Crise da citricultura em SE já dura 15 anos

A Assembléia Legislativa reuniu-se em Boquim para debater a crise da citricultura sergipana que, segundo a deputada Ana Lúcia, se arrasta há 15 anos. Pelo tempo, como diriam os economistas, trata-se não de uma crise episódica ou conjuntural que se resolve com a melhoria das condições de demanda e preços, mas da decadência de uma cultura que vem perdendo a sua competitividade no mercado global em funções das chamadas deseconomias de escala derivadas de altos custos e desatualização econômica, ou seja, a laranja sergipana não mais compete com a produzida em outras localidades no Brasil e no exterior.

Se este diagnóstico estiver correto, cabem duas soluções: a primeira seria a realização de investimentos em tecnologia visando o melhoramento genético do produto e, com isto, a elevação da produtividade com a conseqüente redução de custos; e, a segunda, a introdução, na região citrícola, de uma nova atividade econômica em substituição à citricultura. Pecuária leiteira, por exemplo.

Naturalmente que qualquer destas soluções levam tempo para ser implementada. Mas, com certeza, se neste sentido um estudo mais aprofundado sobre o problema não for feito sem demora seguida da execução de uma política agrícola conseqüente, a crise da citricultura continuará indefinidamente e, daqui a mais 15 anos, alguma autoridade pública irá exclamar que a crise da citricultura já dura 30 anos. E haja pedido de anistia de dívidas para serem pagas pelo contribuinte.

Por Ivan Valença 

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