Colégio Fernando Azevêdo e Academia Dorense de Letras

O COLÉGIO FERNANDO AZEVÊDO E A ACADEMIA DORENSE DE LETRAS PROMOVERAM UM PANEGÍRICO À LITERATURA, À CULTURA E À EDUCAÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS DORES

Foi durante a solenidade de lançamento do livro: “Histórias de Alunos”, do Projeto Construção Historiográfica do Colégio Professor Fernando Azevedo, na cidade de Nossa senhora das Dores – Sergipe. Numa mistura de garra, surpresas, expectativas e indagações, Dores viveu uma noite histórica com o lançamento da quarta edição do livro Histórias de Alunos. A data foi 20 de dezembro de 2018; o local, a Arena Society Tentação; a realização foi do professor Luiz Carlos de Jesus, confreiras e confrades da Academia Dorense de Letras, diretores, coordenadores, professores, alunos e funcionários do Centro de Excelência Fernando Azevedo. Significa dizer que foi uma festa além de todas as possibilidades, e até da razoabilidade, uma vez que sabemos como é difícil mover a cultura e, sobretudo, as letras no nosso país.

O público foi estimado, por baixo, em 700 pessoas, creio que tinha bem mais. Eu, é claro, como sempre fiz, estava lá. Na verdade, eu e meus fiéis companheiros: Salete, Hélio e, também, Natália. Esta, uma nova amiga que, a pedido do poeta dorense Cleones, viajou conosco, pois queria ver como era uma festa acadêmica literária. Saracura, o outro componente da equipe, desta vez não pôde ir; completava, justo naquela data, 49 anos de casado, e ficou comemorando! Fez falta este meu amigo, mas entendemos, afinal, não é todo dia que se completa quase meio século juntos.

Nossa viagem foi ótima, mas chegamos em cima da hora, quer dizer, uns trinta minutos depois do combinado. A festa ainda não tinha começado, todavia, estávamos atrasados. Prometemos chegar às 7 horas e já eram 7h30. O atraso se deu por conta do ‘pare e siga’ da estrada e do engarrafamento na saída de Aracaju. Quando chegamos a Dores, sem saber onde seria a festa, ligamos para prof. João Paulo, que nos informou ser no espaço Society Tentação, próximo à estação rodoviária. Sob a orientação de Salete, nativa do lugar, seguimos pela parte posterior daquela estação de passageiros e logo chegamos a uma rua com muitos carros estacionados de um lado e outro. A princípio, pensamos tratar-se de carnaval fora de época, trio elétrico, cantor baiano etc. Era muita gente chegando. Na verdade, uma multidão fervilhava na entrada do clube, exatamente o local que procurávamos. Não deu nem para parar na frente e tivemos que passar, pois formou-se, atrás de nós, uma enorme fila de carros. Seguimos em busca de vaga, e nada de encontrar. Já ultrapassávamos uma grande distância quando resolvemos dar a volta, refazer o caminho, deixar as mulheres em frente ao clube e apenas um iria buscar vaga. Foi assim que aconteceu, já previa o tanto que eu teria de andar de volta. Mas de repente um senhor, que certamente tinha visto a gente passar na primeira vez, deu com a mão. Eu parei e ele disse: estacione aqui, em frente à minha garagem, não vou sair mais hoje. E eu conheço o senhor, viu? Pode estacionar!

Um pouco surpreso com a gentileza, e agradecido, estacionei trancando a saída do seu veículo e, preocupado, perguntei: não vai impedir o senhor sair? Ele disse: “Não se preocupe. Só sairei amanhã, e você já deve ter ido”.

É, amigos, vocês precisam conhecer a cidade de Nossa Senhora das Dores. A cidade e o seu povo para comprovar o que estou demonstrando. Povo educado e de boa-vontade. Apressado, agradeci. E ia saindo quando ele disse: “eu vou também”. Juntos nos dirigimos ao clube que, pelo que percebi, já estava lotado. “Vou ficar em pé”, pensei. “Bem feito, quem manda chegar atrasado?”. Que nada! Todos das Academias Dorense e Gloriense estavam reunidos, já vestidos com as suas pelerines, postados no fundo do salão e preparados para entrar em cortejo acadêmico e, também, já tinham reservado cadeiras bem na frente.

Sobre a festa escreveu João Paulo Carvalho, ex-presidente da Academia Dorense de Letras: “Histórias de Alunos” é uma obra que reúne escritos de discentes e docentes do Colégio Estadual Professor Fernando Azevedo, em Nossa Senhora das Dores. Em sua quarta edição e com periodicidade anual, a obra é coordenada pelo Professor Luís Carlos de Jesus e surgiu de uma intervenção da Academia Dorense de Letras (ADL) na escola, com a realização de uma “Quinta Literária”, em setembro de 2014. Naquela oportunidade, o acadêmico Domingos Pascoal ministrou uma palestra na escola, junto com outros acadêmicos, tendo como tema o Concurso Literário da Loja Maçônica Cotinguiba. Os próprios alunos propuseram, além da inscrição no concurso, um livro da escola. Em dezembro de 2014 foi lançado o primeiro volume e, desde então, anualmente, é editado um novo volume. A edição 2018 conta com a participação de 110 alunos e 10 professores. É verdade, o Projeto Construção Historiográfica, criado pelo Professor Luiz Carlos, do Colégio Professor Fernando Bezerra, já é uma marca. É um daqueles projetos que deram e estão dando muito certo e têm que continuar, pois já fazem parte da história da cidade de Nossa Senhora das Dores.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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