Prédio do início do século XX foi completamente restaurado |
A concepção do Museu da Gente Sergipana, sem sombra de dúvida, foi feita para que o visitante interaja com as atrações e se encante facilmente. São mais de dez espaços permanentes, alguns deles Nossos Pratos, Josevende, Seu Repente e Seu Cordel, Nossos Cabras, Nossas Festas, Nossos Leitos, além de espaços gastronômicos, lojas, átrio, biblioteca e midiateca e exposições temporárias. Por conta de tudo isso, o Museu da Gente Sergipana arrebatou a atração do ano do Guia Quatro Rodas em 2013, recebeu o Prêmio O Melhor da Arquitetura em 2012 e o Prêmio Rodrigo de Melo Franco do Iphan em 2013. O Museu continua encantando e é a principal atração do gênero da capital sergipana. Na terceira matéria da série “Aracaju de Encantos” o Tô no Mundo o indica para você.
Fundado em novembro de 2011, o Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda recebe cerca de 8 mil visitantes e é um esforço de muitas mãos, sonhos, histórias e projetos de restauro que o consolida como uma das mais importantes atrações do gênero do país.
Josevende representa as feiras livres sergipanas |
O antigo prédio construído no início do século XX para ser o Colégio Atheneu Pedro II, o Atheneuzinho, iniciou as atividades como tal em 1926 e permaneceu como colégio até 1969. Por muitos anos ficou em silêncio, deteriorado e a mercê do tempo. De 2009 a 2011 o prédio passou por restauro e resgatou o símbolo arquitetônico do imaginário efetivo do povo sergipano, ganhando ali um acervo que conta as crenças, manifestações folclóricas, costumes populares, artes e fazeres da gente sergipana.
Museu interativo dialóga com o público |
O visitante que chega se debruça nos territórios sergipanos e seus encantos através de um vídeo de 8 min, projetado no confortável auditório do museu. Logo após o vídeo, a visita monitorada geralmente inicia no andar superior, primeiramente, no espaço Josevende, ou seja, José vende, onde se pode interagir com um feirante numa típica venda sergipana. A atmosfera de uma feira-livre ganha vez no espaço através de objetos, utensílios, brinquedos populares e experiências.
Do outro lago, os turistas podem soltar a voz e entrar no ritmo cultural dos repentes e do cordel, gravando-os e publicando-os nas redes sociais. Os pratos locais são representados na sala “Nossos Pratos”, onde o visitante interage em uma mesa e mistura virtualmente os ingredientes dos principais pratos.
Folguedos interativos |
No espaço Renda do Tempo e Midiateca ficam a história da renda irlandesa, patrimônio material nacional, além do acervo do museu através de tablets. Livros e publicações do Instituto Banese também podem ser consultados.
No “Nossa História”, um labirinto negro com iluminação especial revela a identidade cultural sergipana, como o modo de vida, os causos, as lendas através de peças de artesãos e objetos de arte. No “Nossas Praças” há uma replica do tradicional Carrossel do Seu Tobias, que muito divertia a infância de sergipanos no centro da capital. “Nossos Cabras”, “Nossas Coisas”, “Nossas Festas” são outros espaços que garantem a interação com as personalidades, as brincadeiras, costumes e folguedos sergipanos.
Museu da Gente |
O Museu da Gente Sergipana é definitivamente um marco da cultura do estado e representa um dos principais atrativos da capital, não somente por seu acervo, mas pela sua interatividade e pelo restauro do prédio. Definitivamente, um lugar que não pode faltar em visita à Sergipe.
Dicas de Viagem
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O Museu da Gente Sergipana localiza-se na avenida Ivo do Prado, n 398, Centro de Aracaju. O horário de funcionamento é de terça a sexta, das 10h às 16h e aos sábados e domingos, das 10h às 15h. Pode agendar o monitoramento através do telefone 79 3218 1551. A entrada é gratuita.
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Feiras Livres Não deixe de ir até o Café da Gente Sergipana com aconchegante decoração com obras de artistas sergipanos e que podem ser adquiridas. No estacionamento, obras em azulejaria dos principais exponentes das artes plásticas sergipana podem ser visualizadas em painéis.
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Territorialidade Há uma lojinha no átrio do museu onde se pode adquirir produtos com a marca do Museu. Também na parte interna do museu, há um mapa de Sergipe impresso no piso do local onde turistas clicam do segundo andar para baixo. A tradição da foto corre as redes sociais.
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Não deixe de visualizar na entrada principal do museu a estátua do prático sergipano Zé Peixe, famoso por guiar grandes embarcações a nado pelo leito do rio Sergipe. Zé Peixe é tema de exposição, fotos, espaços culturais, documentários nacionais e internacionais por ter sido o único do gênero no país.
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Em frente ao Museu da Gente Sergipana, o Governo do Estado em conjunto com o Instituto Banese, instituição mantenedora do espaço, está construindo o Largo da Gente Sergipana, com imagens de personalidades gigantes do folclore sergipano, que parecerão flutuar no leito do rio Sergipe quando estiverem construídos.
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Passeios pelo ecossitema A visita ao Museu da Gente Sergipana pode ser agregada com um tour pelo centro da capital e principais pontos históricos e culturais, a exemplo do Centro Cultural de Aracaju, situado na praça General Valadão, e do Palácio-Museu Olímpio Campos, situado na praça Fausto Cardoso. O primeiro centro completa a sergipanidade em suas exposições e acervo e o segundo mostra Sergipe republicado por esta situado no antigo palácio governamental e possuir todo o acervo da época.
Réplica do Carrosel do seu Tobias |
Exposições temporárias |
Cultura |
Arte |
Cozido Sergipano |
Cozido Sergipano |
Gastronomia
Gosto, cheiro, cor, cinco sentidos emanados em sensações que fazem da culinária um item indispensável para o turismo. E se o modo de fazer for bem próprio de um localidade fica melhor ainda… O cozido representa bem a mesa dos sergipanos.
Charque, carne magra bovina, costela de boi, calabresa ou paio, rabo de boi são alguns dos ingredientes que junto com a folha de louro, a pimenta do reino, o alho, a cebolinha e as verduras (abóbora, quiabo, maxixe, couve, chuchu e cenoura) fazem do cozido sergipano único e apreciado em restaurantes típicos, como o Cacique Chá Bistrô Senac e o Caçarola, ambos no Centro da capital.
A diferença dos outros cozidos feitos em outros estados brasileiros são os temperos, a incorporação das verduras e o acompanhamento do pirão feito com farinha de mandioca. Vamos provar?
Fotos: Silvio Oliveira (clique na foto para melhor visualizar)
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