Resfriamento da natureza

O mundo poderia estar em um período de temperaturas mais baixas – e não de aquecimento – como resultado de mudanças cíclicas nas correntes oceânicas que ocorrerão nos próximos 20 ou 30 anos. Isso é o que afirma o professor Mojib Latif, cientista do Instituto Leibniz, na Universidade de Kiel, na Alemanha, e autor de uma pesquisa Intergovernamental da ONU sobre Mudança do Clima (IPCC). As informações são do site do jornal britânico Telegraph.

 

Segundo o site, o cientista questiona a visão amplamente difundida de que a temperatura mundial vai aumentar rapidamente nos próximos anos. Em conferência da ONU realizada em setembro de 2009, 0 professor disse que as mudanças nas correntes oceânicas conhecidas como “oscilação do Atlântico Norte” poderiam ser mais fortes nas próximas décadas do que os atos do homem causadores do aquecimento global.

 

Controverso, o pesquisador afirma também que essas flutuações podem ser responsáveis por grande parte do aumento nas temperaturas globais visto ao longo dos últimos 30 anos. “Uma parte significativa do aquecimento que nós vimos de 1980 a 2000 e em períodos anteriores, no século XX, deveu-se a esses ciclos. Talvez cerca de 50% deles”, completou.

 

 “Invernos como este se tornarão muito mais prováveis. (…) 0 verão também irá provavelmente ser mais frio e os derretimentos de geleiras e do gelo do mar vão diminuir. Por enquanto, o aquecimento global terá uma pausa e pode muito bem haver também algum arrefecimento”, disse.

 

Uma pesquisa revelou as causas que levaram ao registro da temperatura mais baixa da história, -89,2ºC, atingida na Antártida em julho de 1983.

 

A pesquisa, feita pelo British Antarctic Survey (BAS), do Reino Unido, e pelo Arctic and Antarctic Research Institute (AARI), da Rússia, diz que essa temperatura recorde foi inferior em 30ºC à média da região durante o inverno.

 

A massa de ar frio procedente do oceano se instalou durante dez dias sobre a parte alta do planalto antártico, onde fica a estação científica russa de Vostok, que registrou este

recorde e que desde 1958 mede as temperaturas da região.

 

A corrente impedia que massas de ar mais quente procedentes de latitudes mais baixas

chegassem a esta região, o que isolou a estação e criou as condições para temperaturas tão extremas.

 

Além disso, a ausência de nuvens e uma camada de minúsculas partículas de gelo suspensas no ar contribuíram para que o calor procedente da superfície se perdesse no espaço.

 

Segundo Turner, uma temperatura tão baixa dificilmente será registrada na Antártida. 0 pesquisador diz que o continente ainda não sofreu os efeitos do aquecimento global da mesma maneira que a região ártica, mas que deve ser afetado no próximo século pela

alta generalizada das temperaturas mundiais

 

Os dirigentes governamentais deverão fazer todo o possível para reduzir as emissões de gases de efeito estufa durante os próximos 40 anos para evitar que cheguemos a um ponto sem retorno a longo prazo.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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