Auditoria na Deso

 

  Em meio à disputa eleitoral, o bate boca entre os candidatos, as denúncias e tudo mais, algo está comprovado nesta campanha. É necessária uma urgente auditoria na Deso. Se não bastassem os empréstimos feitos nas últimas semanas  a empresa tem alguns contratos que merecem a fiscalização de quem é de direito. Independente de quem for o governador, é preciso uma auditoria. Se for o candidato petista basta ele tomar a devida providência. Se João Alves for reeleito cabe aos servidores, o Sindisan e a oposição pedir ao Ministério Público Federal, já que a empresa trabalha também com verbas federais, para que seja feita a fiscalização.

   Para quem pensa que é um devaneio deste jornalista, apenas dois contratos, dentre os vários que esta coluna vem recebendo apenas da empresa Deso. Os dois com o mesmo objetivo. O primeiro, feito através de licitação, contratou uma empresa especializada em projetos e consultorias para elaboração de projetos executivos de sistemas de abastecimentos de água para os municípios de Neópolis, Brejo Grande, Ilha das Flores, Santana do São Francisco, Siriri e Simão Dias. Valor contratual R$ 1.496.943,88. Mostrando o contrato para um engenheiro especializado em projetos o mesmo disse que o objetivo está genérico, mas mesmo assim o custo destes projetos chegaria ao máximo, 30% deste valor.

 Outro contrato semelhante, com a mesma empresa, para elaborar projetos executivos de sistemas de abastecimentos de água para os municípios de Divina Pastora, Maruim, Riachuelo, Santo Amaro das Brotas, Tomar do Geru e Laranjeiras. Valor total: R$ 1.498.957,67. Todos os dois assinados no final de julho com prazo de 180 dias.   Uma auditoria será excelente até porque no caso destes dois contratos é fácil a comprovação do serviço realizado e a comparação com o preço de mercado.

  Esta coluna também recebeu informações sobre a obra de duplicação da adutora do São Francisco e os graves problemas que ocorrem no sistema de rio Poxim. Além disso, um grande contrato, também bastante genérico com uma empresa multinacional é alvo de averiguação por parte de dois membros da oposição. Quem desejar enviar para este jornalista mais informações sobre a Deso e não quiser telefonar ou mandar e-mail é só enviar uma correspondência para a Infonet, aos cuidados de Cláudio Nunes, no endereço: Rua Monsenhor Silveira,276 – Bairro São José – Aracaju (Se) – Cep:49015-030.

 

Banese minha vida, minha história I

Um grupo de banesianos criou o movimento “Banese minha vida, minha história”. No manifesto os banesianos lembram das dificuldades que o banco já passou e das eleições 2002, entre outras coisas. “Nas eleições de 2002, como em outras do passado, até havia liberdade. Podíamos entrar no estacionamento do Banco, com nossos carros adesivados com qualquer cor, falar abertamente sobre nossas preferências eleitorais. Não havia ingerência de diretores e muito menos de governantes. Parecia que estava tudo muito bem!  Por isso, não fomos, em massa, às ruas, engrossar as fileiras daqueles que, já naquela época, tinham consciência da necessidade de mudança. Agora, o filme se repete e nós deveremos novamente escolher entre ação ou omissão. Embora tenhamos consciência que grande parte dos nossos colegas votará pela mudança, apenas o nosso voto pode não ser suficiente, como não foi em 2002”, relata uma parte do manifesto.

 

Banese minha vida, minha história II

Um cliente do Banese foi até a agência realizar um pagamento. Como é um cliente antigo da instituição e muito bem relacionado com os funcionários, começou a conversar com um deles pedindo um voto para deputado federal e em seguida resolveu sondar quem era o candidato a governador da preferência dos banesianos. Na conversa o funcionário do Banese revelou que 80% dos colegas estão desejosos em ver o atual presidente Jair Araújo bem longe da instituição e por esse motivo ele entende que um dos candidatos pode acabar sofrendo um enorme prejuízo eleitoral. Hoje os banesianos estão recebendo a título de abono R$ 1.500,00 em suas contas. É bom lembrar que lá todos são bastantes esclarecidos, vacinados e, principalmente, concursados.

 

Brasmarket “desistiu” da pesquisa

Embora tenha registrado uma pesquisa na semana passada para divulgar no último final de semana o instituto Brasmarket “desistiu” de realizar a pesquisa. Em contato com o instituto Brasmarket no dia de ontem este colunista foi informado – por um senhor de nome Fábio – que o instituto resolveu cancelar a pesquisa de Sergipe “por não ter interesse”. Nada a declarar, pelo menos por enquanto.

 

Aneel multou Energipe

A Agência Nacional de Energia Elétrica manteve multa aplicada a Energipe (SE) por não ter repassado integralmente os valores referentes ao Encargo de Capacidade Emergencial a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial, entre abril de 2002 e fevereiro de 2003. A distribuidora segundo a fiscalização reteve R$ 3,3 milhões dos R$ 7,1 milhões de débitos com a CBEE. A multa de R$ 266,6 mil, estabelecida em junho de 2003, por não cumprimento de prazo para o repasse, foi reduzida para R$ 213,2 mil. A matéria foi publicada na Agência Canal Energia.

 

R$ 713 mil para administrar hospitais

Todos os hospitais que o Governo Estadual está reabrindo, a exemplo do de Socorro, estão sendo administrados por empresas particulares sob contrato emergencial (art. 24, IV da Lei 8666/93 – lei de licitações e contratos). O valor do contrato: apenas R$ 713.625,52 para este final de gestão. Qual é mesmo a emergência se ficaram fechados por quase quatro anos? Será que o TCE está caolho não vê nada?

 

Sobre a pesquisa Dataform I

Ontem este colunista recebeu vários e-mails e telefonemas sobre a pesquisa realizada pelo instituto, digo, departamento Dataform. Como não foram publicados índices dos municípios pesquisados fica difícil fazer alguma avaliação. Mas como este item, pesquisa, faz parte do desnudamento da imprensa em Sergipe, na próxima semana, após as eleições, voltará com força. E começará por esta pesquisa divulgada. Um dos e-mails recebidos cita os vários milagres que vêm ocorrendo em Sergipe, como a recente palestra do candidato do PFL, João Alves, no fórum empresarial onde ele disse que neste mandato erradicou a miséria e o analfabetismo das terras sergipanas, dentre outros. “Pois não é que “milagres” como os citados  continuam a acontecer em Sergipe. Agora acontece mais um destes “milagres”, que só ocorre em terras de Sergipe Del Rey, desta vez, trata-se de um “milagre” acontecido na área das pesquisas eleitorais.

 

Sobre a pesquisa do Dataform II

Continua o e-mail: “ Quem leu o jornal Cinform hoje, pôde constatar a ocorrência de mais um destes “milagres. Segundo a publicação o Dataform constatou que o candidato a governador, Doutor João, cresceu 6,2%, entre a penúltima e última pesquisa de opinião realizada pelo instituto. Até aí nada de mais, porém, quando para-se para analisar os números, vemos que existia na pesquisa anterior 17,8% de eleitores indecisos, e na atual 11,6%, portanto concluímos que, 6,2% dos eleitores, deixou de ser indeciso e decidiu-se por um dos candidatos. Verdade? Não, aí o improvável, o inimaginável, o que ninguém jamais ousou pensar, aconteceu: “O milagre, todos os 6,2%, ou seja 100% dos eleitores que decidiram votar em um candidato decidiram por Doutor João. Não é incrível? Se este “causo” vier a ser confirmado, vou ser forçado a aceitar de vez que: o que acontece em Sergipe, não acontece em lugar nenhum do mundo, ou, o que acontece no resto do mundo, só não acontece em Sergipe”.  Outro detalhe: alguém acredita que faltando apenas uma semana tem 11,5% de indecisos? Claro que não, no máximo 5%.

 

Secom contrata artista fantasma

Um edital de contratação inusitado: a Secom está contratando um artista. Mas não tem nome e não tem a justificativa para que ele foi contratado. Tem apenas o valor, a bagatela de R$ 78 mil em plena época de eleição e ainda por inexigibilidade isto é, sem licitação. Quem descobrir este Gasparzinho, favor informar para esta coluna.

 

Pedida cassação de candidatura de João

O Ministério Público Federal, através do Procurador Regional Eleitoral Eduardo Botão Pelella, propôs ontem representação  contra João Alves Filho, candidato à reeleição ao cargo de Governador do Estado, pela Coligação Sergipe no Rumo Certo, requerendo a cassação do registro de sua candidatura, em razão da utilização das ambulâncias do Samu Estadual com fins eleitoreiros.Para Eduardo Pelella, a utilização das ambulâncias do Samu Estadual em “carreatas” pelo interior do Estado com o fim de divulgação do serviço em claro desvio de sua finalidade básica, sem que o serviço tenha sido efetivamente implantado, afronta o art. 73 da Lei 9504/97 em seus incisos I, IV e VI, b. As provas da utilização política foram determinantes. São vídeos e fotos das ambulâncias no interior e em alguns casos atrás dos bonecos da coligação Sergipe no Rumo Certo.

 

Radialista cai nos braços de João Alves

Um amigo ficou estarrecido no último domingo quando estava no bar Casquinha de Caranguejo acompanhando a Festa do Mole. Lá dentro um radialista com um programa matinal (depois das eleições a coluna divulga o nome do radialista) ao ouvir que a comitiva do candidato João Alves se aproximava saiu em disparada para abraçar efusivamente o candidato. Foi um abraço tão caloroso, como aquele que você oferece a sua esposa, pai, mãe ou um grande amigo. Os clientes, sabendo quem era o radialista ficaram atônicos e com a certeza que o programa dele é verdadeiramente independente.

 

Frase do Dia

“A mudança é a lei da vida. E aqueles que confiam somente no passado ou no presente estão destinados a perder o futuro.”John F. Kennedy.

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais