Conscientização sobre aquecimento global

Os brasileiros e os chineses são os mais conscientizados sobre o papel das atividades humanas no aquecimento global, mostrou uma pesquisa com 46 países efetuada através da internet pela ACNielsen.

Treze por cento dos pesquisados nos EUA nunca leram ou ouviram falar do assunto, embora os Estados Unidos seja o maior emissor de gases-estufa do mundo.

Os latino-americanos foram os mais preocupados e os norte-americanos os menos preocupados – apenas quarenta e dois por cento das pessoas consideraram o aquecimento global “muito grave”.

A sondagem disse que as pessoas que vivem em regiões vulneráveis a desastres naturais são as mais preocupadas – desde os latino-americanos preocupados com os prejuízos às plantações de café ou banana aos moradores da República Checa, fortemente atingida por enchentes em 2002.

Na América Latina, 96% dos entrevistados disseram que já ouviram falar do aquecimento global e 75% o consideraram muito grave.

A conscientização sobre o aquecimento global e seus males incita a tomada de ações para reduzi-lo. Um sistema instalado no CTH – Centro Tecnológico de Hidráulica da USP – Universidade de São Paulo tem transformado o esgoto produzido pela residência e pelo restaurante universitários em energia elétrica. O projeto foi desenvolvido pelo Cenbio – Centro Nacional de Referência em Biomassa, do IEE/USP – Instituto de Eletrotécnica e Energia.

Provamos com o projeto que a transformação do biogás em energia é possível. Para uma escala comercial, o sistema teria de ser mais amplo, numa grande cidade, explica Vanessa Pecora, engenheira química que apresentou o projeto em seu mestrado.

Segundo Pecora, a utilização do gás obtido dos esgotos ( composto, basicamente, de dióxido de carbono e metano) apresenta baixo custo e vantagens ambientais.

No Brasil, segundo o Ministério das Minas e Energia, o potencial brasileiro de geração eólica (dos ventos) é de 147 mil megawatts, mas o país usa menos de 300 megawatts.

Stefan Krauter, que dirige o departamento de Energias Renováveis da Universidade Estadual do Ceará, avalia que o atraso brasileiro em relação às fontes de energias renováveis se deve, em grande parte, à legislação. “Está muito burocrático, o que inibe a atuação dos investidores. Ainda tem o pensamento da centralização no Brasil, um pensamento dos anos 60 e 70. Não pegou ainda a idéia de descentralização da geração de energia renovável, mesmo dentro do Ministérios de Minas e Energia”.

No que se refere à conservação da Floresta Amazônica, os países ricos deveriam se conscientizar que para reduzir o impacto das florestas tropicais no aquecimento do planeta deveria ser criado um mecanismo voluntário pelo qual esses países, que têm metas de redução de emissões de gases-estufa a cumprir pelo Protocolo de Kyoto, compensem países detentores de florestas tropicais (virtualmente todos subdesenvolvidos) que tiverem reduzido seu desflorestamento abaixo de um nível X por um determinado período. (Ambientebrasil)


 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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