A Floresta da OAB/SE está cheia de segredos, as árvores sussurram rumores e o vento carrega intrigas, o pânico está no ar. Todos os animais estão atentos à escolha dos 12 Apóstolos pelo Conselho da OAF (Ordem dos Advogados a Floresta), o grupo seleto que definirá o rumo da Floresta por muitos ciclos. A Bolsa de Apostas nunca esteve tão movimentada, com bichos arriscando seus palpites nos nomes mais cotados.
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Entre eles estão o Pavão (Márcio Conrado), exibindo suas penas com confiança; o Tamanduá (Carlos Pina), quieto e estratégico, sempre na sombra; o Vaga-lume (Joaby Ferreira), brilhando com popularidade; o Jacaré (Cícero Dantas), de boca grande, mas pouca influência; a Capivara (Felipe Alves) nadando conforme a correnteza do poder, E, entre as pedras do caminho, estava o Lagarto (Genisson Cruz), advogado do tio do Governador, que, na surdina, esperava um WO para deslizar tranquilamente até o Conselho, enquanto Pomba (Ana Lúcia Aguiar) conquistava apoio com serenidade e fé.
A Ursa (Clarisse Ribeiro), herdeira de uma poderosa linhagem, caminhava firme, enquanto Ex-Caçadora (Marília Ribeiro) usava seu faro político apurado, a Jaguaritica (Denise Figueredo) movia-se discretamente, acumulando respeito pela experiência, e a Cutia (Carlas Caroline) defendia causas com agilidade e persuasão. Já Lontra (Janete Oliveira) seguia seu curso em silêncio, contando com alianças estratégicas para avançar.
Todos os animais estavam atentos à escolha dos 12 Apóstolos pelo Conselho da OFB/SE. A Bolsa de Apostas nunca esteve tão movimentada, com bichos arriscando seus palpites nos nomes mais cotados. Esses eram os animais mais cotados de todo o universo da floresta para figurar na lista dos 12 escolhidos pelo Conselho, dos quais a bicharada votaria para escolher 6. Em seguida, esses 6 seriam enviados ao Tribunal da Floresta (TJ), que apontaria 3 finalistas. Por fim, o Governador da Selva nomearia um deles como o novo representante no Tribunal Supremo. Era uma escalada de poder que deixava todos nervosos – e prontos para qualquer jogada.
No alto de uma colina, Daniel Leãozinho observava tudo de sua toca secreta, calado e estrategista. Diziam que, apesar do tamanho, seu rugido ecoava a palavra “poder” pela floresta. Nos últimos dias, ele havia se recolhido em silêncio absoluto, enquanto os outros bichos tramavam alianças. “— Quem fica quieto, vê mais longe”, — pensou Leãozinho.
Foi então que ele ouviu um farfalhar nas folhas e percebeu a aproximação de uma figura conhecida. “— Achou que ia ficar escondido pra sempre, Leãozinho!” — brincou o Caçador CAM, surgindo das sombras, com o arco pendurado nas costas e um sorriso de vitória. “— Ah, Padrinho!”— respondeu o Leãozinho, com um olhar astuto. “— Eu estava apenas aguardando o momento certo”.
Os dois se acomodaram na toca, de onde podiam observar toda a movimentação na floresta lá embaixo. Os 12 Apóstolos ainda corriam de um lado para o outro, fechando alianças, mas Leãozinho sabia que o jogo agora estava em suas mãos. “— Você viu a cara deles quando saiu a sentença?”— riu o Caçador CAM, cruzando os braços: “— Foi um banho de água fria!”.
“— A Calma é a razão do sucesso, Padrinho”. Respondeu o Leãozinho, triunfante. “— Eu disse que silêncio e paciência iam nos dar a vitória”. Retrucou CAM: E agora que saímos com a sentença favorável, vamos começar a dar as cartas”. “— Exatamente!” — rugiu Leãozinho, mostrando as presas.” — Eles acham que estão no controle, mas mal sabem que nós é que estamos movendo as peças”. Completou CAM.
Sorrindo e admirando a astúcia do afilhado disse:. “— A floresta toda vai dançar conforme nossa música”. — disse ele, apertando o cabo do arco com confiança. “— E quando perceberem, já vai ser tarde demais”. “— Deixe que corram de um lado para o outro, como ratos desesperados”. — zombou Leãozinho, balançando a juba. “— Vamos esperar o momento certo para o golpe final”. Os dois riram, cúmplices em sua estratégia impecável. Leãozinho e o Caçador CAM sabiam que, a partir daquele momento, o poder estava em suas garras. E a floresta jamais seria a mesma.
No meio de um condomínio da floresta, em pleno bloquinho de carnaval, antes da sentença, a Pantera Negra, Augusto e o Lobo Fabiano estavam à sombra de um velho baobá, cercados por serpentinas e confetes. Ambos exibiam sorrisos confiantes enquanto observavam a movimentação na floresta. O som dos tambores ecoava, e a conversa fluía como samba no pé.
“— E aí, Lobo!” — provocou a Pantera, mostrando as garras. “— Pronto pra essa eleição? Com a sentença saindo a nosso favor, é só correr pro abraço!”. O Lobo, com a calma de sempre, balançou a cabeça: “— Pantera, você sabe que cautela é a chave do sucesso”. — respondeu ele, ajustando a máscara de carnaval. “— Mas confesso que estou tranquilo. O Leãozinho tá tão confuso que nem sabe onde pisar”.
A Pantera gargalhou alto, chamando a atenção do Macaco Getúlio Sobral, que dançava em cima do galho mais alto, rodopiando com uma sombrinha colorida. “— Vocês tão falando do Leãozinho?”. — gritou o Macaco, descendo com um salto acrobático. “— Aquele ali tá perdido! Desde que entrou na toca, só sai pra tomar vento nas orelhas”.
A Pantera riu ainda mais alto: “— E ainda tem o Caçador CAM! Acha que manda na floresta, mas não passa de um coelho com arco e flecha! O Lobo mostrou os dentes num sorriso malicioso: “— Acham que tão jogando xadrez, mas a gente tá é jogando sinuca… e eles são as bolas na mesa”. O Macaco, que adorava tirar sarro, não perdeu a oportunidade: “— Vocês viram eles ontem?”. — perguntou, imitando o Caçador com a mão na cintura. “— Lá no alto da colina, achando que tão escondidos…”
A Pantera completou: “— …mas com aquele cabeção do CAM, dá pra ver ele a um quilômetro!”. Os três riram tanto que as árvores ao redor balançaram. O Macaco continuou: “— E o Leãozinho achando que vai dar as cartas? Coitado… mal sabe que o baralho já tá na mão da justiça”.
A Pantera fez um gesto dramático, como se segurasse um troféu: “— Quando a sentença sair a nosso favor, vou fazer uma festa maior que esse bloquinho! O Lobo ergueu a caneca de coco: “— E eu vou brindar à queda do Leãozinho!”. O Macaco saltou para o alto do galho novamente, dançando e zombando: “— Quero só ver a cara do Caçador quando perceber que ficou sem flecha pra atirar!”.
O trio continuou rindo e dançando, confiantes de que a vitória estava garantida. O Leãozinho e o Caçador CAM sabiam que a Floresta já estava controlada, mas a Pantera Negra, o Lobo e o Macaco não imaginavam que dias depois a sentença seria favorável ao Leãozinho.
Sob a sombra de uma figueira centenária, ABES, o Rato, andava de um lado para o outro, inquieto. Seus olhos pequenos brilhavam de frustração. Ao seu lado, Inácio, a Preguiça, bocejava preguiçosamente, pendurado num galho, balançando devagar. A notícia havia chegado como um raio: a sentença foi favorável ao Leãozinho.
“— Isso é uma injustiça!”. — rosnou o Rato, rangendo os dentes. “— Eu estava certo de que a mudança das regras seria derrubada!”. A Preguiça abriu um olho devagar, depois o outro, suspirando fundo: “— Pois é, Rato… Eu também achei”. — disse, com uma voz arrastada. “— Mas o rugido do Leãozinho foi mais alto do que eu esperava”.
O Rato chutou uma folha seca, irritado:”— Esse Leãozinho… Com o CAM do lado dele, fica fácil rugir alto. Mas eu não vou desistir assim!”.
A Preguiça coçou a cabeça, ainda assimilando os acontecimentos: “— Você vai recorrer?” — perguntou, num tom quase de tédio. “— Claro que vou!”. — respondeu o Rato, erguendo a cabeça com determinação. “— Ainda tem chance de virar o jogo. O Conselho da Floresta não vai escapar tão fácil”. A Preguiça deu de ombros, quase caindo do galho com o movimento lento: “— Recorrer dá muito trabalho…” — murmurou, esticando as patas num longo bocejo. “— Mas você tá certo. Não podemos desistir ainda”.
O Rato ergueu as orelhas, animado com o apoio da Preguiça: “— Você não entende, Inácio! Se aceitarmos essa sentença, o Leãozinho vai mandar e desmandar na floresta. Precisamos lutar pela justiça”. A Preguiça concordou com um aceno lento:”— A floresta do bem precisa de justiça…” — repetiu, imitando o tom do Rato. “— Só espero que essa briga não atrapalhe minhas sonecas”. O Rato sorriu pela primeira vez desde que soubera da sentença. “— Não se preocupe, Inácio. Eu faço o barulho, você só precisa ficar acordado pra votar quando chegar a hora”.
Enquanto o Rato tramava seus próximos passos para recorrer, a Preguiça, voltou a cochilar. Eles haviam perdido uma batalha, mas a guerra ainda não tinha acabado. Na política da floresta, quem persevera acaba virando o jogo – nem que precise acordar a Preguiça pra isso.
Nos galhos mais altos, observando tudo com visão aguçada, estavam os Falcões Clóvis Barboza e Edson Ulisses, ex-líderes da floresta. De lá, viam a movimentação e faziam suas análises. “— Dessa vez, a disputa vai ser intensa. Quem serão os 12 escolhidos? – perguntou o Falcão Clóvis. O Falcão Edson riu:
“— Aposto minhas penas que, dessa lista, pelo menos 9 estão garantidos!”
E assim, a Bolsa de Apostas da Floresta ficou movimentada. Nomes como o do Pavão, Tamanduá, Vagalume, Jacaré já estavam na boca da bicharada. Cada um com suas táticas e estratégias, tentando garantir um lugar entre os 12 “apóstolos da justiça”.
Em meio à confusão, o sábio Elefante Evânio observava tudo com calma. Apesar de ser enorme e poderoso, Evânio tinha uma leveza natural – uma inteligência rara que o fazia entender as correntes políticas da floresta como ninguém. Sabia que, sendo advogado de Valmir, o Pato de Itabaiana, jamais seria escolhido pelo Governador da Selva.
Com um suspiro profundo, aproximou-se do Rinoceronte Juvenal e declarou: “— Estou fora dessa. Minha lealdade ao Pato de Itabaiana me impede de seguir adiante. O Rinoceronte, com seus passos pesados e olhar determinado, respondeu: “— Eu vou colocar meu nome na lista. Pode ser que eu não entre nos 12… mas não posso desistir sem tentar”.
O Elefante, aproveitou e cochichou na orelhão do Rinoceronte que recebeu um telefonema furioso do Pavão, reclamando de ter sido apelidado de “Pavão” pelo fabulista. O Rinoceronte caiu na gargalhada: “— E eu sou o Rinoceronte, o ABES é o Rato, Inácio é a Preguiça… e você é o Elefante que fez bariátrica! KKKKKKK!”. O Elefante respondeu, rindo:”— E ele ainda reclamou? Pelo menos é o Pavão Misterioso, pássaro formoso … tudo é mistério … nesse teu voar … já pensou se fosse Urubu?”. Os dois riram tanto que assustaram os passarinhos. No fim, concordaram: os apelidos caíram como uma luva.
No memo bloquinho, cheio de confete rosa e brilho dourado, as candidatas mulheres se reuniram debaixo de uma árvore frondosa. O assunto? Por que o fabulista não falava delas? Tatiana Silvestre, a Cabra, foi a primeira a soltar o verbo, batendo o casco no chão com indignação: “— Ora, senhoras, parece que estamos invisíveis pra esse fabulista! — reclamou, ajeitando o lenço colorido no pescoço. — Ou ele não gosta de mulheres, ou ele é um misógino disfarçado!”.
A Ursa Clarice Ribeiro balançou a cabeça, concordando: “— Você tem razão, Cabra”. — disse, ajeitando os óculos escuros. “— Eu venho de uma família tradicional de advogados. Meu pai é um jurista renomado! Como esse fabulista ousa me ignorar?”. A Cabra fez um gesto dramático: “— E eu então? Olha minhas qualidades! Olha tudo que eu já fiz pela advocacia!” — exclamou, estufando o peito. “— Se eu entrar entre os 12, vou conquistar o voto do Conselho com um casco nas costas!”.
Ana Lúcia Aguiar, a Pomba, abriu as asas delicadamente: “— Eu também estarei entre os 12, com fé em Jesus. — disse, com um tom celestial. “— E o Tribunal vai me escolher porque precisa de alguém de muita fé e seriedade”. A Ursa Clarice sorriu confiante: “— Eu ainda tenho um sobrenome sonoro”. — disse, mexendo na juba. “— Só isso já me garante um lugar entre os seis. O Tribunal não vai resistir ao meu pedigree”.
Marília Menezes, a Ex-Caçadora, entrou no papo com um sorriso astuto: “— Ora, ora… Não se esqueçam de mim” — disse, ajeitando o cinto.” — Minha influência ainda é forte! Se eu entrar na lista, vou trabalhar no Tribunal pra me garantir na lista tríplice”. Janete Oliveira, a Lontra, piscou os olhos espertos: “— Você tá confiante demais, Cabra”. — disse com um sorriso irônico. “— Sua dificuldade é entrar nos 12. Mas, se eu estiver lá, vou usar minha influência pra garantir minha vaga no Tribunal”.
Carla Caroline, a Cutia, que estava só observando com aquele olhar astuto, finalmente falou: “— Eu vou estar entre os 12. Não tenho dúvida”. — disse, batendo o pé no chão. “— Eu defendo as minorias, a negritude da floresta. E o Tribunal precisa de uma mulher negra lá no meio”. Denise Figueiredo, a Jaguaritica, continuava em silêncio, só ouvindo, com um sorriso enigmático no rosto.
No meio do falatório, Clara Machado, a Coruja, ajeitou o óculos, retocou o batom do bico e abriu as asas, chamando a atenção: “— Calma, meninas”. — disse, com voz firme. “— Não esqueçam que, antes de tudo, o Conselho precisa escolher vocês. Depois disso, tem que convencer os advogados e, só então, o Tribunal”. “— É mesmo…” — suspirou a Cabra, balançando a cabeça. “— E ainda tem o Governador pra nomear”.
A Coruja piscou os olhos com sabedoria: “— Por isso, tenham calma. A floresta é cheia de surpresas… e de fabulosos fabulistas”. As candidatas caíram na gargalhada, finalmente relaxando. Mas, lá no fundo, todas sabiam que a disputa estava só começando.
No meio do rio, Wagner Ribeiro (Gato-Coroa da Lancha), navegava tranquilamente em sua big lancha, sentindo o vento bater no rosto enquanto o sol brilhava sobre as águas. O som das ondas era interrompido pelo toque do telefone. Ele atendeu, e do outro lado da linha, surgiu a voz apressada de Alessandro, o Alecinho (Pastor Alemão): “— Gato! Me inscrevi no Quinto Constitucional!” — anunciou, cheio de entusiasmo. “— Agora é só correr atrás dos votos!”.
O Gato-Coroa soltou uma risada tranquila, encostando-se no estofado macio da lancha: “— Meu Deus…” — disse, balançando a cabeça. “— Vocês estão brigando pelo Quinto Constitucional e não percebem que isso é um jogo de poder… e de um poder muito forte!”. “— Ué, mas não é pra isso que estamos disputando? — perguntou o Pastor Alemão, curioso.
O Gato-Coroa olhou para o horizonte, vendo o sol refletir na água: “— Pode até ser, Pastor Alemão, mas o sistema é muito bruto, muito bruto mesmo. Eu não vou me preocupar com isso, não”. — disse ele, com um sorriso maroto. “— Eu vou é andar de lancha, passear, curtir a vida…”. O Pastor Alemão riu do outro lado da linha: “— Ah, claro!” — provocou. “— Só porque você é um gato-coroa e lindo, né? Mas, Gato, o poder também é necessário. Quem não tem poder, dança na política”.
O Waguinho ergueu os óculos escuros, pensando na vida: “— Eu sei disso, amigo.” — respondeu ele, num tom sereno. “— Eu penso no meu escritório, penso nas minhas ações… Mas também penso em curtir a vida. A vida tem que ser vivida intensamente”. Balançou a taça de vinho, deixou ele respirar, cheirou e deu aquele gole nostálgico: “— Esses aí tão se expondo demais”. — disse, fazendo um gesto com a mão. “— Tudo isso é uma abertura desnecessária. E, no final das contas, quem escolhe é o Governador”.
O Pastor Alemão ficou pensativo por um instante: “— Você tem razão, Gato. — disse ele, num tom mais calmo. “— Mas eu preciso dessa força. Preciso desse poder pra ajudar e representar a advocacia”. O Gato-Coroa sorriu: “— E você vai conseguir, Pastor? Faça isso sem perder a paz de espírito. Eu, todo fim de semana, ligo minha lancha e vou passear com meus amigos. Você devia fazer o mesmo”.
O Pastor Alemão riu: “— Você é esperto, Gato”. — brincou. “— Sempre curtindo a vida adoidado , né?” O Gato-Coroa gargalhou, esticando-se no banco da lancha: “— É isso meu lindo… É em cima das ondas!”. Então, ele completou: “— E olha, quem quiser passear comigo, é só chegar!” — disse ele, com um sorriso largo. “— Até o fabulista tá convidado! Se ele quiser vir dar uma volta na minha lancha, também tá liberado”.
O Pastor Alemão caiu na gargalhada: “— Sério? O fabulista?”. “— Claro!” — respondeu o Gato-Coroa, dando de ombros. “— Quem sabe, passeando de lancha, ele para de inventar essas histórias malucas”. Desligou o telefone, aumentou o som na lancha, encheu mais uma taça de vinho e acelerou, deixando as ondas pra trás. Enquanto os outros brigavam pelo Quinto Constitucional, o Gato-Coroa continuava a viver intensamente… e a navegar acima de todas as intrigas – até com o fabulista a bordo, se ele tivesse coragem de aceitar o convite.
O Grande Carvalho do Judiciário finalmente deu sua palavra. O Leãozinho, triunfante, rugiu tão alto que as árvores tremeram. Ele sabia que, com o CAM ao seu lado, o poder estava em suas garras. Mas, na política da floresta, nem tudo é o que parece. Enquanto o Leãozinho rugia, o Rato Aurelio tramava um recurso, determinado a virar o jogo. A Preguiça Inácio, apesar de sonolenta, concordou em ficar acordada… pelo menos até a hora da votação.
No céu, os Falcões Sábios trocaram olhares astutos. “— Essa disputa ainda vai longe…” — comentou Falcão Clóvis. “— E nem todos os apóstolos são santos…” — completou Falcão Edson, com um sorriso maroto.
A eleição para o Quinto Constitucional mostrou que o Jogo do Poder é impiedoso. Alianças inesperadas podem mudar o rumo da história, e traições estão sempre à espreita. A floresta não seria mais a mesma.
O Fabulista, escondido nas sombras, fechou seu caderno de anotações, sorrindo ao imaginar as próximas intrigas. Afinal, na política da floresta, o jogo só termina quando o último rugido ecoa… E assim, o mistério do poder continuava. Quem seria o escolhido? Só o tempo – e o Governador da Selva – poderiam dizer.