Hora da recompra

Hora da recompra

Passada a euforia inicial, quando lideranças políticas do interior pensavam que encheriam as burras vendendo a consciência dos eleitores, a expectativa agora desses vendedores de votos é com a fase da recompra. Os que ficaram com a “mercadoria” encalhada por falta de comprador, vão fazer todo tipo de chantagem para recuperar o ‘prejuízo’ sofrido no início da campanha. Dirão terem recebido ofertas milionárias e que seus votos serão fundamentais para a vitória do candidato, além de alertar que se não pagar o valor exigido verá o curral ser transferido para o adversário. Tão espertos quanto os ‘comerciantes’, candidatos mais calejados nesse comércio ilegal têm espalhado que estão com milhões em dinheiro vivo para gastar na hora da recompra. Há quem garanta, contudo, que tudo não passa de conversa fiada para engabelar as lideranças políticas e os cabos eleitorais. Tomara que seja!

Dinheiro a rodo

Os candidatos que andam comprando votos por aí já fizeram uma ‘fezinha’ na Mega-Sena que será sorteada na noite de hoje. Todos acham que o prêmio milionário de R$ 37 milhões será um reforço e tanto para suas campanhas eleitorais. Brincadeira à parte, se aplicada na poupança a ‘bolada” da Mega Sena renderia mensalmente R$ 215 mil. A ‘grana’ também é suficiente para comprar uma frota de mais de 1.400 carros populares ou ainda 246 unidades do automóvel mais caro produzido no Brasil. Boa sorte!

De olho nos carros

Atenção candidatos: os carros com propaganda eleitoral afixada de maneira irregular poderão ser apreendidos. Essa orientação foi passada pela Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe às Policiais de trânsito e à SMTT. É que o Código Brasileiro de Trânsito proíbe colar adesivos que cubram os vidros dos carros e coloquem em risco a segurança do veículo. Também é proibido adesivar toda a extensão do para-brisa e traseira dos automóveis, bem como alterar a cor do carro com a adesivagem total ou acima de 50% do veículo. Se o Código for cumprido, faltará espaço para colocar tantos carros apreendidos.

Dois escritórios

O deputado federal Pedrinho Valadares (DEM) montou dois escritórios em Aracaju e Brasília para atender a população, prefeitos e lideranças políticas. Candidato a deputado estadual, o demista alerta que os dois espaços não serem usados na campanha. Os escritórios do novo deputado funcionam na rua Wilson Rocha, 744, bairro Grageru, em Aracaju, e no Gabinete 336, anexo III da Câmara Federal. Pedrinho assumiu a cadeira na Câmara no final do mês passado, em substituição a Jerônimo Reis (DEM), que foi cassado por abuso do poder econômico.

Segundos de fama

Já perceberam como os candidatos proporcionais do DEM e partidos coligados ficam cheios de pose quando a apresentadora do programa eleitoral os chama de deputados? Eles se sentem os próprios parlamentares naqueles 15 segundos de fama. É pena que, além disso, os suplicantes não têm salário de deputado. Pior, muitos sabem que estão ali apenas para ajudar a fazer legenda em favor do deputado federal Mendonça Prado. Este sempre aparece no final do programa com um tempo maior para falar, e com a pose de quem já possui mandato. Coisas da campanha.

Tirando onda

O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) garante que até a oposição está convencida da vitória do governador Marcelo Déda (PT). E para provar a afirmação, o petista disse que o deputado Venâncio Fonseca (PP) está distribuindo um panfleto onde alega seu desejo de continuar atuando no bloco oposicionista, fiscalizando o governo e denunciando aquilo que julga estar errado. “Ora, se achasse que João Alves iria ganhar a eleição, o texto do material de campanha do deputado seria outro”, fustigou Gualberto.

Cheio de esperança

E quem está satisfeito com a receptividade do eleitor é o candidato a senador João Nascimento (PSDC). Ele afirma que a campanha está sendo intensificada e ganhando corpo graças à sua boa participação no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Também cita que seu nome aparece em todas as pesquisas de intenção de votos realizadas em Sergipe. “Isto é uma demonstração clara que os sergipanos estão aceitando e entendendo a mensagem do PSDC”, discursa.

A crise é feia

O prefeito de Itabaiana, Luciano Bispo (PMDB), cancelou a Agroshow. Trata-se da exposição agropecuária que aconteceria neste final de semana como parte da programação de aniversário do município. Motivo: o bloqueio das contas da Prefeitura por conta da inadimplência com o governo federal. Segundo o secretário de Comunicação de Itabaiana, Marco Aurélio, a dívida em atraso da Prefeitura com os órgãos federais é superior a R$ 1,6 milhão. Na programação da festa de aniversário, foram preservadas apenas a missa em Ação de Graça e a entrega da Comenda Sebrão Sorinho.

Vai ao TSE

A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe recorreu da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que inocentou o governador Marcelo Déda (PT) da acusação de fazer propaganda irregular. O tribunal entendeu que o candidato à reeleição não é culpado pela colagem de cartazes com sua propaganda, embora tenha providenciado a retirada do material após ter sido notificado. No recurso, a Procuradoria cita diversos casos semelhantes em que o Tribunal Superior Eleitoral e o próprio TRE já condenaram candidatos à retirada imediata da propaganda e pagamento de multa.

Do baú político

Adversários de Jackson Barreto (PMDB) costumam chamá-lo de demagogo por entrar nas cozinhas alheias para ‘filar’ uma ‘bóia’. De fato, Jackson não tem cerimônia ao chegar na maioria das casas. Porém, ao mexer nas panelas dos outros, não age com falsidade. Esse é um costume que ele carrega desde a sua primeira eleição. Em 1972, o MDB decidiu apresentar dois candidatos à Câmara de Vereadores de Aracaju: Jonas Amaral e Jackson. Sem dinheiro e carro para fazer a campanha, Barreto resolveu gastar a sola dos sapatos nas ruas da capital. Saia cedinho da casa da mãe, dona Neuzice, e tinha que comer nas casas dos eleitores para continuar o corpo-a-corpo até não agüentar mais. Era um feijãozinho ali, uma merendinha acolá, um refresco de genipapo no Siqueira Campos, e tome caminhar. Jackson revela que, como nunca teve preconceito com os pobres, comia em qualquer lugar. “Se não tivesse prato, ia na mão mesmo”, recorda. Resultado: foi o mais votado de Aracaju com 1.850 votos. De lá pra cá, venceu quase todas as eleições que disputou e jamais recusou comer em qualquer casa. Basta estar com fome e lhe oferecerem comida.

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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