Balões de ensaio

Até que os partidos definam as chapas majoritárias para as eleições de outubro, políticos e comunicadores vão praticar o conhecido exercício de futurologia. Nomes apresentados como candidatos praticamente definidos não passarão de balões de ensaio, enquanto outros serão resguardados para evitar o desgaste natural nesta fase de especulações. O certo é que antes de abril, quando quem pretende disputar o próximo pleito terá que deixar cargos públicos, nada que se diga ou escreva pode ser encarado como uma decisão final. E até as convenções de junho qualquer entendimento pode ser desfeito. Portanto, evite fazer apostas agora, pois muita água rolará por debaixo da ponte antes que os partidos registrem as chapas majoritárias na Justiça Eleitoral.

Missas

Duas missas celebradas ontem na Igreja São José, em Aracaju, lembraram os 30 dias da morte prematura do governador Marcelo Déda (PT). Familiares, amigos e pessoas que trabalharam com o petistas prestigiaram os atos religiosos celebrados pelo padre Almir.

Fuleragem

Desde anteontem que o salário mínimo é de R$ 724, mas o governo de Sergipe ainda paga aos servidores a ninharia de R$ 622. Isso significa R$ 102 a menos do que o piso nacional. Fosse uma empresa privada, o governo estadual já teria sido multado pelo Ministério do Trabalho por desrespeitar a lei que estabelece o menor salário a ser pago no país. É ou não uma esculhambação?

Pisou na bola

Ao lamentar a morte de Ophir Figueiras Cavalcante, ex-presidente da OAB nacional, o arquiteto e professor Flávio Nassar disse que o advogado foi o primeiro militante da OAB fora do eixo Rio-São Paulo a presidir a entidade. Está errado. Antes de Ophir, a Ordem dos Advogados foi presidida com brilhantismo pelo sergipano Cezar Britto.

Contrabando

Fiscais da Secretaria da Fazenda apreenderam ontem em Propriá uma carreta transportando um contêiner cheio de mochilas escolares e guarda-chuvas. Avaliada em R$ 1 milhão, a mercadoria não possuía nota fiscal, o que caracteriza contrabando. Segundo o gerente de fiscalização, Alberto Cruz Schetine, os produtos apreendidos deveriam ser vendidos no comércio sergipano.

Politicagem

E o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) quer saber o destino dos R$ 2,5 milhões referentes a uma emenda parlamentar de sua autoria. Segundo ele, a emenda possuía limite orçamentário autorizado, além de terem sido atendidas todas as exigências feitas pelo Ministério das Cidades: “Daí que vou a fundo”, promete. O senador diz ter votado no Orçamento Participativo “confiante de que se acabaríamos com a esperteza política e a dominação do Congresso”. Pelo visto, enganou-se!

Desumano

Vereadores governistas são contra “despejar” os vendedores ambulantes que atuam nos terminal de ônibus como pretende a Prefeitura de Aracaju. O argumento é que depois de serem reformados fisicamente aqueles espaços públicos não comportarão comércio de bugigangas. O vereador Adriano Taxista (PSDB) entende que a administração municipal precisa respeitar pais de família que ganham a vida honestamente. Tá certo!

Indefinido

O ator Antônio Leite (PV) ainda não sabe qual o cargo eletivo que disputará nas eleições deste ano. Garante que só depois do carnaval vai discutir com a executiva do partido sobre candidaturas. “Tonho” espera que o PV participe de uma coligação robusta, que possa garantir a eleição de, no mínimo, um deputado federal verde.

Tá fora

O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) discorda daqueles que acham normal uma dobradinha política entre o governador Jackson Barreto (PMDB) e o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM). O petista garante que, devido ao seu perfil ideológico, não tem condições de subir num palanque onde estejam João Alves e a senadora Maria do Carmo (DEM). Então, tá!

Do baú político

Essa quem contou foi o professor Luiz Alberto dos Santos: em 1983, logo no início da fantástica campanha pelas eleições diretas para presidente da república, era difícil atrair o público para as manifestações de rua. Para chamar a atenção das pessoas, o ex-vereador Rosalvo Alexandre contratou uma bandinha de música, que se encarregava de animar os comícios na periferia de Aracaju. Outra providência foi alugar um caminhão velho para servir de palanque. Certo dia, os defensores das Diretas Já estavam no bairro América, periferia da capital, fazendo um comício para ‘quatro gatos pingados’. Apesar do pouco interesse popular e do sol a pino, os discursos se sucediam. Ao ser chamado para falar, o advogado Carlos Alberto Menezes dirigiu-se à bandinha, que insistia em continuar tocando, e pediu: “Por favor, parem essa fanfarra!”. Repetiu o apelo uma, duas, três vezes, sem que os músicos lhe dessem ouvidos. Foi então que Jackson Barreto, com aquele seu jeito despachado, se aproximou do microfone e disparou: “Turma, pare esta porra!”. O pedido foi atendido na hora.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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