Após protesto, calçadões do Centro ficham cheios de lixo

Lixo espalhado pelos calçadões do Centro (Fotos: Portal Infonet)

Populares caminham em meio ao lixo

Edivânia não concorda com a bagunça no centro

André fala que a sociedade é  prejudicada com a sujeira no calçadão

A falta de reajustes nos salários dos trabalhadores da limpeza urbana de Aracaju continua causando problemas na capital sergipana. Parados desde a manhã desta quarta-feira, 7, os garis resolveram protestar espalhando lixo nos calçadões no centro da cidade, segundo informações de populares.

Para quem passava ou trabalha pelo local, a atitude dos trabalhadores não foi bem recebida. Edivânia Santos é vendedora ambulante no Calçadão da João Pessoa e não aprovou a conduta dos garis no local.

“Greve, tudo bem. Bagunça, não. Derrubaram lixo por aqui tudo, derrubaram uma carroça. Isso não é coisa que se faça. Não justifica. Eles saíram jogando tudo pra cima, poderiam ter machucado alguém”, falou a ambulante.

A vendedora fala que entende a paralisação dos trabalhos dos garis. “Eu entendo que todo mundo que trabalha quer receber. A greve é até aceitável. A gente não tem nada a ver com isso e sai prejudicado”, explicou Edivânia.

O presidente da Associação dos Ambulantes e Feirantes de Aracaju, conhecido como André Camelô, falou que a situação ocorrida mais cedo era similar ao cenário de uma guerra. “Eram cerca de 30 pessoas aqui correndo, jogando tudo pra cima, quebrando as coisas”, disse.

André explicou que a sociedade é quem sai prejudicada. “A população não sabe a quem cobrar. Só quer que a cidade esteja limpa. Aqui é o nosso local de trabalho, não pode ficar assim”, falou o presidente da associação.

Entenda

Conforme anunciado desde o dia primeiro, os garis e margaridas iniciaram a greve geral nesta quarta-feira, 7, comprometendo os serviços de limpeza pública. Ás 6h, os trabalhadores que possuem vínculos com seis empresas privadas se concentraram em um trecho da avenida Heráclito Rollemberg, no bairro São Conrado, com faixas e discursos de sindicalistas que explicam os motivos da paralisação e interrupções temporárias do trânsito.

O Portal Infonet tentou ouvir o Sindicato dos Empregados de Limpeza Pública e Comercial do Estado de Sergipe (Sindilimp), mas não obteve êxito. A equipe de reportagem està à disposição através do telefone (79) 2106 8000 e do email jornalismo@infonet.com.br.

Por Helena Sadere Verlane Estácio

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