Encontro de namorados

Nadir e Genildo. Ela trabalhava em um supermercado, ele na rua José do Prado Franco, namorados que a cada dia se entendiam mais. As duas famílias já começavam a prever um casamento para breve. As irmãs de Nadir cochichavam sobre uns certos enjôos bastante significativos, o que poderia apressar o casório. Fofocas… Mas todos gostavam dos dois; um par aceito pelas suas famílias e amigos. A mãe de Nadir, como que não quer nada, dissera que, se um dia… se um dia, enfatizou bem, eles quisessem se casar e não pudessem alugar moradia, podiam ficar na sua casa.

 

Naquele dia de calor, com o sol brilhando sobre toda cidade, os dois marcaram um encontro no Siqueira, às seis horas da tarde, acertando que sairiam mais cedo do trabalho. Em segredo, iriam olhar um quarto em uma vila do bairro, que estava vago para alugar. Em ônibus diferentes, desceram perto da rua Bahia, para se encontrarem na esquina da padaria. Quando Genildo se aproximou do ponto do encontro, viu o fuzuê, um monte de gente e o carro da polícia. “Teve tiros… uns ladrões e a polícia”, ouviu alguém dizer. Na calçada da esquina, no meio da roda de pessoas, o sangue se espalhava. Deitados, dois corpos: um de um rapaz de bermuda, o outro era o de Nadir.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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