Ostecondroma: tumor benigno ou maligno?

Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.(Roberto Shinyashiki )

Trata-se de saliências ósseas cobertas de cartilagem que ocorrem na extremidade dos ossos próximo à sua placa de crescimento, felizmente são os tumores benignos mais comuns dos ossos, apesar de quase sempre afetarem os ossos longos da perna, da pelve ou da escápula, podem ocorrer em qualquer outro osso do esqueleto.

Infelizmente a causa exata do osteocondroma não é conhecida, no entanto a maioria é de ocorrência hereditária e aproximadamente 18% são exostoses múltiplas hereditárias, salientando de que os osteocondromas múltiplos parecem obedecer a uma hereditariedade autossômica dominante.

Nos osteocondromas ocorrem mutações nos genes localizados nos cromossomos 8 e 11; São tumores que se localizam nas adjacências das placas de crescimento, mas geralmente são placas de crescimento isoladas. Os ostecondromas são afetados e respondem a diversos fatores de crescimento e também a ação de hormônios, da mesma maneira que as placas de crescimento epifisário, são tumores longos e delgados, pedunculados em um talo, muitas vezes tomando a forma de uma couve-flor.

Observa-se que a capa da cartilagem é coberta por pericôndrio fibroso e continua com o periósteo do osso subjacente, que em geral tem menos de dois centímetros de espessura, no entanto, salientando de que uma formação de mais de dois centímetros de espessura sugere a transformação maligna do tumor.

Uma bursa (bolsa) aí localizada pode sofrer uma inflamação que afete sua parede revestida pela sinóvia, como resultado, os pacientes podem ter um inchaço local, limitação mecânica, impacto do nervo, pseudo-aneurisma do vaso sobrejacente, fratura no pedículo da lesão ou formação de bolsa sobre o osteocondroma.

Quadro Clínico

São Tumores mais comuns na segunda ou terceira décadas da vida afetando homens e mulheres na mesma proporção. Observa-se a presença de exostoses (crescimentos ósseos anômalos benignos) múltiplas, hereditárias,e que geralmente já estão presentes desde a primeira infância, embora só se manifestem clinicamente a partir da adolescência. Os osteocondromas ocorrem em 4% da população geral e representam 37% de todos os tumores benignos e 9% de todos os ósseos, curiosamente esses tumores afetam mais comumente os ossos longos do joelho e do antebraço, mas, menos frequentemente, podem aparecer também nos ossos chatos, como a pelve e a escápula.

A maioria desses tumores é assintomática e geralmente é encontrada incidentalmente, no entanto quando ocorrem sintomas, eles podem ser muito variados e se manifestam por uma massa dura, indolor e imóvel, podemos observar uma altura menor do que a estatura esperada para a idade, uma das pernas mais comprida que a outra, além de pressão ou irritação com exercício e dor dos músculos próximos.

Esses tumores podem vir a limitar funções e movimentos normais dos indivíduos, mas os principais sintomas surgem quando ocorrem complicações, como fraturas, deformidades ósseas, compressões de estruturas adjacentes ou problemas articulares mecânicos, salienespectando de que alguns dos sinais e sintomas clínicos de osteocondromas malignos são dor, inchaço e aumento progressivo de massa.

Diagnóstico

Devemos referir de que inicialmente o médico analisará o histórico médico do paciente e deve realizar um exame físico minucioso e criterioso, no entanto, como os osteocondromas são frequentemente assintomáticos, eles muitas vezes só são encontrados acidentalmente quando uma radiografia é feita em razão de outro motivo.

É sempre bom informar de que a tomografia computadorizada pode identificar a lesão óssea em grandes detalhes e mostrar a presença de calcificação, se houver, já a ressonância magnética é o método mais preciso para descrever a morfologia precisa de um tumor e é usada também para diferenciar um osteocondroma de outras lesões na superfície do osso, além disso ela também pode ser usada para detectar qualquer complicação vascular causada pelo tumor. Consideremos também que a realização de uma ultrassonografia serve para examinar a capa cartilaginosa do osteocondroma e para identificar uma eventual bursite. Importante salientar de que uma biópsia do tumor também pode ser feita para verificar se há ou não degeneração maligna.

Tratamento

Ele varia bastante, indo desde não fazer nada até a remoção cirúrgica da lesão, e irá sempre depender da idade do paciente, do seu histórico médico, da gravidade da situação, de preocupações estéticas e além de outros fatores pessoais.

A cirurgia pode ser usada para remover uma massa solitária ou fazer a excisão parcial do crescimento, quando os sintomas causam limitações de movimento ou invasões de nervos e vasos sanguíneos, no entanto os indicadores de sucesso cirúrgico em relação às características da doença e do paciente são muito discutíveis.

Salientando de que na ocorrência de dor, podem ser utilizados medicamentos para controlar a dor, devemos referir de que nos casos de enfraquecimento ou crescimento ósseo pode ser recomendado um acompanhamento médico para monitorar a situação.

Uma Boa e Agradável Semana.

MAKTUB!!!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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