Assalto coletivo

O governo federal está articulando o discurso para meter a mão grande no bolso do contribuinte. Ontem a ministra das relações institucionais, Ideli Salvati, deu a senha do golpe que vem sendo articulando nos corredores do Poder. Segundo ela, é preciso criar uma nova fonte para financiar a saúde, a exemplo da malfadada CPMF. Estivesse mesmo preocupado com os milhões de eleitores que morrem à míngua diariamente, o governo reduziria seus gastos e evitaria que zilhões do erário escorressem pelo ralo da corrupção. Mas isso dá trabalho e contraria os políticos aliados, muitos deles preocupados unicamente em se locupletar com o dinheiro público. É mais fácil reunir o Congresso submisso e, na calada da noite, aprovar uma nova CPMF, mesmo sabendo que o dinheiro arrecadado não vai para a saúde, até porque do eleitor a classe política só quer mesmo o voto.

Braços cruzados

Atenção aracajuanos: está proibido adoecer amanhã. É que os médicos da Prefeitura vão cruzar os braços em protesto contra a falta de resposta às reivindicações salariais da categoria. Desde o início do ano que os profissionais de saúde cobram uma melhor remuneração, mas a Prefeitura insiste em dizer que não tem recursos para atendê-los. Enquanto os médicos e a administração municipal não chegam a um acordo, o povo pobre fica sem atendimento.

Tá fora

Engana-se quem pensa que a anunciada aliança entre o PSDB e o DEM é para valer. Se pelo lado tucano muitos estão de malas prontas para deixar o ninho, no grupo demista não são poucos os que querem distância do partido de Albano Franco. O deputado federal Mendonça Prado é um desses. Questionado sobre a parceria política entre as duas legendas, ele foi curto e grosso: “Não quero mais saber dessa turma. Tô fora!”. E se fizerem a mesma pergunta à senadora Maria do Carmo Alves, ela dará resposta ainda mais apimentada. Duvida?

Convenção

E por falar no PSDB, seus dirigentes pensam em realizar a convenção estadual já na próxima semana para eleger como presidente o empresário Adierson Monteiro. A data ainda não foi marcada porque depende da agenda de alguns tucanos nacionais. O desejo de Monteiro é que o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, e o senador Aércio Neves venham a Sergipe para a convenção.

Novo partido

O Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (PSPB) protocolou na Justiça Eleitoral pedido para o deferimento do seu registro definitivo, com a aprovação de seu estatuto e programa, e o número 55 para representar a legenda. Seus dirigentes garantem que o PSPB será fortíssimo, pois representará os servidores públicos, parte dos trabalhadores da iniciativa privada, pensionistas, aposentados, etc. Resta saber se essa turma quer ser representada pelo PSPB.

Circo é flórida

Os deputados estaduais estão tiriricas com Waldemar Bastos Cunha, o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União em Sergipe, porque ele comparou a um circo a sessão realizada pela Assembléia para discutir a cobrança de laudêmio. Ontem, a deputada Gotetti Reis (DEM) apresentou uma moção de repúdio contra Bastos Cunha e recebeu a solidariedade de outros colegas parlamentares. A dúvida é saber se a turma do circo gostou da comparação.

Plano safra

Quem estará hoje em Sergipe é o ministro Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Acompanhado do governador Marcelo Déda (PT), ele vai inaugurar em Simão Dias a urbanização da Praça Lucila Macedo Déda, participar do lançamento do Plano Safra e entregar de títulos de propriedade de terra. O ministro deve retornar a Brasília ainda hoje.

Nova profissão

O Diário Oficial da União publicou ontem a lei que regulamenta a profissão de taxista. Ele passa a ser obrigado a ter habilitação para conduzir veículo automotor nas categorias B, C, D ou E, além de cursos de relações humanas, direção defensiva, primeiros socorros, mecânica e elétrica básica de veículos. Entre os direitos que o profissional passa a ter está o piso salarial, ajustado entre os sindicatos da categoria, assistência previdenciária e aposentadoria.

Fique rico

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Do baú político

Muita gente sabe que em 1969 a Seleção Brasileira goleou por 8 a 2 a Seleção Sergipana na inauguração do Batistão. O que poucos sabem é que o governo de Sergipe precisou emitir dois cheques para pagar a CBD pelo show das ‘feras do Saldanha’. O primeiro, do Banco do Estado de Sergipe (Banese), foi entregue logo após o jogo ao vice-presidente da CBD, Sílvio Pacheco. Cinco dias depois, ele telefona do Rio de Janeiro para o então presidente da Federação Sergipana de Futebol, Américo Alves. “Faça-me o favor de informar ao governador Lourival Baptista que perdi o cheque, estou desesperado”. Antes de Américo se deslocar ao Palácio, o telefone toca novamente. Era Sílvio Pacheco para dizer que o documento bancário não havia extraviado como ele pensava: “Caiu do meu bolso aqui em casa e o cachorro comeu. A empregada ainda recuperou um pedacinho na boca do safado”, explicou. O fato foi comunicado ao governador, que mandou providenciar outro cheque, entregue três dias depois ao tesoureiro da CBD. O moço veio a Aracaju somente para isso, trazendo, naturalmente, o pedacinho do documento bancário que Totó não engoliu.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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