Da arte de liderar, atos e companhias

A história mundial está cheia de líderes, verdadeiros estadistas, que souberam não apenas liderar, mas recuar e vencer batalhas e desafios que passaram na frente deles. A arte de liderar não se conquista através do poder e da pressão, mas através do diálogo, da visão de futuro e, principalmente, da humildade suficiente para reconhecer os erros e aceitar os argumentos dos outros. Um verdadeiro líder não impõe sua visão sem diálogo e transparência.

 

E nos dias atuais começam a fazer uma leitura errada e limitada, não só do passado, mas do momento político e aplicando de maneira errada para o futuro.  Como bem escreveu Thomas Hobbes o altruísmo é a exceção, os seres humanos são gananciosos e a luta de todo homem contra todos os outros é a condição natural da humanidade. 

 

Não basta para o líder ter apenas caráter e ser incorruptível. A história está cheia de líderes que se deixaram levar de outras formas. O revolucionário francês Robespierre, por exemplo, era incorruptível, desprezava o suborno, mas acabou sendo corrompido de três maneiras: era vaidoso, cometia atos impulsivos movido pelo ciúme e acreditava ser um instrumento da “Providência”. Uma lição que serve para alguns líderes atuais.

 

Ainda sobre corrupção e companhia, o padre Antônio Vieira, um grande orador em um dos seus sermões mais famosos, do “Bom Ladrão, disse, se referindo aos príncipes (governantes) companheiros de ladrões: “São companheiros dos ladrões porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões porque os consentem; são companheiros dos ladrões porque lhe dão postos e os poderes; são companheiros dos ladrões porque talvez os defendem, e são, finalmente, seus companheiros porque os acompanham, e hão de acompanhar ao Inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo”.

 

O grande líder saberá no momento certo arrancar da experiência do passado o que precisará para “armar” o presente. Com o altruísmo de Thomas Hobbes, mas sem fazer como o príncipe do padre Antônio Vieira que vendeu a alma aos ladrões. Sem a vaidade de Robespierre e, sobretudo, mantendo suas convicções e ideais.

 

A reflexão acima caro leitor, cabe bem no atual momento político, não só no Brasil, mas em Sergipe onde estão definindo-se as alianças e as companhias para as eleições deste ano. Os verdadeiros líderes e estadistas não abrem mão de seus ideais simplesmente por conta do “poder pelo poder”. O poder é efêmero, mas a história não deixa passar em branco os que titubearam no meio do caminho.

 

Greve no TJ: Sindicato quer isonomia salarial

Se for mantida a média de adesões da semana passada, cerca 18% dos servidores do judiciário (no total existem 2.200 efetivos), entram hoje na segunda semana de paralisação. Nas manifestações que vem promovendo desde o início da greve, os sindicalistas alegam intransigência do TJSE,  que, segundo eles, se nega a dialogar com a categoria sobre  reajuste salarial.

 

Negociações

Aos deputados Francisco Gualberto, Ana Lúcia e Angélica Guimarães – que foram ao Palácio de Justiça a pedido do Sindiserj –  o  presidente do tribunal, desembargador Roberto Porto, esclareceu que sempre esteve aberto ao diálogo, lembrando que em um ano e quatro meses na presidência foram registradas mais de vinte reuniões com integrantes da diretoria do Sindiserj, algumas delas por mais de duas horas. Roberto Porto afirmou a disposição do Tribunal em continuar as negociações com o Sindicato, porém com a condição do encerramento da greve. 

 

Plano de carreira

O Sindicato também deseja discutir um Plano de Cargos e Salários, reivindicação que é vista com ressalvas pelo TJ que alega a existência de um plano de carreira instituído, ‘embora possa ser aperfeiçoado’.  O presidente do TJSE mostrou aos deputados que dos 18 Tribunais de Justiça que já atualizaram os dados no Portal da Transparência foi verificado que os servidores do Judiciário sergipano têm remuneração inicial superior à tribunais de vários Estados.

 

Isonomia salarial

Há o caso do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul que entrou em contato com a Procuradoria Geral do Estado de Sergipe, há poucos dias, informando que o sindicato de lá alega que os servidores do Judiciário recebem os menores salários do país. Por coincidência, o discurso do Sindiserj é o mesmo. A propósito de salários, o sindicato quer isonomia com a faixa salarial dos  servidores do judiciário federal, caso seja aprovado projeto em tramitação no Congresso Nacional. A proposta é de R$ 4.000 para o técnico judiciário e R$ 6.800 para o analista judiciário.

 

Orçamento

O presidente do Tribunal deixou claro que “para os vencimentos básicos iniciais, o Poder Judiciário não tem condição de atingir tais patamares, mesmo que de forma escalonada, porque não tem orçamento capaz de suportar o que pede o sindicato. Na esteira da greve uma notícia desanimadora para os servidores: os dias não trabalhados serão descontados já na folha do dia 20. Obs: dentro do principio democrático deste espaço, está publicado nesta edição um texto de Rodolfo S. Gouveia, em solidariedade aos servidores do TJ.

 

Genérico

Deu no Periscópio do JC: “Desde 1997, quando fundou o PT em Umbaúba, o atual prefeito, Anderson Fontes, adotou o “Professor Anderson” como sua identidade política em Sergipe. Eleito vereador em 2000, convidado pelo então prefeito Marcelo Déda para ser secretário de Orçamento Participativo em Aracaju e hoje prefeito, o petista é conhecido, em qualquer lugar que chega, como Professor Anderson. Agora, depara-se com outro Professor Anderson, aquele do PV e que, na semana passada, aderiu à pré-campanha do ex-governador João Alves Filho (DEM). “O pior é que recebi várias ligações perguntando se havia mudado de lado”, brinca o prefeito. Para evitar confusões, é melhor que o outro professor use apenas o Anderson Góis”.

 

O autêntico professor Anderson

Este jornalista, que militou no movimento estudantil quando era membro do PCB, conhece o autêntico professor Anderson, do PT. Este sempre debateu no campo ideológico, tem suas convicções (não está em discussão o mérito), mas nunca mudou de partido. Como prefeito de Umbaúba, está transformando um município pobre, com grandes problemas. Ganhou contra tudo e contra todos, o adversário Jorge Rico, usou de tudo com o apoio de algumas lideranças, entre elas, Augusto Bezerra. Anderson é a grata surpresa entre os novos prefeitos.

 

Do outro Anderson

Já o outro Anderson, hoje no PV, foi candidato a prefeito de Aracaju pelo PCB, com um discurso ideológico. Os eleitores que ele conquistou certamente não estão satisfeitos com o novo rumo. Foi para o PV e comenta-se que vai para o PP. Isto mesmo. O PP, que é o antigo PDS que surgiu da Arena, aquele partido que sustentou a ditadura militar. Quanta incoerência. Um jovem que em pouco tempo se perdeu na política e não consegue se eleger vereador em Aracaju. Pode anotar! E vai para o PP que apóia Dilma e em Sergipe apóia João Alves. Mais uma incoerência.

 

Prática errada de Marcelo Déda

E na semana passada o governador Marcelo Déda confirmou que anda fazendo na política o que sempre contestou. Seus conselheiros políticos estão “batendo cabeças”. Déda foi atrás de Anderson, do PV, prometendo juras de amor e tudo mais. Só faltou prometer uma secretaria de Estado. Essa não foi a mudança que a maioria do eleitorado sergipano acreditou.

 

Reajuste servidores

O governador Marcelo Déda deve anunciar esta semana o reajuste dos servidores públicos. Como já passou o prazo para reajustes acima do Indice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, por conta do ano eleitoral (era até abril), o governador só pode reajustar até o índice que chegou a quase 5%.

 

Artigo de Gilson Souza

O artigo do jornalista Gilson Sousa, com o título “Bezerra e o desejo latente de levar uma surra”, repercutiu muito entre os leitores. A maioria esmagadora elogiou o jornalista. Alguns poucos foram contra (inclusive dentro de sua linha democrática o blog publica hoje um artigo do radialista Marcos Aurélio rebatendo o artigo). Este jornalista, sem dúvida nenhuma, assinaria o artigo de Gilson Sousa com todas as letras.

 

H. Dantas entrega novo rebocador para a Vale

A Vale recebeu do Grupo H. Dantas o primeiro de uma série de 4 rebocadores, do modelo ASD 24/45 – Robert Alan, encomendados pela empresa. O projeto do rebocador é canadense e utiliza o sistema azimutal – sem leme – e é considerado o melhor projeto que existe no mundo para esse tipo de embarcação. E é aqui em Sergipe, no Estaleiro Santa Cruz, localizado na Barra dos Coqueiros que eles estão sendo construídos.

 

Empresa sólida

Na solenidade, o gerente geral de engenharia de navegação da Vale,  Nelson Coelho Alves disse ter escolhido a H. Dantas por ser “uma empresa sólida e capaz de atender as necessidades da Vale”. Também presente, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Turismo, Jorge Santana disse que “não faltará apoio do governo do Estado para as iniciativas que geram emprego e renda para os sergipanos”. Na oportunidade, Marcelo Prado, diretor-presidente da H. Dantas, se mostrou otimista ao ressaltar que devido ao aquecimento da indústria naval novos empreendimentos estão em andamento.É a H. Dantas dando a sua contribuição para desenvolvimento de Sergipe, como vem fazendo nos seus quase 100 anos de existência.

 

Carro do Projeto Viver a Vida na Universal

Na última sexta-feira, 14, às 7h35, um veículo Fiat Uno, chapa branca IAA-8975, com plotagem na porta de Projeto Viver a Vida, estava parado na Rua Santa Catarina, do lado direito, próximo à Igreja Universal, com o pisca alerta ligado, aguardando uma passageira, engarrafando todo o trânsito. É o “universo público”.

 

Bezerra apronta mais uma no sábado

O secretário de Governo, Bosco Mendonça, encontrou com o deputado federal José Carlos Machado num restaurante no sábado, no Iate Clube, e o mesmo estava acompanhado de Augusto Bezerra. No meio da conversa Augusto voltou a chamar o governo de corrupto, quando Bosco rebateu as acusações ele fez um escândalo de que poderia ser agredido. Chegou a ligar para jornalistas. Que coisa feia: Augusto está desesperado porque todo Sergipe sabe que ele não pode perder a imunidade parlamentar. E busca, como bem escreveu Gilson, um “pavio curto” para virar vítima. Em outubro, quem sabe o eleitorado não saberá colocar o Bezerra em seu devido lugar.

 

Poluição nas praias

No último final de semana diminuiu a poluição nas praias de Aracaju que foram consideradas próprias para banho. Espera-se agora que esqueçam do problema e que continuem passando a ideia de que o problema é só por conta das fortes chuvas, o que não é verdade. A Adema, assim como a Emurb e a Deso, precisam unir forças para fazer uma verdadeira fiscalização na Zona de Expansão. A Adema é responsável pelos condomínios, a Emurb, pelas residências e a Deso pode também intervir fazendo uma verificação nas redes  de escoamento das águas pluviais e de esgotamento sanitário. Tem muita residência com a rede ligada irregularmente fazendo com que os esgotos sejam  enviados pela rede de escoamento das águas pluviais.

 

Laudos da Adema

É importante que a Adema não só continue monitorando todas as praias, mas também deixe que os técnicos continuem trabalhando com toda lisura. A pressão por conta da proibição de banhos nas praias foi forte. Tem gente que pensa apenas no lucro e esquece da saúde da população. Tem gente do próprio governo que achou um “engodo” o nível alto de coliformes fecais nas águas da praia. Com certeza um ignorante na área sanitária, pode ter certeza.

 

Blog de Clóvis Barbosa

O advogado e conselheiro do TCE, Clóvis Barbosa lançou um blog onde publicar artigos sobre o cotidiano, notícias a respeito dele, petições e pareceres jurídicos. Vale a pena conferir: http://clovisbarbosa.blogspot.com/

 

Saumíneo vai à CDL

Dando seqüência ao Projeto “Conversando com o Lojista”, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL) programou para esta quinta-feira, 20, mais uma reunião-almoço a partir das 12h para ouvir o presidente do Banese, Saumíneo Nascimento.

Segundo Samuel Schuster, a palestra que terá como tema as diversas linhas de crédito disponibilizadas para a classe lojista sergipana, ocorrerá no Centro de Convenções da CDL, rua Santa Luzia, 570, onde são esperadas as presenças de aproximadamente 120 associados.

 

Participação dos associados

“Sendo o Banco do Estado de Sergipe S/A, um estabelecimento voltado para o fomento e desenvolvimento sócio econômico do Estado, torna-se imprescindível a participação dos nossos associados e convidados para tratar de tema da maior relevância para o nosso segmento”, diz o presidente da CDL. O acesso à palestra de Saumíneo Nascimento é gratuita e direcionada aos associados da CDL, FCDL, Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), além de convidados dos segmentos produtivos do Estado.

 

Infonet entrou para a torcida do GACC/SE

A Infonet entrou para a Torcida GACC/SE. A Infonet como sempre é parceira da instituição que atende a mais de 70 crianças carentes portadoras de câncer. Já está veiculando em algumas páginas do portal eletrônico um anúncio da campanha entitulada Torcida GACC, o qual ao ser clicado leva até o site oficial do GACC e lá os ususários podem ficar sabendo mais sobre a campanha. Para adiantar, o GACC/SE está vendendo produtos com motivos da Copa do Mundo 2010, sendo camisa a 20 reais, bandeira a 12 reais, squeeze 07 reais e porta-lata a 5 reais. Dependendo da quantidade há descontos e a partir de 5 produtos é entregue em domicílio. Então fica aqui o recado a todos de bom coração, se na Copa do Mundo todos usam produtos com as cores verde e amarela, então compre os produtos do GACC/SE, além de torcer pela seleção canarinho, você ajuda as crianças a vencerem o câncer. Façam como a Infonet: PARTICIPEM! Os telefones de contato do GACC/SE são: 3211.5642 (Casa de Apoio) e 3216.3737 (telemarketing). Eu também já estou na torcida GACC/SE.

 

ARTIGOS

Sobre o aniversário do blog – Narcizo Machado Filho

Acompanhar o blog de Claudio Nunes foi e será sempre satisfatório. Ao lê, hoje sua coluna lágrimas surgiram, e com certeza, si ele (Célio Nunes) estivesse entre nós elas também surgiriam. Manter um blog opinativo, denunciante é difícil, principalmente num Estado em que, segundo alguns é “terra de muro baixo” coisa que não acredito, somos sábios, tanto é que lemos sua coluna.

Não ser subserviente, quando se trata de um jornalista político para muitos é difícil, mas você tira e letra, você tem convicção política, suas opiniões são boas e ruins na medida certa, no momento certo, embora muitos não gostem. Esses com certeza foram os que, o colocaram nas barras da justiça, lhe aplaudiram antes, degustaram das suas letras, elogiaram bastante a receita escrita por você, mais para eles o importante era, manter você por perto, sendo subserviente aos seus anseios, como não foi e nunca será possível, surgiram então diversos processos judiciais. Fazer jornalismo num país como o Brasil não é nada fácil, não esmoreça nunca, permaneça firme, que seus leitores saberão reconhecer o seu potencial jornalístico.

Obrigado por aturar as minhas pequenas linhas, escritas e publicadas em seu blog. A lisura, a imparcialidade e a coerência do seu blog, fazem com que muitos, centenas, milhares, degustem das suas letras firmes, honestas e sinceras. Parabéns. Narcizo Machado Filho.

Universidade democrática – Paulo Afonso de Almeida

Caro Cláudio Nunes, na última sexta-feira (14.05.2010) a Universidade Federal de Sergipe (UFS), quando comemorava 42 anos de sua existência, em seção solene dos Conselhos Superiores daquela instituição, deu conhecimento público de ato administrativo de revogação das Portarias, exaradas pelo Reitor João Cardoso, por determinação do  Comando da 6ª Região Militar que queria que 38 estudantes fossem expulsos dos seus respectivos cursos superiores. Naquela época vivíamos em pleno regime militar onde os estudantes eram perseguidos, presos, torturados e mortos nas masmorras dos quartéis, muitos deles até hoje não encontrados.

Os militares que estavam no poder não aceitavam que a “ordem” imposta fosse contestada. Os estudantes teriam que ser expulsos, mas, João Cardoso, homem de fibra e democrata por princípio, não acatou o pedido e, para não ser entendido como desafio à determinação dos chefes do poder, o Magnífico Reitor, apenas baixou portarias ordenando que os (38) estudantes estavam proibidos de exercer qualquer liderança dentro da Universidade. O regime ditatorial não percebeu a manobra para salvar os estudantes da expulsão, e, hoje, todos agradecem o comportamento do Reitor.

O gesto político da UFS, muito embora sem resultado prático para os hoje sessentões, tem um significado impar do ponto de vista do resgate da dignidade e do respeito às liberdades que tanto defendíamos e lutávamos naquela época. A sensação é de reafirmação de que os estudantes estavam com a verdade. 

Quando o “tapa” vira instrumento de combate à oposição – Marcos Aurélio*

Meu caro, Cláudio Nunes.Não consegui me conter, ao ler na coluna deste sábado (16), um artigo assinado pelo jornalista Gilson Souza, que também é assessor do deputado, líder do governo de Déda, na Assembléia Legislativa. Antes de emitir minha opinião sobre o conteúdo, e principalmente, sobre a mensagem principal do texto, preciso expressar, publicamente, a admiração que tenho, e continuarei a ter, pelo homem, jornalista e assessor, Gilson Souza. Pessoa de fino trato, cuja admiração é referendada por todos que o cercam. Gilson é do bem!

No entanto, não poderia deixar de registrar a minha impressão sobre, não somente as palavras, mas acima de tudo, sobre o pensamento, o desejo expressado por Gilson, a respeito do comportamento do deputado estadual Augusto Bezerra. Não repetirei as palavras do amigo Gilson, aconselho aos leitores, aqueles que não leram, a lerem o que expressa o jornalista. Vale ressaltar que, como o mesmo é assessor de Gualberto, líder do governo Déda, acredito estar Gilson, em sintonia com o pensar, não só do seu assessorado, como de várias pessoas que fazem parte do atual governo.

E o que estaria movendo esse pessoal a tamanho descalabro? Sim, é um descalabro, imaginar que a solução para combater àqueles que fazem oposição, de um jeito, ou de outro, seja a vontade de “surrar” alguém. Há muito tempo que o homem deixou a agressão física contra aqueles que lhe são desafetos para trás. Hoje, no mundo civilizado, se alguém nos importuna, por mais que extrapole os limites da paciência humana, o caminho recomendado, é a justiça.

Imaginar, desejar, ou torcer para que o nosso desafeto receba uma “surra” é algo que deve nos preocupar. É verdade que o jornalista Gilson, assessor de Gualberto, acaba transferindo a responsabilidade pela origem do desejo da agressão física, ao próprio Augusto Bezerra. Ao afirmar que o deputado oposicionista estaria com a intenção de ser “surrado”, Gilson está dizendo, e o próprio acaba escrevendo isso, que os dois deputados do governo, seu assessorado, e o ex-secretário da saúde, Rogério Carvalho, só não “bateram” em Augusto, por serem homens sérios.

O que está acontecendo é, ao chegar à metade do seu quarto ano de mandato, o governo de Déda não conseguiu criar no consciente coletivo, a mesma imagem positiva criada durante a campanha eleitoral de 2006. O discurso da mudança não conseguiu se transformar em realidade, o que seria feito com a realização, não somente de “obras” físicas, mas, principalmente, das “obras” no comportamento político.

As pessoas, ao se dirigirem às urnas em 2006, demonstravam cansaço com a postura daqueles que governavam Sergipe, utilizando-se do dinheiro público para cooptar lideranças regionais, que sem prestar nenhum tipo de serviço ao cidadão, enchiam as burras com o dinheiro público, e esbanjavam riqueza, dando, ai sim, um “tapa” na cara do cidadão sergipano. Quantos, mas quantos mesmos, nas cidades sergipanas, empunharam a bandeira da mudança? Foram muitos que se somaram ao projeto do PT, de Déda e da oposição, na esperança de verem as coisas mudarem, mas mudarem de verdade!

Ocorre que a decepção dessas pessoas foi muito grande. E começou logo nos primeiros passos do governo da “mudança”. E sabe como Gilson? Quando aqueles que empunharam a bandeira da oposição, à época, em 2006, sentiram o gosto amargo da ingratidão. Sim, um dos exemplos mais evidentes dessa forma grotesca e perversa do relacionamento entre as pessoas, aconteceu na pequena cidade do nosso Estado, quando uma diretora, “joazista” de carteirinha, foi indicada para “continuar” no mesmo cargo diretivo, na escola que trabalhava, a pedido de uma liderança política, que tinha interesses nos votos do líder daquela diretora. O detalhe mais sórdido foi a mesma comparecer no ato de sua recondução ao cargo, vestida de verde, e cantando a música famosa, “eita que eles estão aperreados…”.

É duro meu caro Gilson, para o cidadão sergipano, achar motivação para ir às ruas e novamente defender a continuidade da “mudança”, quando as práticas do atual governo se assemelham, e muito, aos governos anteriores. Basta observarmos as nomeações dos cargos comissionados. Muitos nem precisaram levar documentos novos, pois já constavam do cadastro existente na Casa Civil, que mais se parece com uma “Casa Servil”.

Pergunte aos vereadores de Itabaiana, os que foram às ruas todas as noites, pedirem aos amigos que votassem em Déda, o que eles acham do comportamento do PT, naquela cidade, que convidou para os cargos estaduais, os eleitores de João Alves?

Por fim, caro amigo Gilson Souza, não adianta nada desejar, ou até mesmo comemorar a seriedade de Gualberto e Rogério, e devido a ela, não termos tido o desprazer de vermos no parlamento sergipano, as cenas que assistimos em alguns parlamentos asiáticos, com socos e pontapés. O que precisaríamos ver, para continuar empunhando a bandeira da “mudança”, era algo muito simples de acontecer, bastava que a “mudança” realmente estivesse acontecendo, de verdade, e não apenas no comercial da TV. Era preciso que o cidadão sergipano estivesse sentindo, ao seu redor, os efeitos positivos daquilo que ele tanto acreditou.

Talvez, se isso realmente tivesse acontecido, os efeitos das palavras e atitudes de Augusto Bezerra, Venâncio Fonseca, e do próprio João Alves, não estivessem sendo levados em conta pela maioria do povo sergipano. E tem mais, se a “mudança” estivesse em construção, pessoas sérias, ai sim, como Nilson Lima, até poderia ter saído do governo, o que é perfeitamente natural, mas não estaria encorajado a disputar o governo estadual, pregando um projeto alternativo para o nosso Estado.

*Administrador de Empresas e Radialista.

Em solidariedade aos servidores do TJSE  Rodolfo S. Gouveia

Venho acompanhando através da mídia a controvérsia gerada entre a categoria dos servidores do judiciário – em greve desde o último dia 10 – e a direção do TJSE. De início, registre-se o quanto esta mídia cede um enorme espaço nos seus canais ao Tribunal e deixa muito a desejar quando se refere aos trabalhadores, dando sinais característicos da falta de imparcialidade, traço típico do falso senso democrático que ainda impera nos meios de comunicação do Brasil, onde a democracia é a do mais forte. Outrossim, ao analisar os dados vangloriosamente propagandeados pelo TJSE, afirmando ter concedido de 2004 até hoje cerca de 100% de aumento aos servidores, alguns pontos merecem uma observação mais atenta: 1º – nominalmente, os reajustes concedidos aos servidores desde 2004 até hoje atingem a soma de 73,10%; 2º – durante o período de jan/2004 à mar/2010, deve-se observar que o acumulado da inflação atingiu aproximadamente 50%, de acordo com dados do IPCA divulgados pelo IBGE, corroendo boa parte dos reajustes concedidos e pondo por terra os argumentos de enormes ganhos reais; 3º – com exceção da Lei nº. 6.737 de 28/10/2009, que refletiu apenas sobre a remuneração dos efetivos, o demais reajustes foram concedidos de modo linear, refletindo em toda a folha de pagamento e incidindo sobre as grandes remunerações dos CCs e FCs; 4º – não é demais também lembrar que de 2004 à 2010 são seis anos, espaço de tempo longo para se considerar como efetivo ganho em remuneração, onde sabemos que outras categorias, como as Polícias Civil e Militar tiveram ganhos reais, merecidamente, em muito menor tempo, de modo que ao se completar o plano remuneratório das referidas categorias, seus vencimentos foram aumentados em mais de 100% – frise-se, em lapso temporal menor; 5º – convém salientar que magistrados de 2003 à 2010 tiveram cerca de 200% ou mais, em alguns casos, de aumento no subsídio, devendo observar-se que se trata de percentual muito maior incidente sobre uma remuneração também muito maior, inclusive (nada contra as Suas Excelências), com ameaça de greve em 2003, basta-se ler o blog de Cristian Góes de 28 e 30/07/2003. Resta saber como o TJSE chega ao cálculo dos 100%, pois de acordo com as leis acima citadas, não se chega a este patamar. Ademais, como diria um amigo meu, informação oficial não merece “credito”, que o diga os casos dos nobres policiais, em que o governo resistia lhes propiciar uma remuneração digna e de repente, não mais que de repente, achou uma solução. Cabe ainda a curiosidade de demonstrar que percentual grande incidente sobre valor pequeno é o mesmo que nada, se em determinado mês recebe-se R$ 1,00 e no mês seguinte a fonte pagadora passa a pagar R$ 2,00, deve-se considerar que foram pagos pomposos 100% de aumento. Sendo assim, é de bom alvitre o TJSE enxugar sua folha de pagamento, acabando com os marajás do serviço público para desenvolver um plano de cargos e salários e estimulando seus servidores, aqueles que não trazem do nascimento um laço de parentesco de alguém capaz de torná-los ocupantes de uma “casta” superior, comumente atrelada aos amigos do rei, pondo fim à distorção salarial que impera no seio deste poder. Tenho certeza que tal medida tornaria melhor a prestação do serviço jurisdicional, tanto as partes como aos seus advogados e procuradores”. Rodolfo S. Gouveia.

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claudionunes@infonet.com.br

 

Frase do Dia

“Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstrata de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos”. Carlos Drummond de Andrade.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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