Fafen: PM tenta negociar, mas trabalhadores mantêm ato

Categoria reclama das condições de trabalho (Foto: CSP Conlutas Sergipe)

Os trabalhadores da parada geral de manutenção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) continuam mobilizados na porta da empresa. Os profissionais, que são contratados por empresas terceirizadas, reclamam das condições de trabalho e pedem melhorias salariais. No fim da tarde desta quarta-feira, 30, a Polícia Militar esteve no local, mas a categoria preferiu manter o ato.

Eduardo Maruim, representante dos trabalhadores, conta que a PM esteve no local, solicitando que os trabalhadores deixassem os ônibus entrarem na empresa com os demais funcionários. "Eram três viaturas. Eles pediram que a gente deixasse o acesso livre, pois tinham outras pessoas querendo trabalhar. Tentaram nos intimidar, mas foram embora”.

“Enquanto não houver uma posição, ninguém vai entrar e a fábrica não vai operar. Só voltaremos ao trabalho quando a empresa atender às nossas reivindicações”, destaca Fábio Lucindo, que também é representante dos trabalhadores.

A mobilização, inicialmente de advertência, foi deflagrada na última segunda-feira, 29. No início da noite de hoje, conforme informações dos trabalhadores, a Polícia Militar esteve no local, tentando intimidá-los e pedindo o fim do ato. Os profissionais continuam mobilizados e não previsão para fim do protesto.

Os trabalhadores informaram que empresas pagam 140 horas prêmio e R$ 300 de auxílio alimentação. Eles reivindicam abono pelo dia de paralisação, garantia do emprego sem retaliação, pagamento de aviso prévio, 220  horas prêmio, pagamento de 100% de horas extras, vale alimentação no valor de R$ 600 e participação nos lucros no valor de R$ 1,5 mil.

A Petrobras já havia dito, por meio de nota, que  está em dia com suas obrigações contratuais e legais, e que a manifestação é de empregados terceirizados cujas relações trabalhistas são de responsabilidade das empresas contratadas, que devem ser procuradas para informações detalhadas sobre o assunto.

Por Verlane Estácio