Devido a grande divergência entre os países, algo precisa ser feito para que a gestão das florestas seja uma prioridade em nível internacional. A secretária de Estado para a Agricultura de Luxemburgo, Octavie Modert, no V fórum das Florestas, enfatizou a necessidade de os países estabelecerem objetivos comuns e quantificáveis para preservar e restituir as florestas e promover sua gestão sustentável. A FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura alertou que a proteção e a boa manutenção das florestas são fundamentais para reduzir a fome e a extrema pobreza no mundo. Cerca de 240 milhões de pessoas pobres que vivem em áreas florestais dependem da proteção das florestas e da indústria que geram, que se consolidou como “uma das áreas fundamentais para a economia mundial”, pois representa cerca de 3% do comércio do planeta, segundo os especialistas. Para a FAO, as florestas são de vital importância para a “sustentabilidade” do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais, pois diminuem as mudanças climáticas, melhoram os ambientes urbanos, promovem a produtividade do terreno e protegem recursos marítimos e litorâneos. Segundo o ex-presidente do BNDES e atual Ministro da Fazenda, Guido Mantega, parece existir má informação e também outros interesses por trás de declarações a respeito das reservas naturais brasileiras. Na Floresta Amazônica, o sul do amazonas é foco local de desmatamento, apesar do Estado ter apresentado redução no índice de desmatamento. Lábrea é a cidade campeã do desmatamento na Amazônia. Estão envolvidos nas frentes de desmatamento em Lábrea, uma das áreas mais remotas do Amazonas – com florestas de cedro e mogno (espécies nobres de madeira) -, fazendeiros de gado de Rondônia e do Acre. Grileiros desses Estados foram identificados como os responsáveis pela falsificação de documentos das terras desmatadas, disse o gerente executivo do Ibama. Em 2005, teve início um trabalho conjunto do Ministério do Meio Ambiente e do Governo de Mato Grosso para reduzir o desmatamento. A necessidade de parceria entre o ministério e o governo estadual, segundo a Ministra Marina Silva, surgiu após a Operação Curupira, quando foi presa uma quadrilha que há 14 anos atuava na extração ilegal de madeira Dados do Ministério do Meio Ambiente apontam redução no desmatamento na Amazônia. A aprovação do Projeto de Lei de gestão das Florestas Públicas, pelo Senado Federal, e o encaminhamento, ao Congresso Nacional, do PL de Acesso aos recursos Genéticos, estão entre as prioridades do Ministério do Meio Ambiente para 2006. De acordo com a Ministra Marina Silva também estão no topo da agenda deste ano a implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos e a continuação das ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia que, em 2005, caiu pela primeira vez em nove anos. O PL de Florestas regulamenta a gestão de florestas em áreas públicas, cria o Serviço Florestal Brasileiro e estabelece o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal. O projeto será um inibidor de ocupações ilegais em terras públicas que, no caso da Amazônia, chegam a 75% da área total. A ministra Marina Silva ressalta que o projeto será fundamental para fazer a ponte entre preservação e desenvolvimento sustentável, dar cidadania ao setor produtivo, acabar com a grilagem e promover um novo paradigma de desenvolvimento. Já o PL de Acesso aos Recursos Genéticos caracteriza o crime de biopirataria e garante uma ação penal efetiva. Segundo a ministra, o Brasil, por ser um país megadiverso, com cerca de 22% das espécies nativas do planeta, precisa de uma legislação urgente para conter a biopirataria. É dever de todos nós, brasileiros, estar presente na luta para que a conscientização supere os fins comerciais e como conseqüência tenhamos uma Floresta Amazônica fortalecida. Assim sendo, não devemos esquecer, nossa participação é importante para que todos os projetos se transformem em realidade e consigam acabar com o desmatamento irresponsável da Amazônia (Ambientebrasil)
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