio dos conselhos escolares. Desse montante, cerca de R$ 13 milhões foram investidos em medidas de biossegurança, reequipando as escolas para adquirir produtos, conforme protocolos de segurança definidos pela Organização Mundial da Saúde e Agência de Vigilância Sanitária.
O retorno será parcial e contará com o ensino híbrido. Para garantir efetividade do modelo de ensino, o Governo do Estado colocou em prática um elenco de ações como a continuidade do TV Estude em Casa, com 16 horas de aulas; o programa Educação Mais Conectada, que garante auxílio tecnológico para professores no valor de R$ 5 mil; disponibilidade de mais verbas diretamente creditadas nos cofres públicos das escolas, além de melhoria da infraestrutura e laboratórios nas unidades de ensino para garantir mais segurança e acolhimento do retorno das aulas presenciais.
A Seduc contratou, por meio do Programa Carência Zero, 630 professores que já passaram por formação e estão em fase de aulas remotas, mas atuarão nas aulas presenciais. Também foram contratados 146 merendeiros e 174 executores de serviços básicos para reforçar o trabalho nas escolas. Esse número tende a crescer com novas convocações.
A Secretaria de Estado da Educação vai compartilhar todas as informações da reabertura dos espaços físicos e as orientações de segurança no portal e demais canais de comunicação para as famílias e a sociedade. Os educadores também receberão orientações por e-mail e canais oficiais da Seduc.
Escola segura é escola com aula seguindo os protocolos sanitários. É na prática do esperançar que se enfrentam o niilismo e a desesperança. E é por esta razão que a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura acredita na escola aberta e na volta das aulas presenciais, com vida e pela vida.