Carro blindado, suicídio na frente ao governador e as ameaças atuais

                                 Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
   “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos últimos dias a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa vem sendo bombardeada pelo valor da locação de um carro brindado por R$ 312 mil anualmente. Pode-se e deve-se contestar o alto valor, mas, depois da revelação de que existem áudios comprovando ameaças por parte de um empresário que teve seus interesses contrariados na atual gestão é preciso analisar a decisão de outra forma.

Em primeiro lugar, as ameaças devem ser denunciadas as autoridades policiais e judiciais. Em segundo lugar é preciso lembrar que em Aracaju a segurança que tantos pregam já ocasionou um suicídio na frente ao governador Belivaldo Chagas em 2019, que poderia ter descambado para algo maior se o empresário em questão tivesse uma motivação maior do que o suicídio, mas atirar no governador que poderia atingir pessoas que estavam no evento e virar uma tragédia bem maior do que um lamentável suicídio, de um homem desesperado.

Basta conversar com algum especialista da área da psicologia para comprovar que o desespero é uma emoção intensa que pode levar uma pessoa que sempre foi pacata e com uma mente saudável praticar a atos totalmente insanos por conta do instinto de sobrevivência numa situação que acha que não tem mais saída para a sua sobrevivência e de sua família.

Para deixar claro a opinião deste espaço: questionar o valor anual da locação, R$ 312 mil, é normal, mas fazer ilações e, até mesmo, zombar das ameaças recebidas pela prefeita é não olhar para o próprio umbigo, é não entender que um homem, quando está desesperado é capaz de atos imagináveis, não só tirar sua própria vida, mas atacar e matar num ato de extrema insanidade.

André Moura e a raiz do Forró Caju nos Bairros O Forró Caju nos Bairros, que hoje integra o calendário cultural de Aracaju, tem DNA conhecido: o projeto nasceu em 2018 da articulação do então líder do governo no Congresso, André Moura, em parceria com o saudoso vereador Thiaguinho Batalha. Na época, a pedido do ex-prefeito Edvaldo Nogueira, André garantiu R$ 4 milhões junto ao Ministério da Cultura para viabilizar o Forró Caju e, destes, R$ 1 milhão foi destinado exclusivamente à iniciativa que levou a festa para 18 bairros da capital. A descentralização dos festejos, além de resgatar a tradição comunitária do São João, movimentou a economia popular e virou política pública, mantida inclusive pela gestão da prefeita Emília Corrêa. O reconhecimento à época partiu do próprio Edvaldo: “Sem André Moura, não teríamos como realizar a festa.”

R$ 20 milhões para o São João de Sergipe No mesmo dia em que anunciou o retorno do Forró Caju em Aracaju, André Moura também puxou outro feito: garantiu a liberação de R$ 16 milhões adicionais para os festejos juninos em 30 municípios sergipanos. Somados aos R$ 4 milhões destinados à capital, o investimento total chegou a R$ 20 milhões — um dos maiores repasses já feitos para o ciclo junino em Sergipe. O anúncio foi feito em um evento simbólico na Rua São João, com a presença do então ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. A ação ajudou a recuperar a autoestima cultural do estado e turbinou a economia local num dos períodos mais lucrativos para o comércio e o turismo regional.

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CPI das Multas natimorta?  O silêncio sepulcral de todos vereadores Pelo jeito a CPI das Multas de Aracaju vai virar natimorta, já que não nasceu ainda porque não foi lida no expediente da sessão da Câmara mesmo tendo todos os trâmites legais já concluídos para sua instalação. Até o autor, vereador Isac Oliveira que vinha cobrando a instalação pela imprensa se calou. É aguardar. O blog foi informado que uma autoridade fiscalizadora está acompanhando os bastidores. Já este espaço ainda está semana trará fatos dos bastidores desta CPI que virou dor de cabeça para alguns.

Concursados reclamam da estagnação de nomeações no TJ/SE Apesar da existência de vagas no quadro de servidores, já se passaram quase nove meses desde a última nomeação feita em novembro do ano passado e, até o momento, o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE) informa que não há previsão oficial para novas chamadas dos aprovados no concurso público homologado em março de 2024. A ausência de convocações em 2025 vem gerando revolta entre os concursados e levantando suspeitas sobre a real gestão de pessoal no Judiciário sergipano.

Frustração e vacâncias Segundo os concursados a frustração é agravada pelo fato de haver vacâncias constantes e uma rotatividade elevada no TJ/SE. Apenas entre janeiro e maio deste ano, o Tribunal registrou 21 vacâncias, entre aposentadorias e exonerações. Desde 2014, o órgão acumula mais de 450 desligamentos. Além disso, a estrutura do TJ tem passado por expansão, com a criação de novas desembargadorias e turmas recursais, o que pressupõe aumento da demanda por pessoal. Ainda assim, mesmo com a clara necessidade de recomposição do quadro, nenhuma convocação foi realizada em 2025. O último edital de nomeação data de 12 de novembro de 2024. Até então, tinham sido convocados 120 técnicos judiciários, número que parou de avançar apesar da validade do concurso e da confirmação de sua prorrogação, conforme afirmou a presidência ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Sergipe (Sindijus) em 20 de maio de 2025.

Comparação No concurso anterior, homologado em 2014, o TJ/SE chegou a convocar o candidato classificado na 316ª posição da ampla concorrência. No certame atual, porém, até novembro passado, apenas o 96º da ampla concorrência havia sido nomeado. Há, portanto, um abismo entre o histórico de aproveitamento e o ritmo adotado pela nova gestão empossada em fevereiro deste ano. Segundo dados do próprio Tribunal, há 715 cargos em comissão, dos quais 305 são ocupados por pessoas sem vínculo efetivo. Segundo os concursados, a disparidade entre cargos comissionados e efetivos preocupa os concursados, que veem na morosidade das nomeações um favorecimento indevido à contratação política, em detrimento da meritocracia e da legalidade. O Sindijus e a Comissão de Aprovados mantêm diálogo com o TJ/SE, mas cobram mais transparência. Em ofício encaminhado à presidência em março e respondido sem compromisso com prazos, a Comissão insiste que a morosidade prejudica não só os candidatos aprovados, mas a própria qualidade do serviço público.

Princípio da eficiência  Outro agravante apontado pelos concursados  é o descumprimento do princípio da eficiência previsto no artigo 37 da Constituição Federal. “Se há concurso válido, necessidade comprovada e orçamento aprovado, não há razão justificável para a ausência de convocações”, afirma um advogado especialista em direito público consultado pela reportagem. A sociedade sergipana também sente os efeitos. A sobrecarga de trabalho em setores do Judiciário, a lentidão na tramitação de processos e a falta de atendimento eficiente ao público são reflexos diretos da escassez de servidores. Até o fechamento desta matéria, o TJ/SE não se pronunciou sobre novas convocações nem apresentou qualquer cronograma. A expectativa dos aprovados é de que a pressão social e sindical leve o Tribunal a cumprir sua obrigação constitucional e moral: nomear os aprovados e garantir a continuidade dos serviços públicos com servidores de carreira, concursados e comprometidos com o interesse coletivo.

Lagarto: Prefeita em exercício Suely Menezes assina ordem de serviço na comunidade 11 Casas e inaugura pavimentação no povoado Gameleiro Na sexta-feira, 6, a prefeita em exercício de Lagarto, Suely Menezes, assinou a ordem de serviço para pavimentação na comunidade das 11 Casas e participou da inauguração da obra de calçamento no povoado Gameleiro. Os atos reafirmam o compromisso da gestão municipal em levar dignidade, infraestrutura e respeito às comunidades que mais precisam.

Ordem de serviço na comunidade das 11 Casas A assinatura da ordem de serviço viabiliza a pavimentação da via que liga a pista principal às residências. A obra, com recursos e execução do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Lagarto, contempla 6.768 metros quadrados de calçamento linear, cobrindo 1.200 metros de extensão. Um avanço que vai transformar a realidade de dezenas de famílias que há anos enfrentam dificuldades com acesso precário, poeira e lama em períodos de chuva.

Conquista Com forte envolvimento pessoal na causa, a prefeita em exercício destacou a importância dessa conquista. “Esse é um momento de muita emoção e gratidão. Eu conheço de perto a realidade dessa comunidade e sei o quanto essa obra representa dignidade, respeito e cuidado. Quero agradecer ao nosso prefeito Sérgio Reis, que mesmo durante sua licença segue presente em cada detalhe da gestão. Esse olhar humano que construímos juntos está sendo colocado em prática, e essa pavimentação é uma prova disso”, afirmou Suely.

 Empenho Durante o evento, o secretário Especial de Representação de Sergipe em Brasília e deputado federal licenciado Fábio Reis elogiou o empenho da prefeita em exercício. “Desde o início, Suely fez questão de me mostrar a realidade daqui. Sempre me dizia: ‘Fábio, eu quero levar você lá nas 11 Casas’. Essa insistência e persistência dela tinham um propósito muito claro: fazer com que eu enxergasse de perto a situação dos moradores, para que juntos pudéssemos unir forças e fazer algo concreto. Suely não colocou essa comunidade apenas debaixo do braço, colocou no coração. E essa obra vai muito além do calçamento, é sobre tirar as pessoas da lama e da poeira, sim, mas também sobre levar dignidade e respeito a quem sempre mereceu atenção”, destacou.

 Inauguração da pavimentação do povoado Gameleiro Na sequência, a prefeita em exercício participou da inauguração da pavimentação do povoado Gameleiro, obra que integra o contrato financiado por meio da Codevasf, com investimento total de R$ 3.264.533,00, contemplando também os povoados Sobrado e Santo Antônio, dos quais apenas o Gameleiro ainda não havia sido entregue.

Dignidade e compromisso “É com grande alegria que entregamos mais uma obra que representa dignidade e compromisso com o povo de Lagarto. Pavimentar não é só colocar pedras no chão. É melhorar a saúde, a mobilidade. É permitir que as pessoas vivam com mais qualidade de vida. E isso tem sido uma prioridade da nossa gestão, com o apoio do nosso prefeito Sérgio, que sempre se dedicou incansavelmente a levar melhorias para todas as regiões do município”, destacou Suely em seu discurso.

 Sergipe sai na frente e propõe Política de Estado para a Comunicação Pública Na última quinta-feira, 5, Sergipe deu um passo histórico rumo à democratização da informação e à consolidação da comunicação como direito fundamental da população. Foi protocolado na Assembleia Legislativa (Alese) o Projeto de Lei que institui a Política Estadual de Comunicação Pública, uma iniciativa construída pela mandata da deputada estadual Linda Brasil (Psol), em diálogo com movimentos sociais, especialistas, estudantes e entidades da sociedade civil.

 Comunicação voltada para o interesse público O projeto transforma a comunicação pública em política de Estado — e não de governo — estabelecendo diretrizes, princípios e objetivos que buscam garantir uma comunicação ética, transparente, acessível, plural e voltada para o interesse público. “A comunicação pública precisa ser compreendida como um direito de todas, todes e todos. Um direito que assegura à população o acesso à informação, que estimula a participação social e que cria canais reais de escuta e diálogo. Os governos não podem se comunicar apenas para se autopromover. Precisam prestar contas, ouvir a sociedade e fomentar a cidadania ativa”, defendeu Linda Brasil, em discurso na tribuna da Alese.

Critérios técnicos e éticos A proposta estabelece critérios técnicos e éticos, cria o Conselho Estadual de Comunicação Pública com representação da sociedade civil e de órgãos públicos, e prevê mecanismos de participação, controle social e valorização da diversidade cultural sergipana. O texto é inspirado em um projeto de autoria da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABC Pública), que já tramita no Congresso Nacional, mas foi adaptado para a realidade regional de Sergipe.

Relevância do projeto Em visita a Aracaju, o presidente da ABC Pública, Jorge Duarte, parabenizou a iniciativa e destacou a relevância do projeto no cenário nacional. “Esse projeto é uma iniciativa fantástica porque coloca na mesa a comunicação como parte do Estado, como uma política pública, como uma responsabilidade institucional. Espero que, com a contribuição de muitas vozes, Sergipe avance para ter uma política de comunicação pública que responsabilize as instituições a dialogar com o cidadão, a ouvir o cidadão — e, sobretudo, a ajudar o cidadão a ser ajudado pelo Estado”, afirmou.

Uso para a promoção pessoal A proposta parte de uma crítica clara ao modelo atual de comunicação institucional, muitas vezes utilizado para promoção pessoal e partidária. O PL quer romper com essa lógica e garantir que os serviços de comunicação dos órgãos públicos estejam verdadeiramente a serviço da sociedade. “Infelizmente, o que temos visto muitas vezes é o uso da estrutura estatal para promover pessoas, não políticas. Para enaltecer gestões, não garantir direitos. O nosso projeto vem para mudar isso. Para garantir que a comunicação pública esteja comprometida com o bem comum e com o fortalecimento da democracia”, completou a parlamentar.

Tramitação  O projeto agora segue para tramitação nas comissões da Assembleia Legislativa. A expectativa é que Sergipe se torne o primeiro estado do país a aprovar uma legislação estadual robusta sobre comunicação pública, servindo de exemplo para outras unidades da federação.

Projeto de Neto Batalha reconhece vaquejada, cavalgada e a pega de boi no mato como práticas esportivas e culturais em Sergipe O deputado estadual Neto Batalha apresentou o Projeto de Lei nº 97/2025, que reconhece oficialmente a vaquejada, a cavalgada e a pega de boi no mato como práticas esportivas e culturais no estado de Sergipe. A proposta também estabelece normas específicas para garantir a segurança dos participantes, do público e o bem-estar dos animais durante a realização dos eventos.

Manifestações tradicionais A iniciativa busca valorizar manifestações tradicionais que fazem parte da identidade do povo sergipano, especialmente nas regiões do interior, onde esses eventos mobilizam comunidades inteiras, geram emprego e aquecem a economia local. O texto destaca que essas práticas possuem forte relevância cultural e social e devem ser tratadas com o respeito e a regulamentação que merecem.

Cuidados com os animais Entre os principais pontos do projeto, estão a exigência de estrutura adequada para a realização das atividades, presença de profissionais habilitados para o cuidado dos animais, além de regras claras para o transporte, manejo e proteção dos mesmos. Segundo Neto Batalha, o objetivo é garantir que os eventos continuem acontecendo de forma segura, respeitando tradições e a legislação vigente. “Esse projeto reconhece a importância da vaquejada, da cavalgada e da pega de boi no mato para a cultura nordestina, mas com responsabilidade. É possível manter as tradições sem abrir mão da segurança e do cuidado com os animais”, afirmou o parlamentar durante a apresentação da proposta. A proposta está em tramitação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e pode ser consultada no site oficial: www.al.se.leg.br.  O projeto ainda será analisado pelas comissões temáticas antes de ser levado à votação em plenário.

Decisões semelhantes de outros estados A regulamentação dessas práticas culturais em Sergipe acompanha decisões semelhantes já adotadas por outros estados do Nordeste, onde eventos como a vaquejada são reconhecidos como parte do patrimônio imaterial, desde que cumpram requisitos legais voltados à integridade dos animais. Em 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a vaquejada, desde que amparada por legislação específica que garanta o bem-estar animal. Com essa proposta, Neto Batalha fortalece o vínculo entre cultura e esporte rural no estado, promovendo um modelo que une tradição e responsabilidade.

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OPINIÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIA MUNDIAL DOS OCEANOS

–8 DE JUNHO 

“TERRA: PLANETA ÁGUA.” Guilherme Arantes

COP-30, BELÉM, PARÁ, BRASIL (de 10 a 21 de novembro de 2025)

“AQUECIMENTO GLOBAL: CATASTROFISMO? UMA OVA! ECOTRAGÉDIAS PIPOCAM MUNDO AFORA, E OS IGNAROS E NEGACIONISTAS, AINDA, DIZEM SER O ‘AQUECIMENTO GLOBAL’, MERO ALARDE. QUE O DIGA O RIO GRANDE DO SUL!”

“ARACAJU-SE/BR: UM ERRO PÍRRICO: NA FORMA DE TABULEIRO DE XADREX, ‘ARÁ’ É UMA QUADRADA URBE NUMA PLANÍCIE COSTEIRA ALAGÁVEL.”  Por Clarkson Moura

“SE NADA DE EFICAZ, EM ESCALA GLOBAL, FOR FEITO, A ELEVAÇÃO DO NÍVEL DOS OCEANOS E MARES — PELO AQUECIMENTO GLOBAL — PODE SE TORNAR, NUM FUTURO NÃO MUITO REMOTO, UMA SÉRIA AMEAÇA À SOBREVIVÊNCIA DE CIDADES LITORÂNEAS PELO MUNDO AFORA, INCLUSIVE À NOSSA QUERIDA ARACAJU.”
Consenso Científico

Em 8 de abril de cada ano, rememora-se, ao menos, no âmbito dos Países-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), o expressivo “Dia Mundial dos Oceanos”.

Conforme é consabido, “oceano” é o nome que se atribui ao enorme volume de água salgada que cobre 71% do Globo Terrestre. Estudos paleontológicos apontam que a forma, sob a qual o Oceano se apresenta atualmente, só começou a se delinear nos últimos 200 milhões dos 4,5 milhões de anos de existência da Terra.

Acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram no Mar, há cerca de 3,5 milhões de anos, em formas muito primitivas, que foram evoluindo lentamente, dando origem a estruturas cada vez mais complexas, até atingirem a imensa diversidade existente nos dias de hoje. Pode-se afirmar que 90% da história da vida terrestre se deu no Mar, o que o faz uma verdadeira fonte de diversidade e riqueza biológicas.

Infelizmente, a Humanidade tem explorado, de modo exaustivo, a vasta variedade de recursos que a “Hidrosfera” oferece. Além de peixes, o Oceano fornece muitos produtos extraídos de algas, plantas e animais marinhos, utilizados no tratamento de diversas doenças e nos mais variados setores industriais, como matéria-prima.

O crescimento populacional e os desenvolvimentos socioeconômico e científico-tecnologico, não autossustentáveis, têm transformado radicalmente as condições naturais, quer pela destruição dos ecossistemas aquáticos, quer pela poluição da “Atmosfera”, que paira sobre a imensa massa hídrica planetária (hidrosfera).

Pois bem, como tem provado a investigação oceanográfica, a divulgação do conhecimento científico sobre a “Hidrosfera” desempenha um imprescindível papel na educação ambiental das pessoas, de tal modo a convencê-las de que a saúde da Humanidade passa pela saúde do planeta Terra em suas três vitais dimensões: atmosfera, hidrosfera e biosfera.

Portanto, imperativo e inadiável se faz a concretização de uma série de medidas globais, consistentes na fiscalização, no monitoramento e no combate intransigente e efetivo da poluição indiscriminada dos nossos oceanos e mares, porquanto as consequências ambientais da omissão dessas providências têm provocado e provocarão, “ad futurum”, os mais irreversíveis problemas na sobrevivência e qualidade de vida dos seres humanos por todos os rincões do “Planeta Azul”, nossa casa, nosso “habitat”.

Além disso, a escalada da temperatura da Terra, o temível, real e perceptível “Aquecimento Global”, tem acarretado, com uma acelerada velocidade superior à prevista, o derretimento das geleiras e, esse, por seu turno, pode fazer com que o nível dos oceanos e mares alcancem marcas assustadoras bem antes dos prazos previstos.

Por isso, segundo o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado em agosto de 2022, o nível dos oceanos e mares pode subir cerca de 2 metros, até 2100, podendo, na pior das hipóteses, chegar a 5 metros, em 2050, se o processo degradante se mantiver inalterado.

Ora, caso as consensuadas e firmadas medidas de redução das emissões de gases do famigerado “Efeito Estufa” não sejam implementadas, em conformidade com o cronograma, também, recomendado e pactuado, pelos países signatários e participantes das diversas Conferências Mundiais sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento (COPs), as quais vêm sendo atualizadas e ratificadas, a partir da COP-26, a 26.ª Conferência das Partes (em inglês, COP – Conference of the Parties), órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (em inglês, UNFCCC – United Nations Framework Convention on Climate Change), realizada entre 1 e 12 de novembro de 2021, em Glasgow, na Escócia (Reino Unido); cidades, como Veneza, na Itália; Amsterdã, na Holanda; Bangkok, na Tailândia; Nova Orleans, nos EUA; e Ho Chi Minh, no Vietnã podem ser devastadas até 2050.

Até então — sem pretenso alarme apocalíptico, sadismo e sensacionalismo da parte do modesto e humano autor deste escrito — aqui, no Brasil, caso nada seja feito de eficaz, em escala de repercussão planetária, contra o inegável e crescente “Aquecimento Global”, poderão, lamentalvelmente, ter o mesmo fadário dos aglomerados urbanos estrangeiros, alhures, mencionados, as nossas cidades e metrópoles litorâneas de baixa altitude, a exemplo de Recife, PE (msnm: mesmo nível do mar); Santos, SP (2 m); São Luís, MA (3 m); Florianópolis, SC (3,66 m); e Aracaju, SE (4 m).

De oportuno, convém ressaltar que o Brasil — após haver sediado a ECO-92 ou Rio-92; a Rio+10, em 2020; e a Rio+20, em 2012 — teve confirmado seu invejável e inequívoco papel de protagonista da prestigiada e prioritária agenda ambiental no cenário internacional, ao ser eleito, pela quarta vez, pela ONU, em 26 de maio de 2023, como sede da 30ª Conferência das Partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (COP-30).

A boa-nova foi euforicamente comunicada, no dia 29 de maio de 2023, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos seus perfis das diversas plataformas digitais, através de vídeo em que aparece com seu ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o governador paraense, Helder Barbalho.

Seja dito, há mais de dois anos e meio, foi a vez da COP-27, ocorrida no período de 6 e 18 de novembro de 2022, em Sharm El Sheikh, no Egito, na qual se formalizou a criação do “Fundo de Perdas e Danos”.

Enquanto o Brasil aguarda acolher o quarto megaevento desse jaez, ou seja, a COP-30, a ser realizada de 10 de novembro (segunda-feira) a 21 de novembro (sexta-feira), deste ano (2025), em Belém, no Pará; registre-se que as duas antecedentes conferências climáticas, a COP-28 acontecera de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023, em Dubai, nos Emirados Árabes; e a COP-29 foi realizada de 11 a 24 de novembro de 2024, na cidade de Baku, capital do Azerbaijão, depois de ter como candidatos concorrentes a sediá-la, países a exemplo da Austrália, República Checa e a Bulgária.

Aliás, o Brasil apresentou, durante a COP-28, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC –Intergovernmental Panel on Climate Change, em inglês), versão, em português, do Relatório Síntese sobre Mudança Climática 2023. O documento foi resultado do criterioso trabalho realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em conjunto com o Pacto Global da ONU no Brasil.

A fim de que se possa cumprir as metas do repercuciente e inolvidável “Acordo de Paris”, o aludido relatório recomenda objetivos ambiciosos de redução global de emissões de “Gases de Efeito Estufa” (GEE) por período. Essas metas de redução preconizam alcançar o pico de emissões até 2025, redução de 43% até 2030, redução de 60% até 2035, redução de 69% até 2040 e redução de 84% até 2050.

Em conclusão desta curta, mas azada ponderação, por razões óbvias, fazem por merecer nossa atenção os seguintes alertas científicos:

1) estimativa de elevação de 2 a 5 metros do atual nível do mar, até 2050;

2) até o ano 2025, a falta de água potável afetará 50% (metade) da humanidade;

3) prevê-se que, até o ano 2050, haverá mais plástico do que peixe, nos oceanos e mares;

4) 14 milhões de toneladas de resíduos plásticos, por ano, entram nos ecossistemas aquáticos, ou seja, o Mundo lança, por minuto, um (1) caminhão de lixo nos oceanos e mares, segundo a ONU News;

5) apenas, o Brasil gerou 64 quilos de resíduos plásticos por pessoa em 2022, consoante pesquisa da Associação de Empresas de Limpeza Pública.

Portanto, sejamos conscientes e vigilantes na defesa da “Hidrosfera”!

SOS aos Oceanos e Mares!

Viva! o planeta Terra, nossa casa!

Parabéns! ecocientistas, oceanógrafos, geólogos, geógrafos, climatologistas, ecologistas, ambientalistas, ativistas e governantes comprometidos com a nobre causa dos oceanos e, por extensão, do “Meio Ambiente”!

(Por Clarkson Ramos Moura) ‎
 
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Andressa Collet – Vatican News

Mais um dia de Praça São Pedro lotada por ocasião do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades celebrado neste final de semana no âmbito do Ano Santo da Esperança. Neste domingo (08/06), em particular, de Solenidade de Pentecostes, o Papa Leão XIV presidiu a missa para milhares de peregrinos e refletiu sobre o Espírito que “abre fronteiras” dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos. Completando exatamente um mês de pontificado, a homilia do novo Sucessor de Pedro foi de grande impulso para abrirmos “as fronteiras do coração” através do “vento vigoroso do Espírito Santo” e com a recordação inclusive dos predecessores Bento XVI e Francisco. O dia solene no Vaticano começou com um giro de papamóvel que durou cerca de 30 minutos: Leão XIV percorreu tanto a Praça São Pedro quanto parte da Via della Conciliazione para saudar os milhares de fiéis. 

Aqui: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2025-06/papa-leao-xiv-solenidade-pentecostes-jubileu-movimentos-junho-25.html

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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