E agora? Depois daquela aventura, faz um tempão,quando enfrentara uma grande caminhada atravessando morros e florestas, atrás de um sonhado grande lago, não pensara mais em retornar à estrada.
O cajado que trouxera, um pedaço de pau, já estava escuro, ficara no canto da parede da sala e parecia conversar, chorar e sorrir. Dera para emitir sons, assoviar: fiiiuuuuuuu! Ouvia o som e sorria para ele. Respondia com um muxoxo e o cajado retrucava com um “uuuhhhhhh!”. Certamente mangava do morador, caminhante derrotado. “Aaaannnhhhh…”, amanhecera, bocejando, o cajado.
Na verdade, em um cantinho do seu cérebro, guardara aquela frustação de ter retornado sem ver o lago. Que, tinha certeza, estava além dos montes e montes. Certo dia, amanheceu cantando e ouviu, abismado, as palmas, vindas do cajado: plac, plac, plac, plac.”Pegou o cajado, encostou a porta e saiu para a estrada. Iria pelo mesmo caminho.
Mas depois de alguns dias, notou que as paisagens eram diferentes.Errara o caminho? Foi quando o cajado sibilou um “fiiiiuuuuuuuuuuu” que o enervou, jogando bem longe o pedaço de pau.“Zuuuuuuuuuuuuuussssss!”. Ele caiu distante. Alegrou-se de ter se livrado daquele incômodo. E novamente retornou para a sua casinha. Quando abriu a porta, lá estava ele, no mesmo canto: “quá, quá,quá, quá,quá.”.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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