BUROCRACIA OU CASO PENSADO?(2)
Na Carta da Semana de Alguns meses decorridos houve uma divisão do fundo de pensão e, desde então, esses aposentados vêm lutando para permanecerem no fundo de pensão estatal, o que até hoje não ocorreu porque o governo não demonstrou interesse em recebê-los. A empresa privada, após um ano do vencimento do acordo que possibilitou esses aposentados (patrocinados/garantidos pela empresa privada) continuassem vinculados ao fundo de pensão estatal, procurou obter dos aposentados um posicionamento sobre o caso e deu ate 20 de outubro para que eles se manifestassem. Dia 20 de outubro passou. E como ficou a situação destes aposentados? Numa Circular datada de 18/10/04, mas postado no Correio no dia 30/10/04, a Associação desses aposentados informa que no dia 07/10/04 aconteceu uma reunião no Ministério das Minas e Energia na qual foram aprovadas as condições para que a empresa estatal possa retomar o patrocínio dos aposentados até 23/12/97. Informa ainda a Associação que numa reunião com a empresa estatal, ela tomou conhecimento destas condições e que no dia 15/10/04 foi realizada uma reunião entre as empresas estatal e privada, na qual a empresa privada aceitou as condições que lhe foram apresentadas, devendo a empresa estatal formalizar a proposta por correspondência, a empresa privada concordar formalmente para que em seguida sejam encaminhados aos órgãos superiores para aprovação. Quais as condições? Não foram divulgadas, devendo-se aguardar o desfecho das negociações entre as empresas. Já estamos no primeiro trimestre do ano de 2005 e a situação continua a mesma. O governo, ciente de que a empresa privada é dependente do Ministério de Minas e Energia e, por isto mesmo, ela pouco pode fazer, para que se encontre uma solução racional para o problema, continua o seu jogo de ganhar tempo, de não enfrentar o problema de frente e a conseqüência é que ate hoje os aposentados da empresa estatal, até 23/12/97, não sabem se continuarão na Fundação, da estatal ou se serão, conforme os termos da concorrência, transferidos para o fundo de pensão da empresa privada. Edmir Pelli é aposentado da Eletrosul e articulista desde 2000
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