Sabia que deveria caminhar por essa estrada, tendo de um lado matos e morros e do outro, canaviais, caminhar sempre para frente, até chegar naquela encruzilhada. Ali, três caminhos à sua frente, este em que está pisando e seguindo direto, o outro que seria na verdade o seguimento deste, mas fazendo uma curva mais para a direita e ainda outro, à esquerda, que se transformava numa subida, uma pequena ladeira que levaria o caminhante à cidade lá em cima.
Uma cidade rural, diminuta, uma praça, a igreja e casas arrodeando o largo e essa entrada, a ladeira, como a entrada de uma arapuca. Aqui o encontro marcado com Ela. Mas resolveu subir logo, sabia que se encontraria com ela, vinda da cidade. De um lado da ladeira, barrancos faziam uma sombra e por esse lado Ela descia. O sol forte turvou as suas vistas, o cansaço era muito e enquanto ele subia, ela passou dirigindo-se à encruzilhada. Um não avistou o outro. Na cidade, ele procurou-a na porta da igreja. Esperou em vão. Consumara-se o desencontro.
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