Homem em situação de rua morre após sofrer queimadura em 35% do corpo

Um homem em situação de rua morreu no final da tarde desta terça-feira, 16, após ter 35% do corpo queimado. A vítima estava internada no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) desde o dia 11 de maio após sofrer uma tentativa de homicídio em São Cristóvão.

De acordo com a Secretaria de  Estado da Saúde (SES), o homem foi admitido na unidade hospitalar há dois meses atrás, vítima de queimaduras de 2º grau em seu rosto, tronco, membros superiores e inferiores. No Huse, ele recebeu cuidados da Unidade de Tratamento de Queimados (UTI) do Huse e foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ainda conforme a secretaria, diante do seu estado de saúde, a vítima chegou a ser transferida para um leito de enfermaria no dia 8 de julho. No entanto, o paciente não resistiu a complicações clínicas e faleceu.

Investigações

Segundo a Polícia Civil, a investigação do caso foi redirecionada da 6ª Delegacia Metropolitana para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O ocorrido estava sendo acompanhado desde junho como uma suposta tentativa de homicídio. Há suspeitas de que as lesões tenham sido causadas no bairro Siqueira Campos, em Aracaju.

As apurações policiais apontam que a vítima aparecia nos passeios do centro comercial do conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, há cerca de cinco meses. O homem apresentava graves lesões, sem atendimento médico ou denúncias na delegacia.

Ainda conforme a Polícia Civil, o homem possui histórico de transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e autismo, e circulava por diversos bairros e cidades do interior. As investigações também mostram que, anos antes, a vítima havia sido internada com queimaduras semelhantes em algum desses interiores.

O DHPP aguarda laudos periciais e relatórios médicos acerca das queimaduras. A Polícia Civil solicita que informações e denúncias que possam contribuir com a elucidação do caso sejam repassadas por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.

por Carol Mundim e Verlane Estácio