Quando o conheci em 1988, no auge da Sudaha Dharrm, comunidade existente no povoado de Areia Branca, em Aracaju, inspirada nos ashrans indianos, estava em fase serena e espiritualizada e só andava vestido de algodão cru.

Mas geminiano, polêmico e irrequieto, logo reaparecia o místico Dinho Duarte em outra fase e com novas ideias e foram muitos os Dinhos que vi. Às vezes o fotógrafo voltava, ora o iogue do riso, da dança…ou o construtor.

Sim, ele também projetava e construía, e de vez em quando aparecia no escritório atrás de um livro de arquitetura ou de sugestões para suas obras. Foi assim que o vi pela última vez …projetando uma casa para o Parque dos Falcões no pé da serra de Itabaiana.

E foi lá de perto na outra Areia Branca, município sergipano, que ele trabalhou artistas como Caã, Zeus e como diretor da Galeria Álvaro Santos abrigou J. Inácio, que pintou por lá alguns anos, apresentou Ará e mais recentemente descobriu e incentivou Tintiliano.

Dinho que fez história nas artes ainda criou os Amigos da Arte- Amart  reunindo em torno de si figuras bacanas que apoiavam a ideia, cujo objetivo maior era valorizar nossos artistas plásticos. E foi através desse encontro que surgiram em Aracaju os diversos cantinhos da arte como os da Assembléia Estadual, da UNIMED…

Nessa época produziu com Ilma Fontes convites biográficos que são, hoje, precioso inventário artístico sergipano para guardarmos em relicário e, na frente do projeto, usou seu talento como fotógrafo para fazer belos retratos, em preto e branco, dos artistas e mecenas.

De repente a vida ficou p. & b. para ele também. Adeus amigo e aquele abraço!

Casamento Caipira-Lagarto-SE-Foto Ana Libório