Queimas de estoque levam aracajuano ao Centro

Clientes se aglomeram em frente a loja (Fotos: Portal Infonet)

As ruas do Centro de Aracaju costumam ser movimentadas – na manhã desta sexta-feira, 6, entretanto, elas estavam fervendo. Na calçada da rua Itabaianinha, onde funcionam diversas lojas de móveis e eletrônicos, uma fila de consumidores aguardava impaciente a liberação de entrada de um estabelecimento cuja fachada fora quase que inteiramente preenchida com os anúncios de uma promoção. “Descontos de 70% em todos os setores”, diziam os cartazes.

“Estão dando de graça?”, brincou uma mulher que passava pela rua, ao ver a quantidade de gente que se aglomerava no local. “Paga para entrar?”, questionou outra, dessa vez em tom sério, apontando para uma pequena passagem de uma loja, controlada por dois guardas de segurança.

As queimas de estoque do começo de ano se provaram um momento aguardado de chance para economizar – e, apesar de causarem surpresa em alguns, elas tem caído no gosto do aracajuano. É tanto que, na Itabaianinha, os comércios abriram mais cedo nesta sexta, seguindo a tendência nacional: alguns às 5h, outros às 6h.

Portas eram controladas para evitar tumulto

Os abatimentos variavam entre 30% e 80%, sendo os melhores preços encontrados em produtos com pequenas avarias. Os artigos eram inúmeros, mas em certos locais existiam fortes preferências por alguns deles. “O pessoal aqui tem procurado mais TV, disparado. Principalmente LCD e LED”, disse o gerente de uma das lojas em promoção.

Espera e oportunidade

Muita gente virou a noite para garantir um lugar privilegiado na fila e, assim, conseguir aproveitar as melhores ofertas. “Soube ontem à noite da promoção por minha patroa. Vim às 22h para esperar”, disse a diarista Rosário dos Santos, que comprou uma cômoda e duas panelas de pressão durante o saldão.

Rosário dos Santos esperou sete horas para entrar em bota-fora

No momento em que Rosário dos Santos chegou ao Centro, cerca de 50 pessoas já aguardavam a abertura de um dos estabelecimentos participantes, que só aconteceria dali a sete horas. “Estou esperando tem muito tempo para comprar isso”, contou a diarista.

Também procurou ganhar com a oportunidade o líder técnico Carlos Chabuh, que buscava conseguir um fogão e uma geladeira no bota-fora. Paulista e recém-casado, Carlos se mudou para Aracaju há quatro meses. No último dia primeiro, saiu do hotel onde vivia para alugar uma casa. “Minhas coisas ficaram em São Paulo e agora tenho que comprar tudo novo”, relatou.

A professora Ione de Araújo não ficou muito atrás de Rosário: entrou na espera de um comércio em queima de estoque às 2h30. “Comprei um armário multiuso e um colchão. Gastei R$ 150”, contabilizou. Além de Ione, vários outros consumidores comemoravam as economias feitas nesta manhã – ou perdidas devido ao esgotamento dos produtos.

Carlos Chabuh procurava ofertas para equipar nova casa

Dentre as ofertas mais chamativas, estavam sofás e guarda-roupas que saíam por valores em torno dos R$ 50, por exemplo. “Já estava na expectativa. Quero comprar uma câmera digital por até R$ 150, R$ 160”, disse a jovem Nathalie Gomes, que passou cerca de 30 minutos para alcançar uma posição no início da fila de consumidores.

Trânsito

Tanto movimento não podia deixar de ser sentido no trânsito das vias do Centro. Além do fluxo dos carros, as vias tiveram que suportar os pedestres que não cabiam nas calçadas. Os carregamentos de mercadorias também lotavam os passeios.

Orientadores de trânsito guardavam faixa

Por conta do tráfego excessivo, agentes e orientadores da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) acabaram ficando com um bocado de trabalho nas mãos. Na rua Geru, o estacionamento irregular de automóveis gerou uma série de autuações. “Aqui não pode estacionar. Se os condutores não aparecerem, os veículos serão removidos”, disse o agente Ellan Fontes Ele ressalvou, entretanto, que o serviço poderia demorar por conta da demanda de utilização do guincho da Superintendência.

De volta à Itabaianinha, orientadores de trânsito se posicionavam em faixas do acostamento para garantir segurança e espaço ao desembarque de produtos. “Tem que ter atenção tanto dos pedestres como dos condutores, haver uma parceria entre as duas partes”, comentou o orientador Luis Alves.

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