Realidade quilombola é discutida em evento

Robério da Silva reclama do descaso em relação às comunidades quilombolas (Foto: Portal Infonet)  

Discutir as principais dificuldades enfrentadas pelos quilombolas sergipanos foi a principal finalidade do 3º Encontro Estadual dos Quilombos de Sergipe, evento realizado durante dois dias em Aracaju, que contou com palestras e debates dirigidos ao público dessas comunidades. “O objetivo desse encontro é informar aos quilombolas sobre as ações e programas do poder público voltados ao atendimento de nossas comunidades”, informou Robério da Silva, componente da comissão organizadora do evento.

Além de incentivar o debate acerca dos direitos dos quilombolas, o encontro serviu como uma prévia do encontro nacional, que acontecerá em setembro no Rio de Janeiro. “Em nossas reuniões, nós escolhemos os 11 delegados que irão representar o Estado de Sergipe no Encontro Nacional dos Quilombos e hoje iremos apresentar esses delegados e discutir quais pontos serão levados ao encontro”, explicou o organizador do evento.

Apesar de reconhecer que o Governo do Estado deu apoio logístico, concedendo transporte e disponibilizando o local para a realização deste evento, Robério reclama de falta de apoio governamental para os quilombolas. “Existe o programa Brasil Quilombola, que envia recursos para que os Estados auxiliem nossas comunidades, mas aqui em Sergipe esses valores não são repassados. Até para fazer o evento enfrentamos dificuldades. Hoje, em Sergipe, temos 20 comunidades quilombolas, mas o governo só nos ajudou cedendo o espaço do Centro de Criatividade e dois ônibus para o transporte de todos os quilombolas. Todos os demais gastos foram praticamente mendigados por nós da organização”, acusa Robério da Silva.

O secretário adjunto de Comunicação Social do Governo do Estado, jornalista Sales Neto, considera uma postura contraditória da liderança quilombola. "Ao tempo que ele fala que o Governo não repassa os recursos, ele diz que o Governo deu apoio com a estrutura e o transporte", reage Sales Neto. Para o jornalista, a liderança quilombola precisa identificar o volume de recursos que teria sido repassado pelo Governo Federal e a pasta que recepcionou tais recursos aqui no Estado para, então, a Secom identificar a destinação, em caso de existir efetivamente a verba. "Mas eu desconheço", ressaltou Sales Neto.

Por Caio Guimarães e Cassia Santana

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