Boca torta

Ao afirmar que só aparece em desvantagem nas pesquisas pagas pelos adversários, o candidato a governador João Alves Filho (DEM) chama de vendidos os Institutos Ibope e Dataform. Trata-se de uma acusação muito séria e que merece ser apurada pela Justiça Eleitoral, pois não se pode permitir manipulação de informações para beneficiar esse ou aquele candidato. A pergunta que se faz é: por que o Ibope iria se vender justo em Sergipe, se não o fez em estados maiores como São Paulo e Minas Gerais? Seria uma burrice medonha para um instituto que pesquisa a sucessão presidencial se vender num reduto eleitoral tão pequeno quanto o nosso. Mas em se tratando do demista, não surpreende a despropositada acusação, pois esta é uma entre tantas outras feitas por ele quando lhe faltam argumentos lógicos. Foi assim no episódio em que chamou de malandros servidores públicos federais, ou quando disse que o presidente Lula (PT) mandou envolvê-lo no escabroso processo da Operação Navalha. Como diz o adágio popular, o uso do cachimbo põe a boca torta.

 

Soma errada

 

O deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) perdeu ontem uma grande oportunidade para ficar calado. Na tentativa de desmoralizar as pesquisas, o pepista denunciou que a soma dos percentuais chegavam a 101%. Com seu jeito irônico, Fonseca pediu ao deputado Wanderlê (PMDB) que justificasse o que achava uma disparidade. Atendido ao apelo, o peemedebista explicou que, na verdade, a soma dava 100,1%, portanto diferente dos 101% enxergados por Venâncio, e que não altera a vantagem de 16% que Déda tem para João Alves.

 

Com internautas

 

O candidato a vice-governador Jackson Barreto (PMDB) se reúne hoje com internautas para discutir ações visando mobilizar ainda mais a campanha do governador Marcelo Déda (PT). Será às 14h30, na sede do PMDB. A idéia de Jackson é ampliar a utilização da internet pelos simpatizantes da campanha petista. O próprio candidato a vice é um usuário do twitter. Ontem mesmo, ele travou uma baita discussão com o jornalista Diógenes Brayner.

 

Vem a Sergipe

 

Mesmo tendo decidido reduzir o número de viagens ao Norte e Nordeste, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) confirmou que vem a Sergipe antes das eleições. Segundo a Agência Estado, “a presidenciável visitará o Estado, que é o berço político do presidente do PT, Zé Eduardo Dutra. O dirigente petista quer prestigiar o governador Marcelo Déda, que tenta de reeleger ao governo ainda no primeiro turno”.

 

Debate na Aperipê

 

O papel dos meios de comunicação na política é o tema do Aperipê Debate, que vai ao ar às 19h30 de hoje na Aperipê TV. Os convidados da vez são Anderson Ribeiro, editor da TV Brasil de Brasília; Fernando Lins, antropólogo e sociólogo; Cláudio Nunes, jornalista do Portal Infonet; e Carolina Westrup, publicitária e coordenadora da Agência Intervozes. A mediação fica por conta do apresentador Euler Ferreira. O objetivo do debate é ajudar o eleitor a escolher melhor os seus candidatos e a refletir sobre o processo eleitoral como um todo.

 

Déda na Ademi

 

Empresários sócios da Associação dos Dirigentes de Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (Ademi/SE) almoçam hoje com o governador Marcelo Déda (PT). Durante o encontro, que acontecerá no Celi Praia Hotel, o petista vai explicar porque pretende ser reeleito e apresentar seus compromissos para o setor imobiliário sergipano. Segundo o presidente da Ademi/SE, Júlio César Silveira, durante a reunião-almoço os empresários também terão oportunidade de apresentar sugestões ao candidato.

 

Comitê de Plínio

 

O Comitê Sergipe com Plínio será lançado amanhã à noite no auditório do Sindicato dos Bancários. Segundo seus organizadores, trata-se de um fórum suprapartidário com o objetivo de articular no Estado a candidatura presidencial de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). A mesa de abertura contará com a presença do ex-vereador de Aracaju Antônio Góis, o ‘Goizinho’, da professora Sonia Meire, do professor Romero Venâncio e do advogado Maurício Gentil.

 

Jogo pesado

 

É voz corrente no Estado que a disputa para o Senado vai esquentar pra valer na reta final da campanha. Com três candidatos praticamente embolados, segundo as pesquisas, todo apoio será fundamental. Valadares (PSB), Albano Franco (PSDB) e Eduardo Amorim (PSC) sabem que qualquer vacilo pode significar a derrota e, como políticos experientes, tentarão minar os redutos adversários para se garantir entre as duas vagas em disputa. Um pouco atrás, o demista José Carlos Machado aposta todas as fichas no candidato a governador João Alves Filho. Não duvidem, essa é uma briga de cachorro grande.

 

Tropas federais

 

Poço Redondo e Canindé do São Francisco poderão ter tropas federais no dia da eleição. Pedido nesse sentido foi formulado pelos representantes do Judiciário ao Tribunal Regional Eleitoral. O argumento é que existe um forte histórico de violência nos dois municípios e que as tropas federais podem garantir a tranqüilidade do eleitor no dia do pleito. O pedido ainda vai ser analisado pelo pleno do TRE.

 

Do Baú político

 

Por muito pouco, o deputado federal Euvaldo Diniz (PSD) não foi o primeiro sergipano a ser preso quando estourou o golpe militar de 1964. Na madrugada do dia 1º de abril, ao saber que o Exército estava de prontidão e que muitos políticos já tinham sido presos em vários estados, o pessedista dirige-se à rádio Difusora e começa a insuflar a população contra o golpe. Por volta das 6h, o comandante do 28º Batalhão de Caçadores, major Francisco Rodrigues da Silveira, telefona para o ainda vice-governador Celso de Carvalho e pede que controle o parlamentar. Ao mesmo tempo, manda um capitão à rádio intimidar o deputado, enquanto desloca-se para o Palácio, onde já estavam os deputados estaduais Djenal Queiroz, Pedro Barreto e todo o secretariado. Nisso, chega Euvaldo cuspindo brasa. “Como é que pode um capitãozinho colocar uma metralhadora na barriga de um deputado federal? Isso é um absurdo, vou denunciar”. Com seu jeito conciliador, Celso de Carvalho pega no braço do parlamentar e, baixinho, pede que se acalme. Ao perceber a gravidade da situação, o experiente Euvaldo se recompõe, começa a dizer que sempre admirou o Exército e convida o comandante para ouvir o discurso que fez, em seguida, na porta do Palácio, enaltecendo Duque de Caxias. Falou para uma platéia diminuta, mas escapou da prisão.

 

Resumo dos jornais

 

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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