MP e empresas tentam manter Casa do Menor

Reunião reuniu representantes de várias organizações
A preocupação em preservar a Casa do Menor funcionando foi o alvo de audiência pública no Ministério Público do Estado (MPE/SE) nesta segunda, 22. A próxima reunião ocorrerá no dia 3 de dezembro e o padre Renato Chieira, coordenador do projeto, está esperançoso com o retorno e futuro deste trabalho em Aracaju.

A Casa do Menor foi implementada na comunidade da Igreja Santa Maria Madalena, no bairro Soledade, em agosto deste ano. A residência é emprestada pela Arquidiocese.  Atualmente, o local atende a quatro crianças em situação de risco e envolvimento com drogas. O projeto visa resgatar crianças e adolescentes de rua e envolvidos com entopercentes.

Além do padre e da promotora de Justiça Míriam Tereza Cardoso, estiveram presentes nesta audiência representantes de organizações governamentais e semi-governamentais, a exemplo do Banco do Brasil, Banese, Petrobras, Sesi, Deso, Energisa, Emurb, Cehop e Secretaria Municipal de Assistência Social.

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Para esta semana ficou decidido, também na audiência, que a direção da instituição enviará um plano estratégico (todos os gastos discriminados da Casa do Menor) por e-mail para as empresas, para que todas possam levar alguma proposta na próxima reunião do dia 3 de dezembro. “Todas as organizações se mostraram sensíveis e acreditamos que na próxima audiência trarão resoluções para que o projeto funcione e crianças sejam assistidas”, diz o padre Renato, enfatizando a importância da supervisão da promotoria pública.

Já Miriam Tereza fez questão de ressaltar que a Casa não pode receber verbas públicas, por que existe uma lei municipal proibindo este tipo de contribuição para associações que tenham menos de um ano. “Estamos preocupados com a questão das drogas entre nossos jovens. O número é grande e as famílias não sabem lidar com este problema. Já teve mães que

Míriam Tereza resalta a importância do trabalho da Casa do Menor
estiveram aqui e disseram aos promotores que cuidassem dos seus filhos, por que não sabiam o que fazer. É desesperador”, relata.

O padre Renato ressalta que algo necessita ser feito e lembra que tanto a sociedade quanto o poder público devem trabalhar juntos. “O crack está atingindo famílias de todas as classes e aprisionando não somente os adolescentes, mas a sociedade que a cada dia tem que se esconder em suas casas, por causa da violência”, ressalta.

 

Abaixo seguem os pontos a serem trabalhados por ordem de prioridade, segundo o padre Renato Chiara:

1) Manutenção da Casa do Menor

Atualmente a Casa do menor funciona de providência numa residência no bairro Soledade. Os administradores e quatro meninos que estão instalados no local necessitam de alimentação, roupas e remédios. E os meninos também precisam de assistência de profissionais a exemplo de uma assistente social e psicóloga.

2) Obra no local para ser trabalhado a profissionalização

O Instituto Lourival Fontes cedeu  a Casa do Menor um galpão e uma casa, em regime de comodato por 20 anos, no bairro São José. O local será usado para profissionalização dos adolescentes e crianças em situação de risco. A idéia inicial, segundo o padre é dar curso de bolsas ecológicas (com lona de caminhão) e cursos de informática.

Para tal, o local necessita de obras. “Não pretendemos fazer grandes obras, mas o local está cheio de areia e precisa de uma reforma provisória sem gastar muito dinheiro”, diz o padre.

3) Construção de uma casa própria

A Casa do Menor recebeu cinco lotes no Conjunto Parque dos Faróis, no município Nossa Senhora do Socorro. A idéia é construir a primeira Casa do Menor do Estado que daria para abrigar até 20 adolescentes. “São 680 metros quadrados e o primeiro orçamento para a construção desta casa ficou em R$380mil, mas iremos fazer mais duas cotações. Além dos quartos esta habitação deve ter sala de jogos, atividades e local para pré-profissionalização”, explica o padre.

4) Manutenção de uma quadra de esporte

Um local de recreação para estes jovens é a continuidade deste trabalho. Tanto a quadra como os cursos serão abertos a comunidade, pois é necessário fazer um trabalho preventivo.

5) Outra área de profissionalização implementada na periferia

Quer saber mais sobre este projeto que já existe em cinco estados e há 25 anos no Rio de Janeiro acesse o site.

Caso queira ajudar com alimentação, roupas e móveis (a exemplo de cama) , entre em contato com Renata 9950-9033. O endereço da Casa do Menor é rua E, 178, bairro Soledade em anexo a Igreja Santa Maria Madalena.

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