8 de março – Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, que com muito carinho, celebraremos na próxima segunda-feira, dia 8 de março de 2010, teve origem nas manifestações femininas por melhorias em suas vidas, mormente no que diz respeito aos direitos essenciais como condições mais favoráveis de trabalho, salários justos e o direito ao voto. Esta data foi oficialmente reconhecida e adotada pelas Nações Unidas no ano de 1975, – Ano Internacional da Mulher – para lembrar os sofrimentos, as discriminações e as violências sofridas pela mulher, bem como as melhorias sociais, políticas e econômicas conquistadas.

Entre todas as datas comemorativas esta deveria ser a mais festejada, comemorada, pois referente à mulher: amiga, esposa,  filha e, a mais sublime de todas: mãe. A mulher traduz em sua leveza de anjo protetor toda a felicidade de que o bicho homem precisa. Ela empresta ao mundo o componente de harmonia e de amor que edifica e transforma.

A beleza sempre teve na mulher sua substância e expressão mais forte. Assim foi na Mitologia Grega que divinizou Afrodite e, nas épicas histórias: Helena, Cleópatra e Dalila. A imagem bela da mulher marca a poesia, a música, a pintura e a escultura; perpassa o sublime e o trágico. Porém, se esse sentimento é permanente, mudam os comportamentos, as formas de tratar a mulher: ora é pedestalizada e submissa, ora é demonizada e oprimida. A cultura de cada época tece a dialética da história feminina.

 

No tempo das nossas avós, havia funções e comportamentos privativos do homem ou da mulher, campos demarcados e até mesmo opostos. A mulher ficava encerrada em casa cozinhando, lavando, criando filhos e costurando as roupas do seu amo e senhor – o despótico, incontestado, másculo e valente marido, trabalhava duro ou vadiava, fazia a guerra ou assaltava – mas só ele era o chefe da família, só ele ditava leis e costumes, só ele governava nações.

 

Hoje a coisa está diferente. A mulher fica em casa tão pouco quanto o homem. Freqüenta universidades, dirige empresas, maneja metralhadoras, tripula astronaves, elege-se chefe de Estado e fala de igual para igual com o marido – isto, se achar conveniente ter um.

 

Será que o homem está perdendo espaço para a mulher? Estará o mundo às vésperas de um tirânico matriarcado?

 

Nada disso. O homem vem reagindo à altura diante da agressividade dessas “criaturas assanhadas”. O equivocadamente chamado de “sexo forte” ainda mantém a supremacia em muitas profissões como cozinheiro, figurinista, cabeleireiro…

 

Como diz Fernando Veríssimo:

 

“Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis no mundo, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador”.

 

É, talvez por isso, que o macho desbanca a mulher em todo o mundo civilizado. E progride afoitamente em habilidades e domínios antes exclusivamente femininos: equilibra-se graciosamente em sapatos de salto alto, desfila com inexcedível charme nas passarelas, posa despido para revistas, adorna-se com pulseiras, colares e brincos.

 

Talvez até supere a companheira em tais requintes e graças, se continuar forte nessa competição!

 

Não. Não estamos às vésperas de nenhuma inversão valores e nem de domínio. Creio, pois, que o que está ocorrendo, no duro, é o desaparecimento das rígidas fronteiras entre os territórios masculino e feminino. O que é muito bom para todos.

 

Portanto, mulheres queridas, eu as conclamo: tomem conta do mundo, o homem parece que não deu muito certo, pelo que podemos perceber quase tudo de ruim que existe sobre a terra são frutos de suas lavras. Vocês, mulheres, com a sensibilidade, com o amor e a beleza que só em vocês sobra, podem fazer bem melhor do que nós homens fizemos até aqui.

 

Assim, confiante e feliz, é que neste dia a vocês dedicado internacionalmente, eu as saúdo com muito carinho e confiança trazendo-lhes todas as flores que cabem nos braços do meu afeto, da minha ternura e do meu amor.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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