Abandono do Campo

Há alguns anos escrevo para a Infonet expondo meus pontos de vista sobre diversos problemas nacionais e, mais de uma vez, tentei enfocar o problema do abandono do campo com o conseqüente inchasso de nossas cidades e o problema dos meninos e meninas de rua.

Em mim, como em qualquer pessoa normal, dói esta triste realidade brasileira. Alegra-me, no entanto, conhecer alguns trabalhos que estão sendo desenvolvidas por pessoas, empresas e instituições procurando através da educação, aprendizado e trabalho reintegrar essas crianças na sociedade.

Entristece-me, porém, ter também conhecimento de outras ações, essas totalmente de cunho paternalista, que ao invés de reintegrar essas crianças na sociedade, estão criando uma geração de dependentes agora e no futuro de revoltados, porque continuarão sempre dependentes e marginalizados.

Este ponto de vista, que tenho por convicção, se baseia no que disse Sócrates, na antiga Grécia, incitando um amigo seu a vencer a pobreza e a miséria que o cercava, através da criatividade e trabalho. Ainda, segundo Sócrates, a ociosidade, a preguiça e o paternalismo não geram amor e respeito entre as pessoas, porque, se para a sociedade essas pessoas se tornam um peso, para elas criam a revolta, porque a marginalidade e a dependência farão com que, eternamente, se sintam um peso.

Estes problemas seriam minimizados se houvesse melhores condições de vida no campo. Se no campo houvesse uma qualidade de vida melhor, os seus habitantes não se sentiriam atraídos pela qualidade de vida que a mídia faz entender que existe nos grandes centros.

Os governos deveriam priorizar ações que não são muito custosas para reduzir o desiquilíbrio entre o interior e as outras regiões. Em Santa Catarina, o governo estadual vai criar incentivos e aplicar tecnologia empregadas em estados e países produtores de vinho para implantar no interior do estado zonas vinícolas e com isto incentivar o retorno ao campo daqueles imigrantes que hoje vivem nas cercanias da capital.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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