Arte obscura

 

    “Não é só a classe política que tem uma banda podre. Boa parte da sociedade está apodrecendo e isso é alarmante. Políticos honestos são uma espécie rara porque o eleitor sério também está em processo de extinção. Estamos às vésperas das eleições, onde vários nomes envolvidos em mensalões, improbidade, assassinatos, desvio de dinheiro público e enriquecimentos ilícitos estão candidatos e devem retornar ao Congresso Nacional como representantes de um povo, que acha legal a arte obscura de viver bem”. Essas afirmações foram feitas pelo respeitado senador Jefferson Peres (PDT/RJ), quando ele fazia o seguinte questionamento: “O quê vai ser da nossa sociedade sem princípios éticos”?

 As afirmações do senador são pertinentes, mas é preciso analisar com mais profundidade a afirmação de que: “vários nomes envolvidos em crimes de diversos tipos, estão candidatos e devem retornar ao Congresso Nacional como representantes de um povo, que acha legal a arte obscura de viver bem”.

  O senador precisa entender que o “povo” só acha legal a arte obscura de viver bem, diante da falta de ação das instituições que são muito bem pagas para defendê-lo das ações criminosas promovidas por esses figurões que vivem esbanjando “habeas-corpus preventivos”, para os quais as gravações que o incriminam não servem porque eles não foram informados que estavam sendo gravados. E num país onde os depoentes ao prestarem depoimentos perante os órgãos oficiais encarregados de produzir um processo investigativo,  é concedido o direito de não responderem aos questionamentos da investigação, utilizando-se da seguinte frase: “Reservo-me ao direito de apenas me pronunciar em juízo”. Que tal então a nossa querida legislação?

Dessa forma a  pergunta que se faz é a seguinte: É ou não é para o “povo”  achar legal a arte obscura de viver bem?

 

 

Continuidade I

É louvável o trabalho de indicação feito pelo TCU ao TSE, que apresenta o nome de cerca de 3.000 (três mil) pessoas relacionadas como inelegíveis por pratica de atos administrativos irregulares. O fato lamentável é que a sociedade não está presenciando entusiasmo algum por parte dos Tribunais Regionais Eleitorais em avançar no processo de impedimento de que tais nomes venham a conquistar mandatos em busca de imunidade e fórum privilegiado.

 

Continuidade II

A não manifestação por parte do TRE’S, faz com que a população continue desacreditando que em nosso país as punições previstas em qualquer dos códigos processuais, sejam aplicadas para pessoas influentes. É preciso que a sociedade fique mais atenta e exija a continuidade da ação desencadeada pelo TCU, para que se possa alimentar a esperança de que o Brasil ainda tem solução.

 

Atas I

Nenhuma grande novidade nas atas protocoladas ontem pelos partidos políticos no TRE.Apenas alguns fatos interessantes como o do deputado Bosco Costa ter resolvido lançar a candidatura a deputado estadual da irmã, Leda Costa, ex-prefeita de Moita Bonita pelo PSDB, o mesmo partido que Bosco pediu desfiliação revoltado com o acordo com o PFL. Ele não pode, mas a irmã pode? Ou melhor para ele não foi ético, mas para a irmã é?

 

Atas II

Outro fato interessante foi o ex-deputado José Teles, de Itabaiana, registrar o nome dele como candidato a deputado estadual pelo PSDB, mas também registrar o nome da irmã, Carminha pelo PSC. Como é na mesma coligação, tanta faz um como o outro.  E mesmo sendo candidato a vice-governador, o tucano Fabiano Oliveira resolveu ter candidato a deputado estadual. Registrou o nome do assessor e braço direito dele, Valdoison Leite. Com isso pode provocar sérios problemas para a coligação majoritária.

 

Atas III

Um tucano questionado se tudo ia bem na aliança do PSDB e o PFL e se os deputados Ulices Andrade, Jorge Araújo e Luiz Mitidieri iriam anunciar o apoio à candidatura de João Alves saiu-se com essa: “Não me fale de aliança é apenas uma coligação partidária”. Juro que não entendi…

 

Caueira I

Até quando a prefeita de Itaporanga D`Ajuda, Gracinha, vai deixar as ruas da praia da Caueira sem condições de trânsito? Os moradores e comerciantes estão passando por sérios problemas com as ruas esburacadas, cheias de lama e praticamente intransitáveis para os veículos. 

 

Caueira II

Só para lembrar: a praia da Caueira também faz parte dos roteiros turísticos de Sergipe e os veranistas também estão revoltados com o descaso da administração municipal. Mesmo neste período de chuvas, a Prefeitura pode realizar ações paliativas como a drenagem, através de bombas, das águas das chuvas e uma operação tapa-buracos emergencial.

 

 

Festejos I

O jornalista e publicitário, Marcélio Couto,  lembrou de um fato interessante nesta briga entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Aracaju para ver quem faz o melhor forró. “Vai aqui um questionamento de um mineiro que adotou Sergipe como sua segunda casa, que não dança forró, mas que também não entende porque encontra tantos amigos e amigos gripados.Todo ano chove no período do São João?Todo ano tem festa grande no período do São João?Se as respostas acima forem positivas, então questiono novamente, por que a prefeitura e o governo que disputam quem faz a melhor festa, também não disputa quem cuida melhor dos participantes das festas?”. Ótimas perguntas Couto.

 

Festejos II

Continua o publicitário: “Eu explico. Se o período é de chuva e percebe-se que chove todos os dias e principalmente à noite, deveria as partes interessadas em votos também cobrir os locais onde as pessoas dançam, pois o que eu tenho visto é uma noite de festa e o dia de espirro, tosse, febre e outros. Será que só eu que vejo isso? Ou será que o bom do forró é dançar se banhando pela chuva? Será que não há como cobrir uma parte ao menos dos locais onde se realizam as festas?. Entendi o raciocínio: estão aí as bandas que vocês adoram e quanto a chuva vocês se virem, afinal o show é gratuito. É o mesmo que dar a comida sem  os pratos e os talheres (comam com as mãos)”. É verdade…

 

Frase do Dia

O bem mais precioso na vida de um jornalista não é o seu emprego, mas a sua credibilidade”. Eugênio Bucci.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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