Protesto fecha rodovia estadual

Moradores dizem que estão esquecidos Fotos: Portal Infonet 
No final da manhã desta sexta-feira, 7, moradores do Mosqueiro, localizado na zona de expansão da capital, realizaram uma manifestação em protesto pela falta de assistência às famílias que perderam tudo com as fortes chuvas e que permanecem ilhadas dentro das casas. Com pedaços de madeiras, pneus e galhos de arvores, a população fechou a Rodovia dos Náufragos, no trecho da SE 100.

A polícia esteve no local e tentou acalmar os manifestantes que estavam revoltados. “A minha esposa está grávida de sete meses, a qualquer momento pode ter o bebê, mas como vou conseguir tirar ela de casa com tudo alagado. No meu caso ainda me arrisco a pegar uma doença na água suja, mas ela não pode correr esse risco para não ter uma complicação maior

População está revoltada 
no parto”, desabafa Adriano José da Silva.

“Peço para que as autoridades venham ver o nosso sofrimento e ajudem. Coloquem uma máquina para retirar a água porque está tudo empossado”, apela Adriano.

Muitos transtornos

Há 30 anos morando no loteamento São Judas Tadeu, localizado no Mosqueiro, zona de expansão da capital, a dona de casa Marilucia Maia diz que as chuvas que caíram na capital desde o inicio do mês passado deixaram um rastro de destruição. “Minha casa está embaixo da água, perdi tudo que tinha. Meu armário de cozinha encheu de água e agora não serve mais, meu guarda roupa também. Não sabemos mais para onde ir porque tem vizinhos que não conseguem deixar as casas porque a água tomou conta”,

Moradores dizem que pessoas estão doentes
lamenta.

O segurança José Gildo Soares diz que a esposa e a filha de apenas quatro anos não conseguem sair de casa porque a rua onde mora está completamente inundada. “Para sair de casa coloco meu pé nessa água suja, mais minha mulher e minha filha não podem ficar correndo o risco de ficarem doentes, por isso elas ficam em casa”, diz.

A dona de casa Maria Damiana dos Santos alega que com as águas empossadas a proliferação de insetos tem tirado o sono dos moradores. “Não consigo dormir porque além de tudo as muriçocas, baratas e muitos ratos invadiram as casas. É muito difícil a nossa situação, tenho quatro filhos de 4 a 15 anos de idade e todos eles correm o risco de ficar doentes”, salienta.

Maria Damina diz que filho tem asma e encontra dificuldade para sair de casa e procurar atendimento
Levantamento

Horas antes da manifestação, o coordenador da Defesa Civil Municipal, Nicanor Moura, esteve no Mosqueiro para fazer o levantamento de todas as famílias que foram afetadas pelas chuvas.

“Esse levantamento foi discutido em reunião com o Ministério Público. Vamos analisar cada caso para poder encaminhar essas famílias para o auxílio moradia ou para o kit construção”, afirma Nicanor.

Por Kátia Susanna

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