As autoridades precisam adotar providências para impedir o transporte ilegal de ‘animais silvestres’ escondidos em malas pretas. Várias espécies da nossa fauna estão sendo amontoadas em pacotes e escondidas nas malas dos carros até chegar ao destino: o bolso do eleitor desinformado, que vende o voto em favor candidatos a cargos eletivos. Apesar da incansável fiscalização da Polícia Federal e Procuradoria Regional Eleitoral, os traficantes de ‘animais silvestres’ prometem transportar milhões deles, principalmente na calada da noite. São bichos como Garças (R$ 5), Araras (R$ 10), Micos-Leão-Dourado (R$ 20), Onças (R$ 50) e Garoupas (R$ 100), embora esta última em menor quantidade. A Tartaruga (R$ 2) é menos traficada pelos candidatos malas-preta, pois o eleitor tem pouco interesse por ela, devido seu baixo valor de mercado. É preciso adotar providência contra a compra de votos para que as eleições não continuem sofrendo a nefasta influência do dinheiro. Por dever de justiça, vale ressaltar que safados dos políticos malas-preta não são responsáveis pela extinção do Beija-Flor (R$ 1).
Meio cético
E o candidato a governador Eduardo Amorim (PSDB) anda meio descrente nas pesquisas. Ele diz respeitar as consultas de opinião pública, “mas para mim o melhor termômetro em uma campanha é o contato direto com o eleitor”. A desconfiança de Amorim com as pesquisas aumentou depois que elas passaram a aponta-lo como o 3º colocado na disputa, atrás de Valadares Filho (PSB) e Belivaldo Chagas (PSD). Homem, vôte!
Fulo da vida
Exibidas no horário eleitoral, as imagens de militares agredindo professores no centro de Aracaju irritaram o senador Antônio Carlos Valadares (PSB). Segundo ele, para agredi-lo, “a campanha de Belivaldo usa imagens de Déda de 30 anos atrás, em episódio cujo desfecho nunca autorizei”. A agressão policial aconteceu nos anos 80, quando o governador era Valadares. Entre as vítimas do quebra-pau estava o saudoso Marcelo Déda (PT), à época deputado estadual.
Mesa de volta
Caso seja eleito, o candidato a governador Márcio Souza (PSOL) ressuscitará a Mesa de Negociação para tratar sobre o reajuste salarial dos servidores. Ele também promete auditar os contratos e dívidas do Estado visando entender por quais motivos falta dinheiro para pagar em dia a folha de pessoal. O candidato adverte que a auditoria não deve ser vista como uma caça às bruxas. Então, tá!
Cadê o dinheiro?
Não reúnam no mesmo palanque o candidato a senador André Moura (PSC) e os deputados estaduais do PSC. Eles estão invocados com o partido porque ainda não receberam um tostão sequer do fundo eleitoral. A raiva é maior porque somente para a campanha de André, que preside a legenda em Sergipe, o PSC destinou R$ 2 milhões. Segundo o deputado Gilmar Carvalho (PSC), um colega de legenda lhe disse que se soubesse que era assim, não teria se filiado ao partido dos peixinhos. Misericórdia!
Cachaça cara
Produtores de cachaça lançaram um manifesto reivindicando a ampliação dos esforços de promoção e de proteção do produto. A carta aberta pede ainda a reavaliação da carga tributária sobre a bebida, que segundo o setor, é o produto mais taxado do país. O texto também defende o combate à clandestinidade e à informalidade, superior a 85%. Crendeuspai!
Direita volver!
A política subverteu a hierarquia militar. Diferente do que ocorre na caserna, onde a patente maior manda na menor, na política nem sempre é assim. Bom exemplo disso é o presidenciável e capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL), que tem como candidato a vice o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB). Aqui em Sergipe, o candidato a governador e oficial da reserva do Exército Mendonça Prado (DEM) tem como parceiro de chapa o coronel reformado Jorge Husek (DEM). Marminino!
País de negativados
Mais de um quarto da população com ganhos de até R$ 2 mil, gasta metade dos rendimentos com cartão de crédito, empréstimos consignado e pessoal, financiamentos de automóvel e imobiliário, além de cheque especial. Entre as pessoas com renda acima de R$ 10 mil, o percentual com estas despesas é de 13%. Segundo o estudo da Serasa Experian, a maioria (69%) das pessoas negativadas tem renda de até R$ 2 mil. Credo em cruz!
Que fedor!
Até quem elogia a urbanização feita pela Prefeitura sobre o aterro de parte do Rio Sergipe, se incomoda com o forte mau cheiro do local. Provocado pelo lançamento de lixo e esgotos não tratados naquele poluído estuário, o fedor acentua-se quando a maré está baixa. Já tem gente sugerindo à Prefeitura que distribua máscaras para aliviar a fedentina, que tanto incomoda os turistas e os desportistas que arriscam se exercitar naquele fedorento local. Aff Maria!
Promessas vazias
Impressiona o volume de mirabolantes promessas feitas pelos candidatos ao governo. Eles juram que vão transformar Sergipe num paraíso, construindo creches e escolas moderníssimas, maternidade, centros de especialidades médicas futuristas, além de melhorar a mobilidade, enfrentar a violência urbana, eticétera e tal. Precavido, o eleitor não deve acreditar na conversa bonita dos candidatos, pois as gordas promessas d’agora viram, quando muito, magras realizações. Desconjuro!
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