Comunidade volta a protestar contra o corte de energia

Comunidade queimou pneus para bloquear o trânsito no local (Foto: Sergipe Alerta)

Moradores de uma invasão no bairro Lamarão bloquearam no início da noite desta segunda-feira, 20, o trânsito na Avenida Euclides Figueiredo e na ponte que liga Aracaju ao conjunto João Alves em protesto ao corte de energia realizado na última sexta-feira, 10, e que segundo eles, teria provocado a morte da empregada doméstica, Márcia Araújo, que não pôde usar o aparelho de aerosol.

A comunidade tocou fogo em pneus para impedir a passagem dos veículos. A atendente Neide dos Santos, que é moradora da área, conta que depois do corte, os moradores fizeram novas ligações clandestinas para que pudessem usar a energia. Ainda de acordo com ela, o problema envolve 70 famílias e 79 residências.

“Naquela semana, quando houve o corte da energia, perdemos uma mãe de família. Já fomos avisados que a Energisa vem de novo cortar a nossa energia. Estamos lutando com os nossos direitos e a energia é um direito para todos. Tivemos que colocar os gatos, mas temos medo, eles devem vir aqui para levar os fios novamente. Aqui ninguém dorme direito à noite e todos estão assustados”, desabafa.

Moradores voltaram a protestar contra o corte de energia de uma área do Lamarão (Foto: divulgação)

A moradora conta que as famílias já solicitaram a regularização do serviço. Pedimos a ligação, mas ninguém entra em contato. Eles fazem ouvido de mercador. Se vierem cortar a energia de novo, faremos uma paralisação muito mais séria”, destaca.

Neide revela que a comunidade está em campanha para ajudar os seis filhos da empresa Márcia Araújo. A ideia é arrecadar fraldas descartáveis e leite. Quem quiser ajudar deve entrar em contato através do telefone (79) 9837-0680.

A empresa Energisa, através de sua assessoria de comunicação, já havia informado ao Portal Infonet que é impedida por lei de fazer qualquer tipo de instalação no local, já que a área é de preservação ambiental. A orientação da empresa é para que os moradores procurem a prefeitura de Aracaju e os órgãos ambientais na tentativa de fazer a regularização dos imóveis.

Por Verlane Estácio