Agentes do Cenam podem entrar em greve

Sidney não descarta possibilidade de greve (Foto: Arquivo Infonet)

Os agentes de medidas socioeducativas da Fundação Renascer podem fazer uma nova greve neste início de ano. De acordo com informações do vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Medidas Socioeducativas, Sidney Guarany, a Fundação Renascer deixou de cumprir acordo coletivo de trabalho.

Este acordo, segundo o sindicalista, vislumbra o fornecimento de ticket alimentação e o pagamento da primeira parcela no valor de R$ 1,1 mil referente ao débito incidente sobre a gratificação concedida à categoria por atividade socioeducativa, que também teria sido fruto de acordo coletivo. O pagamento deste débito específico teria sido negociado em três parcelas, e a primeira teria vencido no mês de dezembro passado, conforme alega o presidente do sindicato.

O sindicalista garante que os agentes não recebem o ticket alimentação há cerca de 40 dias. Desde que o fornecimento da alimentação dos agentes foi substituído pelo ticket, a Fundação Renascer teria feito a contratação de uma outra empresa para fornecer alimentos para os internos.

Com a nova empresa, segundo o sindicalista, o padrão da alimentação teria caído e os internos estariam insatisfeitos. O presidente do sindicato responsabiliza esta mudança promovida pela fundação pela última rebelião ocorrida no sábado passado, 5, no Cenam.

Nota

A Fundação Renascer se manifestou sobre as acusações, enviando nota à redação do Portal Infonet. Na nota, a Fundação garante que os valores referentes aos tickets alimentação retroativos aos meses de outubro e novembro foram creditados no início do mês de dezembro do ano passado em cartão magnético e que até a próxima quinta-feira, 10, seriam creditados os valores referentes ao mês de dezembro.

A Fundação esclarece ainda, na nota, que também foram concedidos benefícios a todos os agentes. “Foram entregues fardamentos e todos os equipamentos de segurança individual; os alojamentos foram reformados, inclusive com a colocação de aparelhos de ar-condicionado; e cursos de qualificação foram realizados”, considera.

Por Cássia Santana