O casamento caipira, realizado no mês de junho, faz parte das comemorações da Festa de São João. Dizem que no passado as festas de casamento com pessoas do campo, chamadas de caipiras, costumavam ser realizadas no Dia do Santo São João para que ele abençoasse a união. Tinha fogueira, música popular e comidas típicas como o milho que dava na roça nessa época. Quando criança também escutava histórias verdadeiras da ajuda do delegado para forçar o casamento de uma moça que tinha engravidado do namorado. Hoje percebo que a encenação teve base na realidade. Nossa Região Nordeste é com certeza destaque para as festas juninas e onde é feito com maestria o casamento caipira ou matuto.
Esta festa folclórica é criada num cenário de arraial, bandeirolas coloridas, flores, com quadrilhas e com instrumentos musicais como acordeão, zabumba e triângulo. Os personagens da celebração são: O noivo, a noiva, pais dos noivos, principalmente o pai da noiva, o delegado, o padre, o coroinha, alguma namorada do noivo e vários casais. Uma das variações para o rito da cerimônia começa com o pai da noiva entrando no altar com o noivo e forçando ele a casar porque engravidou a filha dele. O noivo tenta fugir, mas fica acuado com o delegado que vigia a cerimônia e força o noivo a casar. O noivo quando vê a noiva no altar fica encantado com a beleza dela e cede aos seus encantos. O padre realiza a celebração com sotaque caipira, enfatizando os nomes que geralmente são engraçados. No decorrer da cerimônia existem muitos comentários dos pais e sempre aparece alguma moça para impedir o casamento, mas tudo é solucionado e acaba em harmonia e alegria começando a quadrilha.
Na nossa cidade foram realizados muitos casamentos caipiras e quadrilhas, muitos improvisados outros bem ensaiados, o que importa mesmo é o resgate da cultura e tradição junina onde oferece divertimento e descontração para as pessoas.