Famílias ocupam loteamento inacabado na Barra

Manifestação no loteamento: resistência para morar (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

A Coordenação da União Nacional por Moradia em Sergipe iniciou a mobilização assim que percebeu as casas inacabadas e, na noite da terça-feira, 15, decidiu pela ocupação dos imóveis do Loteamento Paraíso da Barra, no município da Barra dos Coqueiros, tendo como lema “ocupar, negociar e resistir para morar”. Cerca de 22 famílias ocuparam as 22 casas do loteamento, cujas obras estão sendo executadas com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), projeto do Governo Federal realizado com a parceria do Governo do Estado.

De acordo com informações do coordenador da União Nacional por Moradia em Sergipe, Jorge Luiz de Jesus Santana, o Jorge Jatobá, as obras foram iniciadas há cerca de oito anos, mas na placa está explícito o ano de 2013 como data do contrato com a construtora responsável pela execução do projeto. “São 22 casas e há oito anos que a obra foi iniciada, mas o Governo nunca acaba e nem há cadastro das famílias que devem ser beneficiadas”, denuncia o líder comunitário.

Loteamento sem pavimentação

Segundo o coordenador da União por Moradia, os ocupantes dos imóveis são pessoas que moravam em casas alugadas e outras moravam no Canal do Guaxinin e que ficaram desabrigadas em decorrência das últimas chuvas.

Dificuldades financeiras

As irmãs Daniela Barreto, Márcia Barreto e Kátia Pereira da Silva possuem filhos, ainda bebês e crianças, e moravam em casa de aluguel na Barra dos Coqueiros. “A gente passava aqui todo dia e via as casas sempre fechadas, sem movimento e aí nos reunimos com os amigos e conhecidos e decidimos invadir porque a gente não tinha mais condições de pagar R$ 800 de aluguel”, conta a garçonete Daniela Barreto, 26, que tem uma filha de três anos.

Na noite da terça-feira, a Coordenação da União Nacional por Moradia reuniu o grupo e bateu o martelo pela ocupação. As famílias levaram os utensílios básicos e permanecem nos imóveis. O café da manhã é preparado em uma parte do terreno, onde o grupo improvisou uma cozinha coletiva para o preparo das refeições.

Daniela, como sobrinho de seis meses: dificuldades para pagar aluguel

Kátia: café em cozinha coletiva improvisada

“A situação está a mil, não é nada boa. E agora que não tenho como trabalhar o dia todo porque não tenho com quem deixar a minha filha…”, desabafa a garçonete Kátia Pereira, 26, mãe de um bebê de apenas seis meses de nascido.

O Portal Infonet tentou ouvir o Governo. A Secretaria de Estado de Comunicação informou que buscará informações sobre o projeto e se comprometeu a dar uma resposta do Governo do Estado posteriormente. O Portal permanece à disposição. Informações devem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana

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