Escorregou no verbo

A greve dos servidores estaduais, que até um dia desses parecia pouco provável, pode ser deflagrada na próxima segunda-feira. Pior: a disposição que faltava à categoria foi dada pelo próprio governador Marcelo Déda (PT). Indagado sobre a possível paralisação, o petista quis ironizar o sindicato e terminou irritando os servidores ao questionar se eles querem fazer um barulhinho, ou desejam um dinheirinho. Político traquejado e conhecido pelo bom uso que faz das palavras, desta vez Déda escorregou feio no verbo. “Não se trata de querer um dinheirinho. Nós queremos dignidade”, reagiu o presidente do Sindicato dos Servidores, Waldir Rodrigues, que conseguiu aprovar ontem o indicativo de greve numa assembléia em frente ao Palácio do Governo. Pelo visto, o governador cuspiu pra cima e atingiu a própria testa.

Pijama

A Assembléia aprovou ontem o Projeto do Executivo para reduz de quase 30 para apenas oito o número de coronéis da Polícia Militar O objetivo da propositura é oxigenar a corporação, permitindo que tenentes-coronéis e oficiais de menor patente sejam promovidos. Tão logo o projeto seja sancionado pelo governador Marcelo Déda, os coronéis com tempo para serem reformados já poderão vestir o pijama.

Gazeteiros

Não fosse a boa vontade da bancada oposicionista, o governo não teria conseguido aprovar ontem os projetos que tramitavam no Legislativo. A ausência de vários deputados governistas provocou, inclusive, a retirada de pauta do projeto que eleva de quatro para seis meses a licença maternidade das mulheres militares.

Trânsito

Está acontecendo na praça de eventos do Shopping Riomar a exposição “Equipamentos de Segurança”, que faz parte da programação da Semana Nacional de Trânsito em Sergipe. Organizada pela SMTT, a mostra segue até amanhã com panfletos e vídeos educativos sobre segurança no trânsito, exposição de equipamentos de resgate, além de jogos educativos com o tema. O evento reúne 14 entidades ligadas ao trânsito, divididas em seis estandes.

Ação elogiada

O deputado estadual João Daniel (PT) foi elogiado por seu trabalho em favor dos agricultores rurais endividados. Ao discursar na tribuna da Câmara, o deputado federal Marcon (PT/RS) enalteceu a disposição do parlamentar sergipano, que organizou uma audiência pública na Assembléia Legislativa de Sergipe visando tentar encontrar uma solução para o endividamento do homem do campo. Legal!

Sem política

Os padres que se filiarem a partidos políticos ou decidirem disputar eleições serão suspensos de suas atividades eclesiásticas. A advertência foi feita ontem pelo arcebispo metropolitano de Aracaju, dom José Palmeira Lessa. A decisão, que deverá ser seguida pelas demais Dioceses de Sergipe, colocará água na fervura daqueles religiosos ordenados que estudam a possibilidade de trocar a batina pelo terno engomado e a gravata dos políticos.

Ouro negro

A Petrobras confirmou a presença de petróleo e gás na Bacia de Sergipe-Alagoas. Trata-se do primeiro projeto exploratório em águas ultraprofundas na parte sergipana desta bacia. O poço, conhecido informalmente como Barra, está localizado em profundidade de água de 2.311 metros, a 58 km da costa de Sergipe e a 90 km da cidade de Aracaju. Foram confirmadas excelentes condições de porosidade dos reservatórios em profundidade de cerca de 5.050 e 5400 metros.

Distância santa

A coluna Painel da Folha de São Paulo publica hoje a seguinte nota: No armário do governador Marcelo Déda (PT-SE), no dia em que a Câmara Federal aprovou a emenda 29, sem a CSS: "O novo imposto da saúde é um desejo que ainda não se atreveu a virar estratégia. Estamos à espera de um milagre. Mas santos guardam distância de matéria tributária".

Dia D

Hoje é o dia D para o embrionário PSD. É que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai julgar o processo de registro nacional do novo partido.  O Ministério Público Eleitoral (MPE) vem apontando várias irregularidades no processo. Uma delas é que mais da metade das assinaturas colhidas pelo partido não devem ser consideradas válidas por apresentarem uma série de irregularidades.

Do baú político

As más línguas não se cansam de afirmar que se compraram tantos votos nas últimas eleições em Sergipe que, por pouco, alguns candidatos não jogaram dinheiro de avião. Tivessem feito isso, não estariam inovando. Na eleição de 1966, o então deputado estadual Fernando Prado Leite (PR) candidatou-se à Câmara Federal e resolveu fazer uma campanha diferente. Além de contratar artistas famosos para animar seus comícios, fez uso do rádio para divulgar as propostas políticas, coisa inédita no Estado. Achando pouco, alugou um pequeno avião para dar rasantes e jogar dinheiro nas feiras do interior. “Eu conseguia nos bancos cédulas novinhas de um cruzeiro e jogava para a meninada. Era uma festa”, lembra. Apesar de ter feito até ‘chover dinheiro’, Fernando Leite não se elegeu porque, segundo conta, a Justiça Eleitoral impugnou boa parte dos votos que teve em Aracaju. Motivo: os eleitores escreveram na cédula eleitoral “o Brasa”, que era seu apelido político, coisa que a legislação casuística do golpe militar não permitia em hipótese alguma.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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