A conta de água e o hidrômetro do vizinho

As aventuras de um consumidor no Brasil

A conta de água e o hidrômetro do vizinho

A história de hoje narra a aventura de Consuminho para tentar corrigir a sua conta de água junto ao fornecedor, uma vez que a mesma estava sendo cobrada com base no registro de consumo do hidrômetro do vizinho.

Consuminho finalmente conseguiu adquirir o seu tão sonhado primeiro apartamento. Após a alegria de mudar-se e morar sozinho, vivendo uma vida independente, começou a observar melhor os seus gastos e percebeu que a sua conta de água era muito alta se comparada com a sua casa quando morava com os pais e seus dois irmãos.

O empreendimento era novo, o que afastava pelo menos em tese a hipótese de vazamento nas torneiras, mesmo assim, Consuminho passou a monitoras as poucas torneiras, o chuveiro e o vaso sanitário, para saber se havia algum vazamento e concluiu que, de fato, não se tratava de nenhuma torneira ou chuveiro pingando nem do vaso sanitário.

Consuminho achava estranho porque além de morar sozinho, deixava sua casa pela manhã cedo em direção ao trabalho e só retornava à noite por volta das 19h. Certa vez, atentou-se para verificar detalhadamente a sua conta e foi até o local do prédio onde consta o número do hidrômetro e descobriu que o seu consumo estava sendo registrado equivocadamente com o número do hidrômetro do vizinho.

Diante dos fatos, Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor e tomou conhecimento de que o fornecedor é obrigado a retificar os dados errados sobre o consumidor existentes em seu cadastro no prazo de cinco dias úteis, sob pena de crime, e de que, também, tem o dever de restituir em dobro o valor pago a maior pelo consumidor.

Assim, Consuminho xerocopiou todas as contas desde o início quando passou a residir no apartamento, mostrou a empresa o erro e solicitou por escrito os registros do hidrômetro do seu apartamento, a retificação do número do hidrômetro, bem como de todas as contas, no prazo de cinco dias úteis sob pena de crime. Solicitou ainda a restituição em dobro do valor que pagou a maior, tudo, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

Agora Consuminho aguarda a resposta da empresa, mas tem a consciência de que se a sua reclamação não for atendida, registrará um boletim de ocorrência na delegacia de defesa do consumidor, uma reclamação no Procon e  buscará os seus direitos na justiça.

Faça você também como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

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