Um tratado internacional para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa deve ficar para meados de 2010. A principal autoridade climática da ONU disse que um tratado poderá ser definido nas negociações de Bonn em meados de O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon afirmou que o acordo climático será crucial para combater a fome mundial, já que o aquecimento deve afetar a produtividade agrícola nos países pobres. 0 Brasil, a China, a Índia e a África do Su1 fizeram um apelo para que os países ricos entreguem em 2010 os US$ 10 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) prometidos para ajudar as nações mais pobres a lutar contra as mudanças climáticas. Os ministros do Meio Ambiente dos quatro países também voltaram a apoiar o Acordo de Copenhague e prometeram criar um plano de ação para o combate ao aquecimento global. Durante o encontro de Copenhague, os países do Basic resistiram à pressão para a imposição de limites obrigatórios para emissões de gases de efeito e disseram que iriam estabelecer seus próprios parâmetros sem atrapalhar seu crescimento econômico. Um estudo de uma entidade britânica defende que a única forma de controlar o aquecimento global é que os países ricos interrompam seu crescimento econômico. A tese defendida pela Fundação Nova Economia (NEF, na sigla em inglês) é de que, mesmo com expansão econômica reduzida, não será possível atingir a meta de aquecimento global abaixo dos 2ºC, como almejado pela comunidade intemaciona1. No relatório “Crescimento não é possível: por que as nações ricas precisam de uma nova direção econômica”, Andrew Simms, diretor da NEF, explica que “0 crescimento econômico incessante está consumindo a biosfera do planeta além de seus limites”. Por isso, o mundo precisa de uma nova economia que respeite o orçamento ambiental, diz o estudo. 0 estudo também confronta a posição de muitos líderes globais de que o uso de biocombustíveis é uma opção viável para controlar o aquecimento global. 0 primeiro problema é que esses combustíveis consomem uma área agrícola essencial para a produção de alimentos. No caso do etanol produzido à base de cana-de-açúcar, o relatório admite que é possível produzir o combustível com o bagaço da cana, mantendo o suco voltado para a produção de alimentos. Com base em todas as possíveis alternativas analisadas pela NEF, o estudo concluiu que não pode haver controle do aquecimento global sem controle do crescimento econômico.
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