Crack e o mutirão pela vida

 

 

Em 20 de abril deste ano este jornalista escreveu o artigo “Mutirão pela vida: crack está entre nós”, alertando a necessidade de uma somação do poder público junto com os segmentos organizados numa grande mobilização contra a droga que vem afetando os lares de todas as classes sociais, sem distinção. Logo depois, em 04 de maio, o blog publicou um artigo elogiando as iniciativas da TV Sergipe e do Jornal da Cidade que fizeram campanhas de conscientização contra o crack.

 

Naquele mesmo período algumas autoridades prometeram uma mobilização maior. Mas pouco foi feito. Justiça seja feita: a SSP, com a ampliação do trabalho de combate, com a criação do departamento especifico para a área de drogas, melhorou muito no combate, mas falta o principal: uma mobilização nas áreas da educação, social, saúde com a participação efetiva de segmentos organizados com o MP, a OAB, conselhos comunitários, sindicatos e tudo mais para levar esta conscientização para o jovem. De nada adianta combater o consumidor. É preciso conscientizar para que o jovem não vire um viciado.

 

Na Assembleia, foi formada até uma comissão parlamentar. Mais uma que não deu em nada. Deputados apareceram na mídia e depois de algumas reuniões nada de concreto. Com os recursos que tem estes deputados, ao invés de ficarem protegendo Flávio Conceição, deveriam ir para os municípios, com uma campanha direcionada para os jovens de combate ao crack. Seria melhor. Mas talvez um trabalho amplo desta forma não se reverta em votos.

 

Chamou atenção a matéria no final de semana no JC, onde o prefeito de Umbaúba, professor Anderson, relatou o avanço da droga naquele município que é um retrato do que vem ocorrendo em quase todos os outros. Meninas estão se prostituindo em troca da droga. Jovens deixando seus lares por conta do vício. Famílias sendo destruídas por causa de uma droga que vicia rapidamente.

 

O blog volta a apelar para que o MP, a OAB e entidades organizadas se junte ao governo estadual para a realização de uma campanha permanente de conscientização da juventude sergipana. É preciso arregaçar as mangas de verdade. Sem demagogia. O blog volta a repetir: é preciso um mutirão pela vida.

 

Sonegação: muito estranho, muito estranho

O ex-presidente da Jucese, no início do governo Déda, Marcos Andrade, que é empresário em Tobias Barreto criticou a operação deflagrada pelo governo naquele município na semana passada. Não é estranho, um ex-presidente da Junta Comercial ser contra uma operação que combate a sonegação? Sei não. E o pior: Marcos Andrade é do grupo de Nilson Lima que sempre combateu a sonegação. Sei não… tem caroço neste angu…

 

AL tem poder para anular o ato

Um artigo de Sérgio Monte Alegre e uma matéria jornalística, ambos publicados no JC do final de semana deixaram claro que a AL tem poder para anular o ato de nomeação de Flávio Conceição. Sérgio Monte entende que a AL tem poderes para rever o decreto legislativo que nomeou Flávio Conceição e cita como exemplo a nulidade que ocorreu em Tocantins, quando a AL de lá, decidiu rever o decreto legislativo que nomeara quatro novos conselheiros. Um deles recorreu ao STF, mas não obteve sucesso. Ou seja, tem jurisprudência no assunto. Só falta a maioria dos deputados decidir. Ou melhor, o governador e o empresário Amorim orientarem suas bancadas…

 

Humanista de verdade I

Muitos médicos dizem de boca para fora que são humanistas, mas poucos de fato praticam no seu dia a dia o juramento de Hipócrates. Um médico humanista de verdade foi homenageado no domingo, dia do médico, no JC com sua vida publicada na coluna de Osmário Santos: Marco Sarmento. Marco, que é carioca da gema, chegou em Aracaju ainda pequeno com a transferência do pai, funcionário do IBGE. Aqui fez amigos, estudou, se formou e constituiu uma família. Clínico geral, Marcos Sarmento, corre no dia a dia, trabalha em vários locais e, principalmente, atende a todos com atenção, responsabilidade, consciência e dignidade. Ele sim consagra a sua vida a serviço da humanidade, conforme o juramento de Hipócrates.

 

Humanista de verdade II

Este jornalista tem orgulho de ter conhecido Marco na década de 80, quando estudaram na mesma turma no Colégio Dinâmico, nesta época ainda numa pequena casa na rua de Maruim. Fica aqui também a homenagem a um exemplo, não só de profissional, mas de vida. Marco, ou simplesmente “Bolinha” como é chamado pelos amigos antigos, ama o que faz e por isso tem respeito a vida humana, acima de qualquer interesse financeiro, como, infelizmente rege hoje a vida de muitos profissionais. Marco, que também gosta de literatura, só tem um defeito: é vascaíno da gema e daqueles que acham que o melhor título do mundo será o campeonato da segunda divisão deste ano…

 

Educação em Capela

Pela publicidade do prefeito Sukita, de Capela, no JC, educação passa apenas pela construção de escolas. E mais nada. Sukita resolveu bater de frente com o magistério e o Sintese. E resolveu gastar dinheiro público para mostrar o que não tem.

 

Demagogia: prefeituras fechando as portas

E por falar em publicidade, tem muito prefeito dizendo que vai fechar as portas porque não tem dinheiro, mas não deixa de pagar, quinzenalmente publicidade de página inteira em vários jornais. Essas páginas não saem por menos de R$ 5 mil. De R$ 5 mil em R$ 5 mil. Mas preferem fechar as portas para correrem dos compromissos de campanha. O blog está fazendo um levantamento e vai mostrar quais os prefeitos que gastam mais em publicidade e ainda ficam chorando pelo canto…Pura demagogia…

 

Som alto na rua Enos Sadock

Tem alguma coisa estranha no bairro Suissa, no bar que fica na rua Enos Sadock, cuja denúncia foi publicada na semana passada neste espaço. A Emsurb e o pelotão ambiental, mesmo chamados não fazem nada. O som alto, por conta da seresta, incomoda os moradores e que recorreram as autoridades competentes, mas de nada adiantou.

           

SOS MP por conta da negligência do pelotão ambiental

Só resta agora os moradores pedirem socorro ao Ministério Público para que o pelotão ambiental e a Emsurb cumpram com suas obrigações. Será que o dono da casa de “seresta” tem costas quentes? Quais as autoridades que protegem o infrator? Os moradores esperam que os órgãos públicos cumpram o seu papel fiscalizador. É preciso lembrar: estes funcionários são pagos com dinheiro público.

 

Sua casa está virando um museu?

Mais uma preocupação deve fazer parte do nosso cotidiano: o que fazer com o lixo eletrônico que temos em casa? Com a rápida evolução tecnológica que somos submetidos, nossas casas acabam virando verdadeiros depósitos de PC´s velhos, notebooks ultrapassados, TV´s e DVD´s quebrados, entre outros aparelhos eletrônicos que descartamos com mais rapidez que antigamente.Alternativa? Pesquise e se informe antes de descartar seus entulhos tecnológicos. Se puder, faça doação pois há sempre alguém com um modelo pior que o seu. Você pode também tentar desfazer dele em sites de vendas. Ou, até mesmo achar uma alternativa junto ao fabricante da marca em sua cidade. Existem lojas que oferecem bônus na compra de outro aparelho quando você entrega o velho de volta. E agora, o melhor de tudo. Parte desse lixo é incinerada e resulta na formação de sais e óxidos metálicos que são utilizados em tintas, vidro, cerâmicas e química em geral.Bem, o objetivo aqui é fazer com que você pense melhor antes de fazer descarte dessa espécie. Tire um tempo livre e pesquise. É para nosso bem e o bem do planeta. Mais dicas: www.sustentaessaideia.blogspot.com

 

 

DO LEITOR

 

Seria cômico se não fosse trágico II

Do leitor Nairson A. Machado: “O acordo Iunes é uma brincadeirinha, um arranjo, mas se a família aceitou, paciência. Agora o silêncio do ministério público é vergonhoso. Mas depois do promotor defender atitude de uma promotora, sua colega, por atitude pouco nobre no estacionamento de uma loja no bairro 13 de julho  por ser uma pessoa competente o que se pode esperar neste momento? A idéia de que por ser competente se tem o direito de errar deliberadamente está se tornando um caminho perigoso na segurança pública e no Ministério Público. Ato recente fez com que o Delegado Flávio Albuquerque assumisse erro em uma operação, atitude nobre. Entretanto, discordei quando a Instituição responsável pela segurança pública não reparou imediatamente os danos causados a família”.

 

Situação Caótica em Propriá

De João José de Brito Neto: “Há exatamente 10 anos deixei minha Cidade natal, e parti para Aracaju com emprego garantido através dos meus estudos concluídos no maior Centro de Educação do Interior de Sergip (Fundação Bradesco). Todos os dias agradeço a Deus por ser feliz. Mais minha maior tristeza é chegar em Propriá e ver a maioria dos colegas desempregados e na cachaça. E a geração de hoje, boa parte no mundo das drogas. Enquanto isso, o Prefeito destrói o que estava pronto(Hospital Municipal), e só faz reformar Praças e assaltar praticamente toda a cidade. A Juventude quer trabalho, respeito e valorização. A Cidade que a anos é administrada pelo grupo do Prefeito, só regride e o pior é que 70% da população aplaude.A mais de 6 anos, não nasce uma criança em Propriá. A solução é Capela ou Aracaju. E o povo aplaude e não busca seus direitos.Fico indignado com a falta de respeito do poder público do nosso Estado. O que é que Propriá têm de errado? Porque nenhum governante leva uma Indústria para se instalar em Propriá? Somos aproximadamente 30mil habitantes vivendo de um comércio pobre e uma Prefeitura abarrotada de pessoas sem perspectivas de um futuro melhor para seus Filhos e Netos.E pasmem! Temos o prefeito (Que é irmão do Ministro do Supremo), que é aliado do Governador e Presidente. Como pode um ser humano, só pensar em sua família e esquecer que Propriá têm o potencial de ser uma cidade Turística e de 1ª qualidade.Tomara, que a população tenha um mínimo de vergonha na cara, e não deixe Propriá cair no esquecimento. O maior sonho de minha vida é ver Propriá Sorrir”.

 

Movimento Salve a Atalaia

E-mail recebido:Nosso grupo é formado por administradores, empresários, médicos e muitos funcionários públicos (por esse motivo preferimos não nos identificar). Para começarmos, gostaria de pedir sua ajuda para resolver o problema da segurança na praia, pois, apesar de proibido existe uma rede de pesca nas proximidades do hotel Parque dos Coqueiros, ontem um surfista quase faleceu ao ficar preso na rede e por sorte foi salvo por outro surfista. Ligamos para a polícia ambiental e hoje a rede continua no mesmo local. Na região todos sabem quem é o dono da rede e por sinal todos também sabem quem era o dono da rede que matou recentemente um surfista.Um outro problema que devemos resolver enquanto ainda temos tempo é a invasão de towners, barracos e carrinhos de lanches na Atalaia.Todos nós somos favoráveis ao trabalho dessas pessoas, porém, o direito de um acaba quando começa o do outro. Inicialmente todos começam colocando uma towner ou barraca, que deveria ser móvel, mas, como não existe fiscalização eles acabam ficando, depois constroem uma barraca de alvenaria (de qualquer forma, sem arquitetura, esgoto etc.). No final de semana as towners e barracas ocupam o estacionamento e até as ruas da Passarela do Caranguejo. Mais recentemente o estacionamento em frente ao Hotel Aquarius está sendo tomando por barracas dos antigos donos de towners. Eles têm autorização da Prefeitura? Pagam energia, água, impostos etc.? Com certeza não, pois, a energia é puxado dos postes de iluminação pública, a água não é encanada, o esgoto não existe (e ai temos um problema de saúde pública) etc, no final sobram o lixo e a falta de respeito com a natureza. Chegamos a conversar com eles e a resposta foi: se o pessoal que faz shows na orla pode nós também podemos. Ficamos sem argumentos, e ai surgiram algumas dúvidas: esses shows pagam impostos? pagam para usar a orla? porque eles não respeitam as leis quanto ao volume do som? Nós moramos em média 300m em média dos locais dos shows, e dependendo da direção e força do vento, nós não conseguimos dormir. Bem, isso é uma outra história trataremos em outro e-mail”. Movimento Salve a Atalaia.

 

 

Enfim uma cabra da peste

Do leitor Messias Gonçalves: “Na ultima sexta feira, o estado de Sergipe se surpreendeu, positivamente, quando o juiz Marcos de Oliveira Pinto concedeu liminarmente a anulação do conselheiro Flávio Conceição, para o cargo no Tribunal de Contas de Sergipe. Com isso o magistrado vem atende a uma ação popular patrocinada pelo Sindat (sindicato dos auditores).  De uma coisa a princípio podemos afirmar: Esse juiz não deve nada ao senhor Flávio Conceição. Não teria sequer recebido doce de leite, vinho, apartamento para morar, viagens internacionais entre tantas outras “coisitas mais”, que o mesmo fazia questão de doar, aos seus chegados, como dizemos no interior. E mesmo se por ventura tenha um dia recebido algo, como dizem de muitos, depois dos fatos evidenciados e constatados pela operação navalha, mesmo assim, caberia, ser justo, isento. Na verdade, de todos aqueles que foram contemplados, a grande maioria não sabiam. Não interessava nem mesmo ao doador que soubessem a origem das benesses. Nestes casos, essas táticas funcionam dessa maneira. Fazem, doam e somente num certo dia, cobram os favores. Lembro que nesse episódio todo, somente ouvimos da senadora Maria do Carmo, dizer que costumava perguntar o que esse cidadão fazia, aonde trabalhava. E mais ninguém falou nada. Somente ela. O problema é que depois da operação navalha, tudo mudou. E o próprio se inteligente fosse, teria aceitado pelo menos a sua aposentadoria, pois agora, com essa decisão, começa-se um caminho que poderá não ter nem volta. Ou seja, ele venha perder tudo. A até a aposentadoria. Daqui pra frente, será difícil alguma esfera superior a instância do juiz, derrubar essa liminar. Os argumentos apresentados pelo magistrado são totalmente contundentes, como: ?os requisitos atinentes a idoneidade moral e reputação ilibada não foram plenamente examinados pela Assembléia Legislativa, já que omitidos graves fatos apontados em desfavor do requerido Flávio Conceição de Oliveira Neto? o que resultou na nomeação do conselheiro. Neste momento só temos que enaltecer a independência, a determinação e o cumprimento do dever e da justiça, por parte do magistrado. Quanto ao Sindat, vamos ver se haverá alguma retaliação por parte do prejudicado. E ao juiz, dizer que ele faz jus as calças que veste. O homem sergipano, aquele que sofre pela falta d água, escorrida pelos ralos da corrupção, está feliz, em saber que na capitá também ainda tem Cabra da peste”.

 

Som alto na praça do conjunto Leite Neto

E-mail recebido: “Caro Cláudio Nunes, venho acompanhando suas matérias relativas à poluição sonora que estava ocorrendo, mas proximidades do Colégio do Salvador, onde grupos católicos (nada contra a religião), realizam eventos com som alto. Ocorre que caro jornalista, o local de tais eventos agora mudou, passou a ser na Praça do Conjunto Leite Neto, onde no sábado, dia 16, durante a noite, na quadra da citada praça, foi realizado mais um evento, inclusive com sonorização profissional.  Os moradores deste núcleo habitacional não foram consultados acerca de tal evento, visto que, somos os maiores prejudicados, numa verdadeira agressão ao nosso direito do descanso e lamentavelmente nenhum órgão toma providências acerca desses abusos.  Ligamos para a Emsurb através dos telefones 3179-1222 e 8802-1201, porém ninguém atendeu. Gostaria de deixar registrada minha indignação, esperando que tal fato seja publicado no seu conceituado blog, esperando que providências sejam tomadas por quem de direito”.

 

 

 

Moto da SSP

E-mail recebido: “Ontem  16/10/2009 ao sair de casa para ir à faculdade por volta das 18 horas  e 20 minutos, ao passar pela rua C-10 no Cj. Orlando Dantas, pude perceber  uma Motocicleta sem identificação numérica (placa), não me contentando  somente ao ver de longe, então resolvi encostar-se à residência como não queria nada para ver melhor. Ao chegar mais próximo pude constatar que se tratava de uma Motocicleta da SSP, pois a mesma continha a logomarca da  referida secretaria, e mais continha também a marca da CPRV (Companhia de  Policiamento Rodoviário Estadual). Então apos esta confirmação continuei meu trajeto indignado, ao ver um veiculo publico que deveria esta sendo  utilizado para fazer policiamento ostensivo, para da proteção ao cidadão sergipano, que é, quem paga pela aquisição de todos estes veículos e sua possível manutenção, encontrava em uma residência sendo utilizada para fins particulares. A casa estava em obras, com certeza o funcionário publico que estava com aquela Motocicleta tinha ido vistoriar a obra. Será que aquela residência pertence a PM? Ou a SSP? A residência não continha a sua numeração de identificação por motivo da  devida obra, por isso não postei qual o n° da residência, mais vou tenta consegui-lo para postar aqui. Com a palavra, mais uma vez a PM e a SSP”.

 

Artigo – Carteiras de Identidade

Deraldo Adolfo Barbosa do Nascimento – Papiloscopista Policial Federa

 

Como profissional policial da área, e após ler matéria  “CI: Sergipe é o mais atrasado”, concordo plenamente com suas colocações e remeto as minhas. Analisando o complexo processo de emissão de uma carteira de Identidade Civil, observo o quanto o Instituto de Identificação/SSP/SE está atrasado.

 

Partindo da premissa que atualmente a Lei 7.116/83 rege a Carteira de Identidade, e lá no seu art. 8º diz que esta será expedida com base no processo de identificação datiloscópica,  não há a menor segurança neste tipo de documento expedido pelo Estado de Sergipe, uma vez que não há o princípio básico do confrontamento entre as impressões digitais coletas no ato da identificação com as constantes nos arquivos. Aliás, falando-se em arquivos, os que existem no II são um amontoado de planilhas, que deveriam estar arquivadas na seqüência lógica de classificação segundo o método “vucetich”.

 

Ainda segundo a Lei 7.116/83, art. 2º, o único documento exigido na expedição da carteira de identidade, primeira e segunda via, é a certidão de nascimento ou de casamento, está última para as requerentes do sexo feminino que tenham nome de solteira alterado em virtude de matrimônio.

 

Analisemos a seguinte situação: suponhamos que existam 05 postos de atendimento para emissão de identidade civil na cidade de Aracaju. Um cidadão com 05 Certidões de Nascimento (com datas de nascimento correlatas a sua), comparece aos 05 postos e sai com 05 Carteiras de Identidade com nomes diversos ao seu porém com as mesmas impressões digitais, visto que não houve consulta com as existentes em arquivo, documentos estes que servirão de base para o fornecimento de outros, tais como carteira de habilitação, cpf, carteiras de conselhos, etc, uma fraude em bola de neve.

 

A Carteira de Identidade atual conta com 04 elementos individualizadores do seu portador, quais sejam: fotografia, assinatura, dados onomásticos e impressão digital. Os três primeiros são mutáveis, porém a digital é a mais segura dos elementos, tendo em vista sua perenidade, imutabilidade e variabilidade.

 

Diversos Institutos de Identificação já digitalizaram todo o seu arquivo de impressões digitais civis e criminais, e a solução encontrada foi aliar a datiloscopia aos recursos da informática. Surgiram então os AFIS – “Automatic Fingerprint Identification Sistem”, ou seja, Sistemas Automáticos de Impressões Digitais. O AFIS é usado para comparar uma impressão digital com impressões previamente arquivadas no banco de dados do sistema. Esta tecnologia melhorou muito no final do século XX quando os processadores e as memórias dos computadores tornaram-se mais eficientes e acessíveis. Nos estados e países que já possuem este sistema, vários crimes do passado estão sendo solucionados com a identificação das impressões digitais arquivadas por falta de suspeitos com os quais pudessem ser confrontadas, além da segurança da emissão dos documentos de identidade.

 

Os princípios básicos da papiloscopia continuam válidos e sempre serão, como ocorre com toda ciência. Porém a sua aplicação ganhou uma nova dimensão na era do computadores. Isso muda o perfil do profissional das impressões digitais que terá que estar preparado para ingressar neste novo mundo. E falando-se em profissionais da área de identificação, sejam datiloscopistas ou papiloscopistas como denominados aqui em Sergipe, estão sob proteção do Ibama, face a sua extinção, creio que só existam 4 ou 5. Um absurdo, pois com extinguir a carreira de jornalista e entregar a pauta de um jornal para um leigo?!!! No âmbito da Polícia Federal e de várias Secretarias de Segurança, os papiloscopistas ou datiloscopistas são equiparados, tanto em importância no cargo de natureza policial como em remuneração, aos agentes policiais e escrivães de polícia. E aqui?

 

Outra colocação: diz a Constituição Federal, Art. 3o O civilmente identificado por documento original não será submetido à identificação criminal, exceto quando: I – estiver indiciado ou acusado pela prática de homicídio doloso, crimes contra o patrimônio praticados mediante violência ou grave ameaça, crime de receptação qualificada, crimes contra a liberdade sexual ou crime de falsificação de documento público; II – houver fundada suspeita de falsificação ou adulteração do documento de identidade; III – o estado de conservação ou a distância temporal da expedição de documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais; IV – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; V – houver registro de extravio do documento de identidade; VI – o indiciado ou acusado não comprovar, em quarenta e oito horas, sua identificação civil.

 

Olha o perigo da emissão de um documento sem lastro de segurança… O RIC, Registro de Identidade Civil, instituído pela Lei 9.454/97 e Lei 12.058/2009, não é um sonho, é algo plausível, porém antes mesmo da sua regulamentação (no máximo em cento e oitenta dias), os Estados tem que se adequarem a nova realidade, é preciso investir em estrutura, equipamento, capacitação de pessoal. Com ações adequadas e racionais, tecnologia e interesse, é possível que um dia entremos no seleto grupo das 26 Unidades da Federação que tratam a emissão de seus documentos de identidade, seus arquivos datiloscópicos civis e criminais com responsabilidade, confiança e denodo. Não vou nem me estender sobre a Perícia em Local de Crime, no que tange a coleta de impressões latentes… Caro Senhor Cláudio, o atraso não é só na “rapidez” da emissão da Carteira de Identidade, vai muito além disso. Atenciosamente, Deraldo Adolfo Barbosa do Nascimento – Papiloscopista Policial Federal – SR/DPF/SE.

 

Rodovia Vaca Serrada/Niterói, mais um capítulo

 

Ofício do diretor presidente da Rematel, Alexandre Fonseca enviado ao DER/SE: Acusamos, nesta data, o recebimento do ofício PJ n. 257/2009, referente à notificação para defesa prévia quanto a pretensão de rescisão unilateral do contrato PJ. 19/2008 e aplicação de sanções contratuais.

 

Consta da referida notificação que, incrivelmente, somente através da CI n. 0120/2009 foi constatada suposta inadimplência desta construtora na execução do referido contrato no que tange ao prazo, considerando aditivos realizados.O fato concreto é que, no decorrer da execução do contrato, diversos fatores que não foram de responsabilidade desta Construtora impediram a abertura de frentes de serviços e o cumprimento do cronograma físico inicial da obra.

 

De modo que, no atual momento, estamos sendo acusados por esse órgão, de lentidão e falta de capacidade operacional, no entanto, a acusação é genérica e não aponta efetivamente quais os instantes (temporais) em que ocorreram os supostos atrasos a fim de que possamos apresentar justificativas plausíveis para cada dia de atraso, se é que houve; A acusação genérica de lentidão e falta de capacidade operacional implica em impossibilidade de nos defendermos desta absurda alegação;

 

Coincidentemente, essa hilária constatação de atraso somente veio a ocorrer neste momento (após o término do contrato) em que a nossa empresa encontra-se em ferrenho litígio público com Vossa Senhoria, apesar de acreditarmos, piamente, não ter nada haver uma coisa com outra.Mesmo assim, não se pode perder de vista a possibilidade de apuração acerca da existência de atos de improbidade administrativa ou mesmo de crime de prevaricação, se é que houve, apesar de acreditarmos, piamente, não existir uma coisa ou outra, mas se deve apurar.

 

Tal suspeita (esperamos que infundada) decorre do fato de todo esse litígio vir a público somente no instante em que se intensificam as criticas à gestão do DER.SE feitas pelo Deputado Venâncio Fonseca, líder da Oposição na Assembléia Legislativa e tio do diretor desta empresa, (que ora subscreve este pedido).Nesta toada, Vossa Senhoria detém a obrigação de informar a fim de subsidiar a nossa defesa esclarecer fatos e garantir a isenção e legalidade da condução da coisa pública: a)Se houve identificação (citando-os) dos momentos contratuais em que ocorreram fatores externos que justificassem o atraso na execução das obras, tais como: aprovação de jazidas, indenizações pela desapropriação de imóveis no trecho a ser executado, modificação de projeto, chuvas e inteperes, problemas orçamentários do órgão, pagamentos ou medições atrasadas de faturas, retirada de linhas de energia do trecho, etc, etc. b)     se houve ou não (e qual o motivo) alguma anterior verificação do cronograma físico do contrato, considerando a necessidade de apurar possível negligencia (o que acreditamos, piamente, não existir) deste órgão na execução de seu mister de fiscalizar; c)         se tais constatações são frutos de sentimentos pessoais advindas das criticas feitas pelo Deputado Venâncio Fonseca à Gestão do DER.Se (o que acreditamos piamente, não existir)

 

O prazo para a defesa somente corre, sob pena de indiscutível cerceamento quanto é disponibilizado para o defendente todos os elementos necessários dentre eles a cópia dos processos citados na notificação e as informações acima requeridas. Por fim, gostaria de requerer informações quanto a base legal para rescindir contrato já encerrado por decurso de prazo. Sem mais.Atenciosamente,Alexandre Fonseca – Diretor Presidente Rematel.

 

Participe ou indique este blog para um amigo: 

claudionunes@infonet.com.br

 

Frase do Dia

“O bem se move a passos de lesma. Aqueles que querem praticar o bem não são egoístas nem têm pressa; sabem que, para impregnar as pessoas com o bem, é necessário muito tempo”. Gandhi.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais