O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado. Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo. ( Norman Vincent Peale ).
Uma pesquisa que apresentada em um encontro de biologia experimental em nosso país aponta que substância presente em materiais plásticos podem causar disfunções hormonais na tireoide e até levar ao ganho de peso.
O bisfenol A, presente em vários tipos de plásticos usados como recipiente para alimentos, está associado a distúrbios hormonais e obesidade, por isso da próxima vez que vocês comerem uma guloseima em um prato de plástico, podem culpar o recipiente e não o seu conteúdo pelos quilinhos a mais, ou seja foi observado ao em um estudo realizado no Brasil que mostra que essa situação aparentemente absurda pode ter um fundo de verdade, por que infelizmente o culpado é o bisfenol A, que trata-se de um composto usado na fabricação de plásticos associado a uma longa lista de doenças que não para de crescer e inclui a obesidade.
Algumas pesquisas realizadas na da Universidade Federal do Rio Grande do Sul corroboram a conclusão, já apontada por outros trabalhos, de que o bisfenol A altera os hormônios da glândula tireoide, e que pode inclusive levar ao ganho de peso.
Os estudos analisaram o efeito de diferentes quantidades de bisfenol A sobre as enzimas desiodases, responsáveis por transformar o hormônio T4 produzido pela tireoide em sua forma ativa, no hormônio T3,por sua vez esse hormônio irá se ligar a receptores no núcleo das células, estimulando diversas funções do corpo, indo desde os batimentos cardíacos, passando pela memória, até o gasto de energia.
Esses testes foram feitos em laboratório com as enzimas isoladas e, em todas as amostras, o bisfenol A impediu a ação das desiodases quando administrado em quantidade superior a 500 micromolar (o equivalente a dividir dois litros da substância em mil partes iguais e dividir novamente cada parte por mil),sabe-se de que no corpo humano, se essas enzimas param de funcionar e o T4 não é transformado em T3, a pessoa desenvolve um hipotireoidismo tecidual e suas células ficam mais lentas na produção e no consumo de energia; os hormônios tireoidianos têm um importante efeito estimulador sobre o gasto energético, por isso quando há um desequilíbrio entre a quantidade de energia que obtemos pela alimentação e a quantidade de energia que gastamos para manter o nosso metabolismo, pode haver problemas como o ganho de peso.
Infelizmente não é possível saber se a quantidade de bisfenol A usada nos testes teria o mesmo efeito no nosso organismo, pois, ao chegar à corrente sanguínea – por ingestão, inalação ou contato com a pele –, o composto é ‘filtrado’ pelo fígado, que pode (ou não) torná-lo menos tóxico, além do que tampouco é possível precisar a quantidade de bisfenol A a que estamos expostos todos os dias, por que o composto pode ser encontrado em toda parte: em acessórios de plástico que usamos em contato com a pele, em resinas aplicadas em tratamentos dentários, nos utensílios de cozinha, nas embalagens de plástico e em latas que guardam alimentos e até em forma de resíduo em partículas de poeira e na água.
Sabe-se de que os componentes tóxicos dos plásticos se acumulam no meio ambiente e intoxicam animais e plantas que fazem parte da nossa dieta, infelizmente não existe um valor exato, além disso não é obrigatória no Brasil a indicação da presença de bisfenol A em embalagens, no entanto em um levantamento feito entre 2008 e 2009 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos foi detectado níveis elevados do composto em 94% das 2.621 amostras de urina coletadas de pessoas com mais de seis anos, além disso, outros estudos já correlacionaram a concentração da substância na urina com a prevalência de obesidade em crianças, adolescentes e adultos.
No entanto é muito difícil saber a quantidade de bisfenol A com que temos contato em nosso dia a dia , pois é preciso considerar não só o bisfenol A que passa dos utensílios de plástico para os alimentos e bebidas, mas também a grande quantidade de material plástico que é lançada no ambiente e acaba contaminando terrenos e sendo ingerida por nós, ou seja como estamos no topo da cadeia alimentar, acabamos ingerindo esses animais e plantas que estão contaminados com o bisfenol A.
Os cientistas frisam de que a exposição ao bisfenol A é crônica, ou seja, o composto pode se acumular em nosso organismo com o passar dos anos e provocar danos de longo prazo, por essas e outras razões é de que trata-se de uma substância proibida em diversos países europeus e seu uso em mamadeiras e chupetas é vetado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);a exposição ao bisfenol A é crônica e pode começar desde cedo, por causa disso em nosso País esse composto é proibido em mamadeiras e chupetas.
Na relação de problemas associados ao bisfenol A estão ainda disfunções de estrogênio (hormônio que regula a ovulação), doenças coronarianas, distúrbios comportamentais e cerebrais (observados em animais) e danos à próstata em fetos e bebês, por isso existem muitas razões para proibir o bisfenol A de vez, porém a questão é: o que irá substituí-lo? Que composto será utilizado? Será que terá mais ou menos impacto sobre a saúde?”
Atualmente o bisfenol A tem sido alvo de muitos estudos em diversas Universidades Brasileiras , porém a toxicidade dos plásticos pode não estar associada somente a essa substância, por que observou-se em um realizado nos Estados Unidos que aponta que mesmo os materiais plásticos produzidos sem bisfenol A têm a capacidade de imitar o estrogênio e gerar distúrbios hormonais mais graves.
Na dúvida, os pesquisadores sugerem como consumidores, é importante que procuremos moderar a utilização de copos e recipientes plásticos, dando preferência a utensílios de vidro, além disso, é importante cobrar das autoridades uma destinação adequada do lixo, para minimizar a contaminação do ambiente com o bisfenol A.
Uma Alegre e cordial semana!!!