Delegado descarta roleta russa no Mosqueiro

Alexandro Vieira pretende fazer reconstituição dea cena (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O delegado Alexandro Vieira, da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), pretende fazer a reprodução simulada [reconstituição] da ocorrência que culminou com a misteriosa morte da adolescente Susana da Conceição Santos, 16, ocorrida no final da tarde da quarta-feira, 11, dentro de uma casa de veraneio no Mosqueiro, em Aracaju. Ela foi atingida por um tiro na cabeça no final de uma festa organizada por um grupo de amigos.

O episódio ganhou fama nas redes sociais como uma brincadeira conhecida como roleta russa na qual os participantes acionam uma arma de fogo, contendo apenas um projétil, apontada contra a cabeça. Mas o delegado Alexandro Vieira não encontra compatibilidade entre esta possibilidade e os depoimentos prestados pela maioria das pessoas que se encontrava no imóvel no momento em que a adolescente foi atingida pelo tiro. No entanto, há a versão de que o grupo chegou a pegar na arma, fazer poses e brincadeiras com o revólver.

Origem da arma

Além da vítima, havia dois rapazes e outras três garotas amigas, conforme as investigações da polícia. Os dois rapazes já estão identificados, mas não foram localizados. As outras três garotas compareceram à delegacia e já prestaram depoimento, descartando a possibilidade da roleta russa. Elas não viram a cena, apenas ouviram o disparo e a encontraram sem sentidos em um outro compartimento da casa, conforme o delegado. De acordo com o depoimento, o grupo já estava arrumando a casa, que seria de propriedade de uma pessoa amiga daquelas pessoas, para devolvê-la.

O delegado pretende identificar o paradeiro dos outros dois rapazes para ouvi-los. Há suspeita que eles saíram do imóvel usando a mesma motocicleta que chegaram na companhia da vítima e teriam levado a arma, supostamente um revólver de calibre 38. O delegado acredita que eles se apresentarão espontaneamente, mas não descarta a possibilidade de utilizar força coercitiva ou mesmo pedido de prisão para ouvi-los.

Ainda não foi identificada a propriedade da arma, que pode ter chegado à residência levada pela própria vítima e pelos dois rapazes que a acompanhavam. No momento, o delegado trabalha com três hipóteses: homicídio, suicídio ou tiro acidental. Ele aguarda o resultado da perícia do Instituto Médico Legal (IML) para analisar o episódio.

Por Cássia Santana

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