Divisor de águas

Divisor de águas

Ao desembarcar ontem em Aracaju, o candidato à reeleição Marcelo Déda (PT) disse que a sua inocência atestada pelo Supremo Tribunal Federal é um divisor de águas nesta campanha eleitoral. Segundo ele, a decisão da mais alta Corte do país sepultou o único discurso que a oposição tinha contra ele, estimulou a militância política e deu a garantia aos sergipanos que a sua eleição em 2006 foi resultado da vontade soberana do povo. Déda está correto quando afirma que o julgamento do seu processo foi um duro golpe na oposição, que torcia por sua condenação para alardear que o governador era um ‘ficha suja’ e que, portanto, não poderia continuar governando Sergipe. A 11 dias das eleições, será muito difícil para o candidato João Alves Filho (DEM) manter o entusiasmo de seus seguidores e superar Marcelo Déda, apontado por todas as pesquisas com o líder das intenções de votos.

Fora de tom

Talvez acreditando que Marcelo Déda seria condenado pelo Supremo Tribunal Federal, a coordenação do programa eleitoral de João Alves Filho (DEM) colocou ontem na ar parte do debate promovido pela TV Atalaia, onde a candidata Avilete Cruz (PSOL) indagava o petista sobre seu processo. Ficou claro que estava tudo pronto para, caso Déda fosse condenado, o discurso de ‘ficha suja’ ocupar quase todo o horário eleitoral gratuito do DEM.

Tirando onda

O candidato a vice-governador Jackson Barreto (PMDB) anda tirando a maior onda com a candidata a governadora Avilete Cruz (PSOL). Ontem, ele postou em seu twitter que a moça trocou o sobrenome de Cruz por Alves e explica: “é que nos debates, Avilete só levanta a bola para João Alves chutar contra Déda”. Barreto aumentou as criticas à candidata depois que o Supremo absolveu o governador das acusações de usar recursos públicos na campanha eleitoral passada.

Minitrios proibidos

Em novos julgamentos realizados ontem, o Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe (TRE) manteve a decisão de proibir o uso de minitrios na campanha eleitoral. O Pleno julgou nesta terça as representações da Procuradoria Regional Eleitoral contra os candidatos a governador Marcelo Déda (PT) e a deputado estadual José do Prado Franco Sobrinho (PDT). Em ambas as decisões, o TRE proibiu os candidatos de utilizarem minitrio para veiculação de seus “jingles” de campanha e, em caso de descumprimento, fixou multa diária de R$ 2 mil e apreensão do veículo.

Com empresários

O candidato a governador João Alves Filho (DEM) participa hoje de mais uma reunião-almoço. Será logo mais às 12 horas no Centro de Convenções da CDL, na rua Santa Luzia. O demista vai falar para os sócios da CDL, SPC e FCDL sobre seus projetos para o caso de ser eleito em 3 de outubro próximo. Antes de João, os empresários assistiram explanação do candidato à reeleição Marcelo Déda (PT).

Sem dormir

E os candidatos ‘ficha suja’ estão à base de Lexotan desde ontem quando o ministro do Supremo, Antônio Dias Tóffoli, pediu vista do processo sobre se a Lei da Ficha Limpa já vale para estas eleições. Os ‘sujinhos’ torciam que a decisão saísse ontem para eles tocarem ou não a campanha nesta reta final. Com o pedido de vista, terão que esperar mais algumas horas e isto está deixando-os nervosos. É provável que o processo seja julgado nesta quinta-feira.

Correndo atrás

Será nesta quinta-feira o ato político liderado pela senadora Maria do Carmo (DEM) em favor da reeleição do deputado federal Mendonça Prado. Vai ser às 18h, na sede do comitê de Mendoncinha, localizada na rua Cedro, em Aracaju. “Minha mãe entrou na campanha e vai fazer a diferença. Por isso, estamos convidando os amigos, os admiradores, ‘as mulheres de Maria, ‘os amigos do 2510’ e todo o povo para esse grande encontro no nosso comitê”, afirma Ana Maria Alves, esposa de Mendonça.

Novo capítulo

Ficou para hoje o julgamento do processo que pede a cassação do deputado estadual André Moura (PSC). Agora foi o juiz Ancelmo Oliveira quem pediu vista para avaliar melhor a documentação. É provável que o julgamento ocorra nesta quinta-feira, depois de vários adiamentos. O parlamentar é acusado de não ter declarado uma considerável soma de dinheiro em suas contas de campanha. Com o mandato ameaçado chegando ao final, André Moura é candidato a deputado federal.

Ameaça de greve

Quem vai precisar de dinheiro para gastar nos dias que antecedem as eleições é bom sacar a ‘grana’ logo, pois os bancários ameaçam entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira. Eles prometem cruzar os braços se até lá a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não atender a reivindicação da categoria, que quer reajuste salarial de 11%. Os representantes dos banqueiros consideraram o pedido “exageradamente alto”. A determinação dos bancários pela paralisação ficou mais forte depois que a Fenaban ofereceu ontem correção de apenas 4,29%, equivalente à inflação dos últimos 12 meses.

Do baú político

Em Sergipe, não se discute outra coisa que não seja a acirrada e caríssima disputa pela segunda vaga para o Senado. Nas rodas de conversas, afirma-se que vencerá quem comprar mais votos, enquanto outros se encarregam de alardear os preços pagos a vereadores, prefeitos e lideranças políticas de menor importância. Vale lembrar que nem sempre a compra do apoio político é garantia de eleição. Quem não se lembra do advogado Danel Tourinho, um sergipano radicado no Rio de Janeiro que, em 1989, resolver se eleger deputado federal em Sergipe? Presidindo o partido do candidato a presidente Fernando Collor, o cidadão desembarcou em Aracaju montado na ‘grana’. Reuniu centenas de lideranças políticas no Iate Clube para lançar a campanha mais cara já vista pelos sergipanos. Seu comitê vivia lotado de políticos, que saiam sorridentes e prometendo milhares de votos para o candidato. Os mais otimistas garantia que Tourinho seria o deputado federal mais votado, porém ao serem abertas, as urnas expuseram o tamanho da traição. Com menos de 15 mil votos, Daniel Tourinho não ficou nem na primeira suplência. Envergonhado, botou a viola no saco e voltou para o Rio.

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