Enterrado vivo: juíza mantém acusados presos

Crizzan: homenagem em literatura de cordel (Foto: Divulgação)

A juíza Fabiana Oliveira Castro, da 8ª Vara Criminal, negou pedido de revogação feito pela defesa para manter presos os três acusados pela morte do técnico de iluminação Crizzan dos Santos, 21, que também atuava como pedreiro. Ele desapareceu em fevereiro deste ano e foi enterrado ainda vivo no canteiro de obras de um posto de saúde, na rua Welldel Quaranta, no bairro Suissa, em Aracaju.

O corpo foi encontrado cerca de um mês depois que ele desapareceu e só foi possível em consequência da prisão de um dos suspeitos, que se envolveu em um acidente de trânsito e estava usando a bicicleta da vítima.

Nesta sexta-feira, 9, a juíza realizou audiência para continuar os procedimentos referentes à instrução. Por este crime, estão presos Carlos Ruan Andrade Vieira, Edinaldo Andrade e Nailton Vitório Santos. A vítima foi atingida por paulada na cabeça, mas não morreu de imediato e foi enterrada ainda viva no canteiro de obras.

A juíza não concedeu o pedido da defesa pela soltura ou substituição por medidas cautelares por entender necessária a prisão dos réus para garantir a ordem pública. A audiência desta sexta-feira, 9, foi marcada por esta decisão da juíza, mas não teve prosseguimento em decorrência da ausência da testemunha. A família aplaudiu a iniciativa da juíza ao apreciar o pedido de soltura do réu Carlos Ruan, que poderia também beneficiaria os demais, se o pedido da defesa fosse acatado.

Na opinião do senhor Antonio Batista, avô de Crizzan, o principal mentor do crime teria sido Carlos Ruan. “A família está em ansiedade e teme ver o principal cabeça do crime ficar solto”, desabafou Batista, que esteve ao lado da família da vítima acompanhando a audiência. “Esperamos que eles vão a júri popular e sejam condenados”, enalteceu.

Para Antonio Batista, o crime foi cometido com a finalidade de silenciar Cizzan dos Santos que teria tomado conhecimento de irregularidades na obra. “Crizzan presenciou algumas maracutaias e acho que eles ficaram com medo que Crizzan abrisse a boca”, ressaltou. O senhor Antonio Batista escreveu toda a história do crime na versão de literatura de cordel e tenta mobilizar a sociedade para cobrar justiça.

Por Cássia Santana

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