Erro estratégico

 

  O  fraquíssimo desempenho da candidatura a governador do atual deputado federal João Fontes (PDT), tem servido de alerta para outros candidatos. Um experiente analista político revelou para essa coluna que na hora de escolher uma agência para produzir os programas de rádio e televisão, é preciso saber distinguir entre o que é Marketing Eleitoral e Publicidade Comercial. Ele entende que João Fontes contratou uma das agências mais conceituadas em publicidade comercial, mas na realidade ele precisaria de uma equipe com experiência em marketing eleitoral estratégico.

  Em Sergipe não é só o PDT quem erra, muitos partidos e coligações desprezam o conhecimento prático de uma bem montada estratégia que reside às vezes no conhecimento de pessoas acostumadas a acompanhar o dia-a-dia da política de rua. Um bom exemplo: Jackson Barreto (PTB) formou alguns desses quadros em Sergipe e principalmente em Aracaju, são pessoas que não produziram lobbies para se apresentarem como sumidade no campo estratégico, mas que conhecem profundamente atitudes que podem mudar o rumo de uma campanha.

  Na estrutura administrativa do governo estadual, tem gente comissionada comprometida naturalmente com a reeleição do governador, que poderia contribuir bastante com a campanha, no entanto não é sequer escutada mesma quando tenta opinar através de interlocutores. O equívoco praticado pelos condutores das campanhas deixa dúvida se o lapso é por falta de visão ou por avaliação de que somente pode opinar numa estratégia eleitoral os que se apresentam por trás de uma agência de renome cobrando valores exorbitantes e que não conhecem a realidade local dos elementos políticos envolvidos no pleito. Fato idêntico aconteceu com o PT, PTB, PSB, PL e tantas outras siglas.  Enquanto eles desprezam a colaboração dessas pessoas, os erros se acumulam e as candidaturas sofrem o efeito despencamento.

  Mas no caso específico do PDT, para completar o quadro de agravamento, o partido não possui uma liderança capaz de estabelecer um único rumo e está sendo atropelado por decisões pessoais, enquanto um dos membros do diretório do partido é coordenador de uma campanha adversária, vários candidatos que concorrem ao cargo de deputado estadual abandonaram o federal do PDT e estão apoiando federais de outras siglas. Aliado a isso Fontes não apresentou uma proposta concreta de governo, apenas se militar em atacar Deda e João (este bem menos do que o outro) e dizer que é a mudança de verdade. Sem contar que nenhum pedetista pede votos para o presidenciável Cristovam Buarque (PDT) e erram imaginando que o eleitor não analisa a coerência dos envolvidos no pleito.

 

 

Operação Coqueiro verde I

Na fila do banco na última sexta-feira, um empresário chamou este jornalista para conversar sobre a “operação coqueiro verde”, que averigua a compra de um estabelecimento há quase três anos e o gasto na reforma de R$ 5 milhões, suspeitos de serem “não contabilizados”. Deu detalhes que estão sendo checados, inclusive a “coincidência” da empresa que reforma o estabelecimento.  

 

Operação Coqueiro verde II

Alguns fatos concretos que estão sendo investigados: o pagamento em cash de R$ 500 mil; a retenção da comissão da venda que fez que uma autoridade tivesse que pagar a diferença em seu próprio gabinete; o gasto de R$ 5 milhões para reformar o empreendimento e o último que pode ser a chave de tudo, uma “indenização” de R$ 800 mil que está pronta para ser paga através de empenho para outro empreendimento do mesmo ramo. O leitor não se preocupe os cocos deste coqueiro vão dar muita água, que para alguns pode ser amarga…

 

 

Caiu de quatro para um

Um leitor, que acompanha os jornais diários enviou um e-mail questionando o posicionamento de uma coluna. Ele disse que a coluna não faz criticas a João Fontes e sempre coloca o programa dele e a campanha em ascensão. O fato mais lamentável foi no último sábado, segundo o leitor ao analisar a pesquisa do Ibope, a coluna achou normal os números para Deda, mas usou o termo “não convenceu” para relatar a queda de Fontes de 4% para 1%.  Para o leitor está mais do que explicito o favorecimento da coluna para o pedetista. Este jornalista acha muito estranho avaliar os números corretos para um candidato e errado pra outro. Muito estranho…

 

 

Puro marketing I

A informação de que o governador João Alves (PFL), candidato à reeleição, vai morar no interior para tentar reverter o quadro eleitoral favorável ao seu principal adversário, não passa de mais uma peça de marketing político. Na realidade para alterar o resultado da eleição o governador não precisaria sequer sair da sua confortável poltrona. O fato é que depois de doze anos de governo e dentre eles os últimos quatro, o governador deixou de corresponder a muitas expectativas, tratou com indiferença antigos aliados e privilegiou excessivamente os familiares, criando entre seus principais colaboradores um misto sentimento de mágoa e decepção.

 

Puro marketing II

Esse comportamento foi tão explorado que criou um cansaço na turma que alimentava alguma esperança de reconhecimento e quando perceberam que o tratamento recebido era o de simples cabos-eleitorais, passaram então a se comportar como tal e principalmente os aliados do interior, colocaram a cadeira na porta e passaram a aguardar ansiosamente pelo momento em que o governador retornasse na companhia de seus familiares solicitando apoio para

a reeleição. Nesse momento eles estão aguardando a manife$tação do governador, ou caso contrário preferem apoiar o adversário.

 

Puro marketing III

É isso que está acontecendo e não adianta morar no interior. Ou chama um por um, pede desculpas e promove o acerto das pendências ou o quadro de debandada permanecerá inalterado, já que durante muito tempo foram alimentados por grandes momentos de expectativa. Como forma de combater o avanço da candidatura adversária espalhou-se o comentário de que a campanha do PFL começou na última sexta-feira, puro exagero, porque em tese a campanha pefelista está sendo conduzida desde a posse do atual mandato, o que pode ter começado agora, é o caimento da ficha de que algo precisa ser feito antes que a vaca se aproxime mais do brejo.

 

Espaço na imprensa

Este colunista está fazendo um levantamento do que é publicado nos três jornais diários sobre os candidatos ao governo e o espaço dado a cada um deles. Somente no último final de semana um deles publicou quatro páginas e meia de criticas indiretas a um candidato, sem contar com a manchete principal. E o pior quando a pesquisa é desfavorável ao candidato da “casa” o jornal simplesmente não publica nada.

 

Carreatas surpresas de João

Ontem o candidato pefelista fez carreatas surpresas no sertão sergipano. Passou pelos municípios de Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre e acabou em Canindé do São Francisco.

 

R$ 6 milhões na boca do caixa

Deu no site NeNoticias: “A coordenação de campanha de um  candidato ao governo informou aos principais líderes de suas bases no interior do Estado que vai “torrar” R$ 6 milhões em setembro. A ordem é botar o bloco na rua e sufocar seu principal adversário que, segundo pesquisas encomendadas para consumo interno, teria crescido muito fora de Aracaju. A partir do próximo dia 30, políticos do interior já poderão sacar dinheiro em espécie na boca do caixa”.

 

Deputado gozador

Ao tomar conhecimento da declaração de Almeida Lima (PMDB) de que precisa se preparar para as eleições vindouras e que para isso estaria arrumando a cabeça, um deputado federal da oposição fez a seguinte observação: “Só pode ser um novo penteado, já que ele passa o pente no cabelo, cerca de três vezes por minuto”.

 

Mudanças no programa de João I

Um assessor de João Alves revelou a este colunista que a crise que se instalou no programa eleitoral do pefelista provocou algumas mudanças. Porém, o marqueiteiro José Nivaldo Junior não gostou das investidas do secretário Carlos Batalha sobre o programa e declarou em alto e bom som que “quem manda no programa de televisão é ele”. Caso contrário ele pede demissão. Já um candidato a deputado não aceitou gravar a participação em um programa falando entre outros termos baixos sobre “cuecão” e perfeito picareta”. Quem escreveu isso esquece que toda vez que colocam baixarias no ar, o feitiço vira contra o feiticeiro.

 

Mudanças no programa de João II

O assessor explicou também que em uma das reuniões sobre as ações realizadas nas ruas, a deputada Celinha Franco disse que o advogado Emanuel Cacho está sendo subutilizado na campanha e que o mesmo precisa

promover o “revival” da onda verde urgentemente. A verdade é que o programa de televisão do candidato petista melhorou nas últimas duas apresentações, porém é preciso ter competência para administrar a dianteira existente segundo as pesquisas.

 

Empresários contentes

Alguns empresários estão contentes com o Comprasnet estadual, é que como a campanha está um tanto devagar, com os candidatos praticando redução de gastos, a sorte deles é que várias secretarias e órgãos estaduais estão

ofertando constantemente, coincidentemente nesse período, a confecção de camisas, adesivos, banners e até locação de palcos. Dessa forma eles estão conseguindo suprir a falta de encomenda desse tipo de material por parte dos

partidos e candidatos. Para os que desconfiam que esse material pode estar sendo utilizado na campanha eleitoral, um dos empresários contratados advertiu que não existe a menor possibilidade de isso estar ocorrendo. Essa coluna também acha!

 

Troféu Carlos Velloso

O secretário municipal de Finanças de Aracaju, Oliveira Júnior, disse que foi uma honraria grande ser homenageado pelo Instituto de Estudos Tributários de Sergipe, que organiza o VI Congresso de Estudos Tributários que começou ontem e vai até o dia 30 no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju. Oliveira recebeu o troféu Carlos Mário da Silva Velloso.

 

Tapou um buraco e abriu outro

Um empresário da construção civil está passando por dificuldades financeiras por conta de ter apostado na liberação dos recursos da ONU, do projeto “Via Rápida”. Como estava certo a chegada dos recursos o empresário começou a construir casas no interior, no lugar de algumas casas de taipa que foram derrubadas. Como não precisaria de licitação para realizar a obra não teria problema. Porém, como o dinheiro não chegou o empresário tem uma frase feita quando encontra algum amigo: “tapei um buraco e abri outro bem grande na minha empresa”.

 

 Frase do Dia

“O destino lhe atira uma faca. Cabe a você decidir se a pegará pelo cabo e a usará a seu favor ou se a pegará pela lâmina e se cortará.” – Provérbio chinês.

 

 

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais