Eletricitários podem parar e não descartam apagões

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Nesta terça-feira,24, a partir das 7h, os eletricitários realizam mais um ato público em frente à sede da empresa distribuidora de energia elétrica de Sergipe (Energisa). E, considerando a falta de negociações para o fechamento do acordo coletivo de trabalho, a categoria está disposta a decretar greve a partir da próxima sexta-feira.

A diretoria do Sindicato dos Eletricitários do Estado de Sergipe (Sinergia), afirma que disponibilizará 30% do seu efetivo para atendimento aos serviços essenciais. A possibilidade de apagões também não estará descartada.

Depois de 55 dias da entrega da pauta de reivindicações e cinco reuniões, trabalhadores e Energisa não chegaram ao consenso. A empresa encaminhou proposta oferecendo 60% do INPC, ou seja, 6,2%, quando a reposição que é direito do trabalhador corresponde a 10,33%. Por unanimidade ocorreu a rejeição da categoria por meio de assembleia. Além disso, a empresa está intransigente em vários itens reivindicados, como a revisão no plano de cargos, carreira e remuneração; auxílio refeição, entre outros.

As expectativas estão voltadas para a próxima quinta-feira,26, dia em que acontecerá nova rodada de negociações. Após a reunião e, em contrário as perspectivas dos trabalhadores, será encaminhado os trâmites para a decretação da greve por tempo indeterminado.

O presidente do sindicato da categoria, Sérgio Alves, afirmou que o Sinergia, de forma responsável, negociará com a empresa um percentual de 30% das suas equipes de plantão, tendo em vista que trata-se de um serviço essencial. “Existe uma preocupação com a população sergipana, pois atualmente o número de equipes já é reduzido”, declarou, acrescentando que existem localidades que o restabelecimento de energia chaga há mais de um dia e os trabalhadores em greve, provavelmente prejudicará ainda mais esse serviço.

Perguntado se existe a possiblidade de apagões diante da greve, Alves respondeu que o a diretoria do Sinergia observa que os hospitais, delegacias e escolas terão prioridade no atendimento.

Na visão do sindicalista não se justifica a posição da Energisa, diante de uma receita superior a R$ 1 bilhão e que reajustou a tarifa de energia em mais de 21% somente este ano. “Somente com relação aos consumidores residenciais, somam mais de R$ 151 milhões. Hoje, não existe um sergipano que não reclame da sua conta de energia.

Sérgio deixou claro que a categoria não vê outra saída. “Vamos fazer ao ato público para demonstrar a nossa insatisfação. Somos uma categoria que arrisca diariamente a vida. Não é justo que tenhamos salários que sequer se aproximam da atividade desempenhada”, esclareceu.

Energisa

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Energisa. "Na verdade as negociações do acordo coletivo seguem normalmente. Haverá uma rodada de negociações na quinta. As rodadas acontecendo dentro do que é previsto e de forma respeitosa. E não acredita que chegue a uma greve haverá um entendimento", destacou o analista de comunicação, André Brito.

Sobre a possibilidade de apagões a Energisa descartou. "Não existe a possibilidade de apagões porque a empresa tem que ter por Lei uma quantidade de trabalhadores. Também não deve ser do interesse do próprio sindicato prejudicar a população, não teria nexo. As negociações continuam", reforça o assessor.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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