CUIDE BEM DELE “Devemos dar valor às coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam”. Os dias passam, às vezes até mais rápido do que queremos. Quando percebemos, já se foi mais uma semana, mais um mês, mais um ano… E nós vamos correndo atrás dos compromissos, das obrigações, da sobrevivência. Deixamos, por vezes, sem dar sequer uma atenção fortuita, tudo aquilo que guarnece a nossa alma e a nossa vida. Vamos passando sem perceber e, embalados demais pelas coisas “essenciais”, equivocadamente perseguimos o que acreditemos, ou não, o que queiramos ou não, achamos valer mais. Seguimos, sem refletir, assim como que automaticamente às cegas até que um dia, às vezes muito tardiamente, nos damos conta de que nos preocupamos muito com as aparências, com as embalagens, para que elas mostrem beleza, asseio e chamem a atenção. Esquecemos, no entanto, do mais importante, do conteúdo, daquilo que é, em última instância, o sentido e a razão de nosso existir. E, afinal, o que vem a ser esta coisa tão importante, e que sempre relegamos ao segundo plano? Responderei, com todo o prazer: estou falando do nosso corpo. Sem ele nada seremos. E, convenhamos, às vezes só percebemos a sua existência quando ele denota sinal de dor, fadiga ou debilidade. Aí sim, desesperadamente, corremos atrás do prejuízo. Às vezes, repito, tarde demais. Um amigo meu, médico cardiologista, sobre esta falta de cuidado, assim se manifestou: “as pessoas não se preocupam, por exemplo, em verificar, de vez em quando, a pressão arterial. O tempo passa, e lá se foram dez, quinze, vinte anos… Aí, por acaso, num exame rotineiro, alguém descobre que sofre de hipertensão. Nesse instante, desespera-se e atabalhoadamente corre atrás do prejuízo, dispõe-se a fazer qualquer coisa, até mesmo aquela atividade física que, por tantos anos negligenciou; compromete-se a fazer um regime, perder peso, tomar um medicamento… Só que, lamentavelmente, ocorrem neste momento, duas situações limitantes primeira: o cidadão já não é mais tão jovem, lhe faltam pernas e fôlego para enfrentar uma ginástica mais severa que lhe acuda na necessidade que se faz presente; Segundo: durante muito tempo aquela pressão exercida no interior dos vasos sangüíneos e dos órgãos como fígado, rim e o próprio coração, fez com que eles, os vasos e órgãos, perdessem muito de sua elasticidade, de suas forças compressivas. Ficaram, distendidos e, de certa forma, irreparáveis, nada mais podendo ser feito, a não ser remediar até o fim, o qual, indubitavelmente, chegará muito mais cedo.” Só a título de curiosidade, faço-lhe, neste instante, uma indagação simples: Você já parou para se auto-analisar? Será que você percebeu como são perfeitos os seus pés, suas pernas, seu tronco, sua cabeça? Será que você já se auto-indagou como são importantes as funções que desempenham todos os seus membros? Pare, por um momento, e pense: seus pés o mantêm equilibrado e ereto, servem para caminhar, jogar bola, dançar… E as suas mãos, elas também têm tantas funções, não é mesmo? Já imaginou como são úteis os seus olhos, os seus ouvidos, o seu nariz, a sua boca? Já percebeu o valor que este maravilhoso conjunto representa para o que você é? Será que algum dia você se deu conta de que é tão rico? Que possui uma das máquinas mais perfeitas que existem no universo? Pense: cérebro, sistemas: nervoso, vascular, respiratório, digestivo, rins, fígado, pâncreas, aparelho reprodutor… Isso tudo é você, querido amigo. Diga, não para mim, mas, para você mesmo, como tem sido o seu relacionamento com essa máquina maravilhosa na qual habita a sua alma?
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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