As vendas nos shoppings brasileiros durante a época do Natal aumentaram 11,62% em relação ao mesmo período de 2008. Pelo menos foi o que divulgou ontem um relatório da Associação Brasileira de Comerciantes de Shopping (Alshop). O faturamento nos 711 maiores shoppings do Brasil vai chegar aos R$ 20 bilhões no mês de dezembro, segundo projeções da entidade. No acumulado do ano até o último dia 24 de dezembro, o faturamento atingiu R$ 78,810 bilhões, o que representa um aumento de 10% em comparação com o mesmo período de 2008. A estabilidade nas taxas de juros e a apreciação do real frente ao dólar aumentaram o poder de compra da população de baixa renda, aponta o relatório. Por segmentos, os eletrodomésticos e artigos eletrônicos tiveram um aumento nas vendas natalinas de 20%, frente ao mesmo período de 2008, como resposta à redução de impostos a produtos industrializados decretada pelo Governo para minguar os efeitos da crise. Em 2010, segundo a Alshop, serão abertos 40 novos shoppings no país, que gerarão 180 mil novos empregos, quase o dobro dos 22 inaugurados em 2009. A entidade também pede ao Governo Lula que crie uma isenção de impostos para os setores de calçado e couro, afetados pela crise e pela importação de artigos de menor preço do mercado asiático. Em Sergipe, os dois principais centros de compras – Jardins e Riomar – devem apresentar crescimento um pouco acima das expectativas traçadas para 2009. Aliás, o investimento realizado pelo Grupo JCPM em seus dois empreendimentos surtiu efeito acima do esperado pelos mais otimistas analistas de mercado. Coisas que só acontecem com João Carlos Paes Mendonça, não é mesmo? DESENVOLVIMENTO COM TRABALHO O secretário do Desenvolvimento Ecônomico, Jorge Santana, foi uma das gratas surpresas do atual governo, em 2009. A partir de suas ações extremamente focadas e certeiras, Sergipe já pode comemorar 100 novas indústrias – entre instaladas e em processo de instalação por aqui. Além, é claro, da expansão de outras indústrias que transferiram todo o seu parque industrial para Sergipe neste ano, a exemplo do que aconteceu com a fábrica do tradicional Leite de Rosas que trocou o Rio de Janeiro por Sergipe. E ainda fomentou a vinda de uma moderna fabrica de embalagens para uma área contígua a sua. FÁBRICA DA CROWN Outro gol de placa marcado pelo atual secretário do Desenvolvimento Economico, Jorge Santana, diz respeito ao novo parque industrial da Crown instalado em frente à AMBEV, na BR 101. Todos lembram com tristeza do anúncio do fechamento da antiga fábrica da Crown, no Distrito Industrial de Aracaju, em 2007, tão logo o Governo Déda tomou posse. Não fosse o trabalho do atual secretário da pasta, teríamos perdido esse investimento para outro Estado brasileiro. A produção da Crown em pouco tempo surprendeu aos mais céticos e não se assuste, agora, se ouvir falar em duplicação da planta em breve. ENERGIA EÓLICA Por falar em ações da SEDETEC, ontem parte da imprensa sergipana foi convidada para conhecer o primeiro projeto de energia eólica de Sergipe, a ser implantado pela empresa sergipana ENERGEN, no município da Barra dos Coqueiros, já nos próximos meses. A operação estava prevista para iniciar em primeiro de julho de 2012, mas, segundo o diretor Joaquim Ferreira, a data deverá ser antecipada em um ano. Sem dúvida, um projeto pioneiro que irá gerar 30 MW de energia limpa, além de R$ 6 milhões/ano em ICMs para Sergipe. SPREAD BANCÁRIO O spread bancário, que é a diferença entre a taxa passiva e ativa dos bancos, custa R$ 261,7 bilhões aos brasileiros e é o mais alto de 40 países com o mesmo modelo, afirma um estudo divulgado hoje em São Paulo. O estudo, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apontou que, nos 12 meses de crise financeira global, os clientes e empresas brasileiras pagaram um diferencial maior entre a taxa de juros cobrada pelos bancos e a que eles pagam aos clientes para captar recursos. Com a média mundial aplicada no Brasil, o spread bancário no país teria caído para R$ 71,5 bilhões, apontou o estudo, que tomou como base dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). INFRAESTRUTURA O ano de 2010 irá marcar uma nova arrancada dos investimentos em infraestrutura e na indústria de base no Brasil, o que indica um segundo ciclo de aceleração nas duas frentes. Levantamento da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), setor que reúne empresas de diversos setores responsáveis por 15% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, mostra que a partir de janeiro existe grande expectativa de que os investimentos sejam feitos com maior agilidade. INFRAESTRUTURA 2 A Abdib estima que a cadência anual dos investimentos no país deixará o nível atual de R$ 100 bilhões e rumará para um montante de R$ 160 bilhões por ano. Segundo o presidente da entidade, Paulo Godoy, o país começa 2010 reforçando os investimentos para alcançar um novo patamar de desenvolvimento em 2015. INFRAESTRUTURA EM SERGIPE As grandes carteiras de projetos para o país, como o Minha Casa, Minha Vida, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o pré-sal, somadas à infraestrutura necessária para atender as demandas da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, devem contribuir para impulsionar a taxa de investimento no país – e em Sergipe – ao longo da primeira metade da próxima década. As projeções consideram ainda as demandas dos setores de petróleo e gás, transportes, energia elétrica, telecomunicações e saneamento. Áreas nas quais Sergipe poderá atuar e surpreender.
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